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China quer ONU contra tarifas de Trump: ‘É uma tentativa de mudar a narrativa’, diz especialista

Publicado 22/04/2025 • 11:17 | Atualizado há 6 horas

Redação Times Brasil

KEY POINTS

  • "A China já mencionou, há alguns dias, que não faz mais sentido seguir nessa guerra tarifária apenas com base em números. A partir de um determinado ponto, isso perde o efeito prático”, explicou ele.
  • Steenhagen apontou que essa nova movimentação mostra que Pequim busca outras formas de lidar com as imposições dos EUA.
  • Segundo Steenhagen, ao reforçar o papel da ONU e acionar a instituição formalmente, a China quer sinalizar ao mundo que está comprometida com o multilateralismo.

Na terça-feira (23), está marcada uma reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas, convocada a pedido do governo chinês, para discutir a política tarifária de Donald Trump. Pequim acusa os Estados Unidos de intimidação e de usar tarifas como armas.

Em entrevista ao Times Brasil — Licenciado Exclusivo CNBC, nesta segunda-feira (22), Pedro Steenhagen, diretor de desenvolvimento na Observa China e doutorando em Política Internacional na Universidade Fudan, em Xangai, avaliou a estratégia chinesa de levar o tema à ONU.

Segundo ele, o objetivo da China ao chamar essa reunião informal é inserir as tarifas em um contexto geopolítico mais amplo.

“A ideia é sair de uma discussão meramente comercial. A China já mencionou, há alguns dias, que não faz mais sentido seguir nessa guerra tarifária apenas com base em números. A partir de um determinado ponto, isso perde o efeito prático”, explicou.

Steenhagen apontou que essa nova movimentação mostra que Pequim busca outras formas de lidar com as imposições dos EUA.

“Ao acionar o Conselho de Segurança, enviando uma carta aos 193 países membros da ONU, a China tenta elevar a discussão a um novo patamar”, afirmou.

Ainda segundo o analista, não há expectativa concreta de que a reunião resulte em resoluções ou soluções imediatas.

“Trata-se, acima de tudo, de uma questão de narrativa. A China sabe que dificilmente sairá dali uma decisão efetiva. Mas quer deixar claro que está buscando soluções por vias multilaterais e pacíficas”, avaliou.

Ele também destacou o paradoxo da atual ordem internacional: “O sistema como o conhecemos hoje, criado no pós-guerra e fortemente influenciado pelos Estados Unidos e potências europeias, hoje beneficia também a China. Embora o país tenha ambições reformistas, Pequim se aproveita desse sistema e, ao mesmo tempo, busca se tornar uma liderança na governança global.”

Segundo Steenhagen, ao reforçar o papel da ONU e acionar a instituição formalmente, a China quer sinalizar ao mundo que está comprometida com o multilateralismo.

“A mensagem que Pequim envia é: ‘Os Estados Unidos não estão seguindo as regras comerciais que eles mesmos criaram. Nós somos um parceiro confiável e buscamos o diálogo nas instituições internacionais adequadas’”, completou.

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