China revida com tarifas de 125% sobre os produtos dos EUA
Publicado 11/04/2025 • 06:59 | Atualizado há 3 dias
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Publicado 11/04/2025 • 06:59 | Atualizado há 3 dias
Estados Unidos e China entraram em uma guerra comercial sem precedentes que afeta o mercado global.
Times Brasil/Imagem gerada por IA
A China retaliou nesta sexta-feira (11) contra as tarifas recíprocas do presidente dos EUA, Donald Trump, aumentando seus impostos sobre produtos norte-americanos de 84% para 125%, disse o Ministério das Finanças chinês.
“Mesmo que os EUA continuem a impor tarifas mais altas, isso não fará mais sentido econômico e se tornará uma piada na história da economia mundial”, disse o ministério em um comunicado, de acordo com uma tradução da CNBC.
“Com as tarifas no nível atual, não há mais mercado para produtos dos EUA importados pela China”, observou o comunicado, acrescentando que “se o governo dos EUA continuar a aumentar as tarifas sobre a China, Pequim ignorará”.
O governo Trump confirmou à CNBC na quinta-feira (10) que a tarifa americana sobre importações chinesas agora totaliza efetivamente 145%. O último decreto presidencial de Trump aumentou as tarifas recíprocas sobre Pequim para 125%, somando-se a uma tarifa combinada de 20% relacionada ao fentanil, imposta em fevereiro e março.
“Este é o fim da escalada em termos de tarifas bilaterais. Tanto a China quanto os EUA enviaram mensagens claras: não há sentido em aumentar ainda mais as tarifas”, disse Zhiwei Zhang, presidente e economista-chefe da Pinpoint Asset Management.
O próximo passo seria avaliar os danos às atividades econômicas nos EUA e na China, disse Zhang, acrescentando não haver sinais de que ambos os governos iniciarão negociações e evitarão grandes interrupções nas cadeias de suprimentos globais.
Diferentemente das rodadas anteriores de medidas retaliatórias, Pequim se absteve de anunciar novas medidas de controle de exportação ou ampliar sua chamada “lista de entidades não confiáveis” com a adição de mais empresas americanas, o que as sujeitaria a mais restrições enquanto operassem na China.
Apesar da última escalada, um porta-voz do Ministério do Comércio da China reiterou em uma declaração separada na sexta-feira que Pequim está aberta a negociar com os EUA em pé de igualdade.
As esperanças de um acordo entre EUA e China para resolver as tensões comerciais diminuíram rapidamente, já que Pequim reagiu na última semana com impostos recíprocos sobre produtos americanos e restrições abrangentes sobre empresas americanas.
″É lamentável que os chineses realmente não queiram vir e negociar, porque eles são os piores infratores no sistema de comércio internacional”, disse o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, à Fox Business na quarta-feira, depois que a China aumentou as tarifas para 84%.
“Eles têm a economia mais desequilibrada da história do mundo moderno, e posso dizer que essa escalada é uma perda para eles”, disse Bessent.
Na quinta-feira, o Goldman Sachs cortou sua previsão do PIB da China para 4%, devido às tensões comerciais com os EUA e ao crescimento global mais lento.
Embora as exportações chinesas para os EUA representem somente cerca de 3 pontos percentuais do PIB total da China, ainda há um impacto significativo no emprego, disseram analistas do Goldman Sachs. Eles estimam que entre 10 milhões e 20 milhões de trabalhadores na China estejam envolvidos em negócios de exportação com destino aos EUA.
Na sexta-feira, a China reiterou que continuará a “contra-atacar resolutamente e lutar até o fim” se os EUA continuarem a infringir os interesses da China.
Em reunião com o primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez, na sexta-feira, o presidente chinês, Xi Jinping, afirmou que “não há vencedor em uma guerra tarifária e ir contra o mundo só resultará em isolamento”, segundo um comunicado do governo traduzido pela CNBC. Os dois líderes se comprometeram a aprofundar os laços em áreas como comércio, investimento e inovação tecnológica.
A Casa Branca não respondeu imediatamente ao pedido de comentário da CNBC.
— Lim Hui Jie e Evelyn Cheng, da CNBC, contribuíram para esta reportagem.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.