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China vai restringir exportações de prata com estratégia usada para terras raras
Publicado 31/12/2025 • 16:40 | Atualizado há 2 horas
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Publicado 31/12/2025 • 16:40 | Atualizado há 2 horas
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Pixabay
Prata
A China deve intensificar os controles sobre as exportações de prata a partir de quinta-feira (1º), expandindo as restrições sobre o metal, que antes era considerado comum, mas que agora é fundamental para as cadeias de suprimentos da indústria e da defesa dos Estados Unidos.
O CEO da Tesla, Elon Musk, criticou a medida no fim de semana em sua plataforma social X, respondendo a uma postagem sobre as próximas restrições. “Isso não é bom. A prata é necessária em muitos processos industriais”, escreveu Musk.
Mas as regras não são novas. O Ministério do Comércio da China anunciou as novas medidas pela primeira vez em outubro para fortalecer a supervisão de metais raros, no mesmo dia em que o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente chinês, Xi Jinping, se reuniram na Coreia do Sul.
Na época, Pequim concordou com uma pausa de um ano em certos controles de exportação de terras raras, enquanto os EUA reduziram as tarifas.
No início deste mês, a China divulgou uma lista de 44 empresas aprovadas para exportar prata sob as novas medidas em 2026 e 2027. As novas regras em 2026 também restringem as exportações de tungstênio e antimônio, materiais dominados pela cadeia de suprimentos da China e amplamente utilizados em defesa e tecnologias avançadas.
Embora a China não tenha anunciado explicitamente uma proibição total das exportações de prata, o jornal estatal Securities Times citou nesta terça-feira (30) uma fonte anônima do setor, que disse que a nova política eleva formalmente o metal de uma mercadoria comum a um material estratégico, colocando seus controles de exportação na mesma base regulatória das terras raras.
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A Câmara de Comércio da UE na China descobriu em uma pesquisa rápida com membros em novembro que a maioria dos entrevistados foi ou espera ser afetada por esses controles de exportação chineses.
Os EUA adicionaram a prata à sua lista nacional de minerais críticos em novembro, citando seu uso em circuitos elétricos, baterias, células solares e instrumentos médicos antibacterianos. Uma análise americana separada disse que a China foi um dos maiores produtores mundiais de prata em 2024 e também abriga uma das maiores reservas.
A China exportou mais de 4.600 toneladas de prata nos primeiros 11 meses do ano, muito mais do que as cerca de 220 toneladas de importações durante esse período, de acordo com a Wind Information, citando números oficiais.
As restrições à prata ocorrem no momento em que o interesse pelo metal aumentou nas últimas semanas. Duas empresas chinesas entraram em contato com a Kuya Silver, sediada no Canadá, na sexta-feira (26), oferecendo comprar prata física por cerca de US$ 8 (R$ 44) a mais do que o preço de mercado na época, confirmou o CEO David Stein à CNBC. Ele disse que uma empresa era fabricante e a outra era uma grande trading.
Um comprador indiano abordou a Kuya na segunda-feira (29) com uma oferta US$ 10 (R$ 55) acima do preço de mercado, acrescentou.
O veículo de mídia digital conservador The Free Press publicou uma coluna na terça-feira do professor de economia da Universidade George Mason, Tyler Cowen, que disse que a alta nos preços da prata e do ouro reflete os investidores se afastando do dólar americano. Ele chamou a alta nos preços de “um alerta piscante para a economia [dos EUA]”.
O índice do dólar americano caiu quase 9,5% em 2025, seu pior desempenho desde 2017. Em contraste, a prata mais do que dobrou de preço, a caminho de seu melhor ano desde 1979, quando o metal saltou quase 470%. Os preços da prata recuaram na quarta-feira (31) após atingirem um pico recorde acima de US$ 80 (R$ 440) a onça no início da semana, com os preços à vista sendo negociados pela última vez em torno de US$ 73 (R$ 401,50).
O ouro subiu mais de 60% até agora este ano e também está no ritmo de seu melhor ano desde 1979. O Bitcoin, às vezes promovido como uma alternativa ao ouro como reserva de valor, estava sendo negociado perto de US$ 88 mil (R$ 484 mil) na manhã de quarta-feira no horário de Pequim, com queda de mais de 5% no ano.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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