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Citigroup vai cortar 3.500 vagas de tecnologia na China como parte de reestruturação global

Publicado 05/06/2025 • 10:24 | Atualizado há 1 dia

CNBC

Redação CNBC

KEY POINTS

  • O Citigroup planeja cortar cerca de 3.500 empregos em tecnologia na China antes do início do quarto trimestre.
  • Os empregos afetados estão principalmente na unidade de serviços de tecnologia da informação.
  • Algumas funções serão transferidas para centros de tecnologia do Citi em outros lugares.
Citigroup.

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Reuters.

O Citigroup anunciou nesta quinta-feira (5) que planeja eliminar cerca de 3.500 cargos na área de tecnologia na China. A medida faz parte de um esforço global do banco para otimizar suas operações e reduzir custos.

As demissões vão ocorrer nos centros de soluções do Citi em Xangai e Dalian e devem ser concluídas no início do quarto trimestre. As posições afetadas estão principalmente na unidade de serviços de tecnologia da informação, responsável por desenvolvimento, testes e manutenção de software, além de serviços operacionais para os negócios globais do grupo.

Segundo o comunicado, parte dessas funções será transferida para outros centros de tecnologia do banco, embora o Citi não tenha detalhado quais cargos ou locais serão envolvidos.

A medida faz parte de um plano mais amplo, anunciado em janeiro de 2024, para cortar 10% da força de trabalho global — cerca de 20 mil funcionários. A estratégia inclui a redução de operações e do espaço físico de escritórios nos Estados Unidos, Indonésia, Filipinas e Polônia.

Apesar dos cortes, o Citi reiterou o compromisso com o mercado chinês. “A China sempre foi uma parte essencial da nossa rede global. Continuaremos atendendo com firmeza nossos clientes corporativos e institucionais no país e suas necessidades bancárias internacionais”, afirmou Marc Luet, presidente do Citi para Japão, Norte da Ásia e Austrália.

Desde que assumiu o comando do banco, a CEO Jane Fraser vem conduzindo uma reestruturação profunda para aumentar a lucratividade e reconquistar a confiança dos investidores, após anos de desempenho inferior ao de outros grandes bancos norte-americanos.

O Citi não está sozinho nesse movimento. Diversos bancos globais têm adotado cortes de custos diante das incertezas econômicas e da desaceleração global. As tensões comerciais entre China e Estados Unidos, agravadas durante o governo de Donald Trump, também contribuíram para reduzir a atividade comercial e a confiança das empresas internacionais no país asiático.

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Especialistas apontam ainda que a fraca perspectiva de crescimento da economia chinesa e o aumento da regulação sobre o setor financeiro podem levar mais bancos estrangeiros a rever sua atuação no país.

“O ambiente regulatório cada vez mais rígido tende a gerar incertezas adicionais para instituições ocidentais”, afirmou Meng Shen, diretor do banco de investimentos Chanson & Co., em Pequim.

Mesmo com o cenário desafiador, o Citi afirma que mantém os planos de abrir empresas próprias de valores mobiliários e futuros na China.

Outros bancos também vêm realizando ajustes. O Hang Seng Bank, subsidiária do HSBC em Hong Kong, anunciou no mês passado uma reestruturação que prevê o corte de cerca de 1% do seu quadro de funcionários como parte de um plano liderado pelo CEO Georges Elhedery, que visa economizar US$ 1,8 bilhão até 2026.

O aumento dos empréstimos inadimplentes, especialmente ligados ao setor imobiliário chinês, pressiona os bancos com atuação na China continental e em Hong Kong.

Além disso, instituições como JPMorgan e Bank of America já iniciaram suas tradicionais rodadas anuais de cortes de baixo desempenho. O Bank of America, por exemplo, eliminou cerca de 150 cargos em sua unidade de banco de investimento neste ano.

Empresas repensam presença na China

Muitas multinacionais têm reavaliado sua dependência do mercado chinês diante das tensões geopolíticas com os EUA, da demanda interna enfraquecida e da concorrência cada vez mais acirrada com empresas locais.

Segundo uma pesquisa da Câmara Americana de Comércio na China, o número de empresas dos EUA que consideram transferir parte da produção ou terceirização para fora do país atingiu um recorde no início do segundo mandato de Trump.

A confiança de empresas europeias também tem sido afetada. Uma pesquisa divulgada recentemente pela Câmara Europeia na China revelou expectativas negativas relacionadas à lucratividade e à competição local.

O movimento de reestruturação empresarial se estende além do setor bancário. A L’Oréal, por exemplo, estuda cortar até metade da sua equipe de varejo de viagem na China, diante das vendas fracas.

Já a Mercedes-Benz planeja demitir até 15% de suas equipes de vendas e finanças no país, cerca de 2 mil funcionários, mas mantém planos de investimentos robustos para os próximos anos, visando disputar espaço com os fabricantes locais de veículos elétricos.

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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.

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