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Comissário europeu de Defesa não acredita que Putin irá assinar acordo de paz

Publicado 07/09/2025 • 13:50 | Atualizado há 5 horas

KEY POINTS

  • Para Andrius Kubilius, mesmo com esforços diplomáticos dos Estados Unidos e da União Europeia, ainda falta pressão suficiente para alterar a posição do Kremlin.
  • Ele destacou que, em três anos de conflito, os gastos militares dos EUA e da União Europeia somaram cerca de 60 bilhões de euros cada, o que representa apenas 0,1% do PIB de cada bloco.

Foto: Parlamento Europeu

O comissário europeu de Defesa, Andrius Kubilius, afirmou em entrevista exclusiva à CNBC que não está convencido de que o presidente russo, Vladimir Putin, vá assinar qualquer acordo para encerrar a guerra na Ucrânia. Para ele, mesmo com esforços diplomáticos dos Estados Unidos e da União Europeia, ainda falta pressão suficiente para alterar a posição do Kremlin.

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Pressão sobre Putin

Kubilius destacou que, em três anos de conflito, os gastos militares dos EUA e da União Europeia somaram cerca de 60 bilhões de euros cada, o que representa apenas 0,1% do PIB de cada bloco. Segundo ele, esse número mostra que ainda há espaço para intensificar o apoio à Ucrânia. “Podemos fazer mais. É claro que todos nós gostaríamos de ver maior pressão econômica e militar sobre Putin”, disse.

O comissário reforçou que a manutenção do apoio militar é fundamental para evitar avanços russos e que o momento exige decisões estratégicas de longo prazo.

Aumento dos gastos militares

O dirigente europeu citou a meta estabelecida pela OTAN de ampliar os investimentos em defesa para até 3,5% do PIB até 2035, com alguns países já chegando a 5%, como os bálticos. Caso a promessa seja cumprida, a expectativa é de que os gastos acumulados da Europa no setor alcancem até 6 trilhões de euros em dez anos.

Para Kubilius, o desafio será transformar esse compromisso em realidade e antecipar parte desses recursos. “O que virá em 2035 pode ser tarde demais para responder aos planos de Putin”, afirmou.

Guerra eletrônica e segurança aérea

Durante a entrevista, Kubilius também abordou o episódio de interferência no GPS que afetou o avião da Comissão Europeia na semana passada, pouco antes do pouso na Bulgária. O incidente foi atribuído à Rússia. “Eu estava naquele avião. Só entendemos o que aconteceu depois de aterrissar”, relatou.

Segundo o comissário, esse tipo de interferência se tornou frequente, especialmente na região de Kaliningrado, onde Moscou instalou equipamentos para se proteger de ataques de drones ucranianos. No entanto, os efeitos acabam atingindo aeronaves de diferentes países, incluindo as russas.

Resposta europeia

Kubilius defendeu que a União Europeia fortaleça rapidamente seus serviços de posicionamento, como o sistema Galileo, para reduzir a vulnerabilidade diante da guerra eletrônica russa. “É parte essencial do meu portfólio: garantir que possamos proteger nossos serviços de navegação e manter a segurança no espaço aéreo”, declarou.

O comissário finalizou ressaltando que a guerra já alterou o cenário geopolítico europeu e que a resposta deve ser coletiva e de longo prazo. “Estamos mais unidos, mas precisamos agir com rapidez e consistência para garantir a segurança da Europa e da Ucrânia”, concluiu.

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