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Inflação nos EUA acelera a 2,9% em agosto e reforça expectativa por decisão de juros do Fed

Publicado 11/09/2025 • 11:45 | Atualizado há 1 hora

KEY POINTS

  • Inflação medida pelo índice CPI avança 0,4% em agosto e taxa anual acelera a 2,9%.
  • Núcleo da inflação sobe 0,3% no mês e 3,1% em 12 meses.
  • Mercado projeta corte de 0,25 p.p. nos juros na semana que vem.

A inflação ao consumidor dos Estados Unidos ganhou força em agosto. O CPI (índice de preços ao consumidor) subiu 0,4% em relação a julho, acima da previsão de 0,3%. Na comparação anual, a taxa passou de 2,7% em julho para 2,9% em agosto, segundo o Departamento do Trabalho.

O núcleo do CPI — que exclui alimentos e energia do cálculo de inflação — avançou 0,3% no mês, em linha com as estimativas, e acumula alta de 3,1% em 12 meses.

Pressões inflacionárias

Segundo o economista Rafael Perez, da Suno Research, o resultado foi afetado pelo setor de moradia (+0,4%), alimentos e energia (+0,7%), com destaque para a gasolina (+1,9%). No núcleo, subiram passagens aéreas (alta temporada de verão), carros usados e vestuário, enquanto houve recuos em saúde, recreação e comunicação.

Para William Castro Alves, estrategista-chefe da Avenue, os dados de agosto não trouxeram grandes surpresas e reforçaram a expectativa de cortes de juros pelo Fed ainda em 2025. “O CPI subiu 0,4% no mês, levando a taxa anual a 2,9%, enquanto o núcleo avançou 0,3% no mês e 3,1% em 12 meses, ambos em linha com as projeções. A leitura veio acompanhada de um aumento inesperado nos pedidos semanais de seguro-desemprego, que chegaram a 263 mil, o maior nível em quase quatro anos. O mercado agora precifica três cortes de 25 pontos-base até dezembro, embora ainda se trate de expectativas”, avaliou.

Na composição do índice, destacou Alves, habitação avançou 0,4%, alimentos 0,5%, energia 0,7% e gasolina 1,9%. Veículos novos subiram 0,3% e usados 1%, enquanto serviços (excluindo energia) tiveram alta de 0,3% no mês e 3,6% no ano. Segundo ele, o reflexo foi imediato no mercado financeiro: ações subiram, os yields dos Treasuries recuaram e o dólar caiu para R$ 5,39 frente ao real.

O dilema do Fed

Apesar da inflação ainda acima da meta de 2%, Perez avalia que os dados não devem mudar a estratégia do Federal Reserve. “O foco permanece nos sinais de enfraquecimento do mercado de trabalho, reforçados pela revisão para baixo de mais de 900 mil vagas pelo Bureau of Labor Statistics (BLS)”, aponta.

O economista lembra que o banco central enfrenta dois riscos: cortar juros cedo demais e reacender pressões de preços, ou esperar demais e aprofundar a desaceleração da atividade.

“Diante da fraqueza mais evidente no mercado de trabalho, as decisões do Fed tendem a pender para o mandato ligado ao emprego. Projetamos um corte de 0,25 ponto percentual na reunião da próxima semana”, afirma Perez.

A próxima reunião do comitê de política monetária do Fed (Fomc) será realizada nos dias 16 e 17 de setembro. Segundo o CME Group, 90% dos investidores acreditam em um corte de 0,25 ponto percentual, contra 10% que acreditam em um corte de meio ponto.

Mesmo com a expectativa de afrouxamento monetário, a Suno alerta que as novas tarifas de importação impostas pelo governo americano podem limitar a intensidade dos cortes, já que representam potenciais pressões adicionais sobre os preços.

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