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Diretor do Fed defende corte de juros e cita preocupação com mercado de trabalho

Publicado 17/11/2025 • 18:59 | Atualizado há 2 horas

KEY POINTS

  • Christopher Waller disse que o ritmo fraco das contratações mostra que a política monetária está “pesando sobre a economia” e defendeu novo corte de juros na reunião de dezembro
  • O dirigente afirmou não ver risco de aceleração da inflação e classificou a medida como “gestão de risco”, enquanto o Fed segue dividido sobre novos cortes
  • Sem dados oficiais por causa do shutdown, Waller disse que baseia suas avaliações em indicadores privados e estaduais e rejeitou a ideia de que o Fed esteja “voando às cegas”

Christopher Waller, diretor do Fed

Reuters

O diretor do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) Christopher Waller disse nesta segunda-feira (17) que vê necessidade de um novo corte de juros em dezembro, diante do enfraquecimento do mercado de trabalho nos Estados Unidos. Segundo ele, a queda no ritmo de contratações mostra que a política monetária atual já está “pesando sobre a economia”.

Em discurso a um grupo de economistas em Londres, Waller afirmou: “Não estou preocupado com uma aceleração da inflação nem com uma alta significativa nas expectativas inflacionárias. Meu foco está no mercado de trabalho e, depois de meses de enfraquecimento, é pouco provável que o relatório de empregos de setembro […] mude minha opinião de que um novo corte é necessário.”

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O Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), responsável por definir a taxa básica, volta a se reunir nos dias 9 e 10 de dezembro. O mercado está dividido sobre o rumo da política monetária após dois cortes consecutivos de 0,25 ponto percentual em setembro e outubro. Waller deixou claro que prefere repetir a dose. Já o diretor Stephen Miran, também indicado pelo presidente Donald Trump, defendia cortes mais agressivos de 0,5 ponto nas reuniões anteriores.

A fala de Waller ocorre em um momento de divergência crescente dentro do Fed. Enquanto parte dos dirigentes vê espaço para afrouxar a política monetária para proteger o emprego, outros argumentam que a inflação ainda é uma ameaça relevante e pode reacender com novos cortes.

Sem dados oficiais recentes por causa do shutdown do governo americano, Waller disse basear sua avaliação em informações privadas e de setores estaduais. “Temos uma vasta gama de dados que, embora não sejam perfeitos, trazem um retrato suficiente e acionável da economia dos Estados Unidos”, afirmou, rejeitando a ideia de que o Fed estaria “voando às cegas”.

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O diretor também disse que novas tarifas impostas recentemente não devem gerar impactos duradouros sobre a inflação. Para ele, cortar os juros novamente é uma medida de “gestão de risco”, expressão também usada pelo presidente do Fed, Jerome Powell.

Waller destacou ainda o impacto social da atual política monetária: “Me preocupa que uma política monetária muito restritiva esteja pesando sobre a economia, principalmente por conta do impacto entre consumidores de baixa e média renda.” Um corte em dezembro, segundo ele, “vai funcionar como um seguro extra contra uma piora mais rápida do mercado de trabalho e vai deixar a política monetária mais próxima de um ponto de equilíbrio”.

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