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Dívida crescente dos Estados Unidos pressiona dólar e fortalece ouro como reserva de valor

Publicado 19/09/2025 • 08:37 | Atualizado há 2 horas

KEY POINTS

  • Dívida dos EUA já equivale a seis vezes a arrecadação e exige venda de US$ 12 tri em títulos.
  • Especialistas veem cenário insustentável, com impacto na ordem monetária global e no dólar.
  • Déficits elevados nos EUA e na Europa ampliam pressão sobre investidores e governos.

Unsplash.

Ouro ganha força como reserva de valor diante da escalada da dívida pública.

Preocupações com o aumento da dívida pública dos Estados Unidos e de outros países levam especialistas a defender alternativas como ouro e moedas não fiduciárias como proteção para investidores. Ray Dalio, fundador da Bridgewater Associates, alertou para a necessidade de diversificar investimentos diante do risco de desvalorização das principais moedas globais.

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Durante sua participação no FutureChina Global Forum 2025, Dalio destacou que o cenário de gastos elevados e endividamento crescente do governo estadunidense é “insustentável” e pode comprometer a ordem monetária dos EUA. Segundo ele, a tendência é que o ouro e as moedas não atreladas a governos se fortaleçam como reserva de valor. O gestor sugeriu que investidores destinem cerca de 10% de seus portfólios ao ouro para mitigar riscos.

Dívida elevada preocupa especialistas internacionais

No mesmo evento, Ng Kok Song, sócio-fundador e presidente da Avanda Investment Management, afirmou que a dívida dos Estados Unidos atingiu um ponto crítico, sem previsibilidade quanto ao início de uma crise. Ele ressaltou que o problema não é exclusivo dos EUA, mas se repete em países como França, Japão e China.

ouro
Pixabay.
Crescimento da dívida estadunidense reforça busca por ouro e ativos alternativos.

Dalio apontou que, embora o dólar tenha perdido mais de 10% de seu valor frente a outras principais moedas neste ano, todas essas moedas também se enfraqueceram em relação ao ouro, que se tornou a segunda maior moeda de reserva mundial. O investidor detalhou que a dívida dos Estados Unidos já é seis vezes superior à arrecadação, e o governo precisará vender mais US$ 12 trilhões (R$ 63,6 trilhões) em títulos para cobrir o déficit e refinanciar vencimentos iminentes.

Desafios de oferta e demanda no mercado de títulos

Segundo Dalio, “o mercado mundial não apresenta demanda suficiente para absorver todo esse volume de títulos, o que gera desequilíbrio entre oferta e demanda”. Ele disse ter sugerido à liderança política em Washington a redução do déficit fiscal para 3% do PIB, mas observou resistência dos congressistas em ajustar o nível da dívida. O fundador da Bridgewater também destacou que o pacote fiscal do presidente Donald Trump (Partido Republicano-EUA) deve ampliar a dívida estadunidense em US$ 3,4 trilhões (R$ 18 trilhões) nos próximos dez anos.

Apesar do cenário adverso, Dalio avalia que o dólar permanecerá sendo o principal meio de troca internacional, embora o crescimento do uso do yuan chinês no comércio global possa reduzir a proeminência da moeda americana.

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