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Dólar cai e fecha a R$ 5,50 com alívio global após retaliação tímida do Irã aos EUA
Publicado 23/06/2025 • 18:34 | Atualizado há 5 meses
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Publicado 23/06/2025 • 18:34 | Atualizado há 5 meses
KEY POINTS
Nota de Dólar.
Pexels.
Após se aproximar de R$ 5,55 pela manhã, o dólar perdeu força ao longo da segunda etapa de negócios e encerrou a sessão desta segunda-feira (23), em queda de 0,39%, a R$ 5,5032 – e uma desvalorização de 3,78% em junho.
O real se beneficiou da onda de enfraquecimento da moeda norte-americana no exterior, em meio à diminuição da percepção de risco nos mercados globais. Ataques do Irã à bases dos Estados Unidos no Catar e no Iraque, no início da tarde, provocaram certo desconforto em um primeiro momento.
Logo em seguida, contudo, os ativos de risco se recuperaram diante da avaliação de que a ofensiva iraniana foi limitada, sinal de que Teerã não deseja um confronto maior com os EUA. Também houve redução dos temores de bloqueio do estreito de Ormuz, por onde são escoados cerca de 20% da produção global de petróleo.
Não por acaso, as cotações do petróleo mergulharam à tarde, com o contrato do tipo Brent para setembro, que chegou a superar US$ 81, fechando o dia em baixa de 6,67%, a US$ 70,52.
Termômetro do desempenho do dólar em relação a uma cesta de seis divisas fortes, o índice DXY, que tocou 99,421 pontos na máxima, rondava os 98,400 pontos no fim do dia.
“O dólar oscilou hoje ao sabor das notícias em torno do conflito. A avaliação dos analistas de que os ataques do Irã foram contidos e mais voltados para dar uma resposta à população iraniana do que a causar grandes danos nas forças dos EUA trouxe a ideia de que não deve haver uma grande escalada”, afirma o estrategista-chefe da EPS Investimentos, Luciano Rostagno.
A aversão ao risco vista no início do dia refletia os temores de uma agravamento do conflito no Oriente Médio, após ataques dos Estados Unidos no fim de semana a três instalações nucleares no Irã. O Parlamento iraniano aprovou resolução para fechamento do estreito de Ormuz, mas a decisão cabe ao Conselho Supremo de Segurança Nacional e ao aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do país.
Em publicação no X após a retaliação iraniana aos EUA, Khamenei afirmou que o país não agrediu ninguém e que não aceitará “nenhum tipo de agressão, sob nenhuma circunstância”. Para o economista Vladimir Caramaschi, sócio-fundador da +Ideas Consultoria Econômica, os mercados iniciaram a semana reagindo com relativo “sangue frio” aos ataques dos EUA ao Irã e a seus possíveis impactos nas cotações do petróleo.
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“O motivo para isso é o fato de que o fechamento do estreito traria uma série de consequências indesejáveis para o próprio Irã. O país atrairia a hostilidade de vários países na região. Ainda mais relevante, a medida atingiria de forma drástica a economia da China”, afirma Caramaschi.
Sem picos de aversão ao risco no exterior, a perspectiva é que o real possa até se apreciar mais nos próximos dias e romper o piso de R$ 5,50 no fechamento, diante da expectativa de aumento do diferencial de juros interno e externo, que estimula as operações de carry trade.
Na quarta-feira (18), o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa Selic em 0,25 ponto porcentual, para 15% ao ano, e sinalizou em seu comunicado a manutenção dos juros nos níveis atuais por “período bastante prolongado”.
Lá fora, investidores mantêm a aposta de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) vai reduzir a taxa básica de juros americana em 50 pontos-base neste ano, embora o presidente do Banco Central (BC) americano, Jerome Powell, tenha alertado, em entrevista coletiva também na quarta-feira, para o impacto inflacionário do tarifaço de Trump.
Pela manhã, a vice-presidente de Supervisão do Fed, Michelle Bowman, sinalizou que apoiaria um corte de juros já na próxima reunião de política monetária do banco, em julho, se a inflação continuar dando sinais de arrefecimento. À tarde, o presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, disse que o BC americano pode cortar juros caso a “sujeira” das tarifas se dissipe.
Para Rostagno, da EPS Investimentos, sem um evento que provoque um “aumento mais sustentado da aversão ao risco”, o real pode continuar amparado pelo aumento do diferencial de juros interno e externo, que “favorece a entrada” de investidores estrangeiros na renda fixa local.
“Além disso, temos no exterior um enfraquecimento do dólar, com a política bastante errática do governo Donald Trump. Se o cenário global não se mostrar mais adverso, a taxa de câmbio tende a se manter pelo menos nos níveis atuais”, afirma.
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