Dados da consultoria Elos Ayta mostram que o o dólar norte-americano perdeu valor em 24 das 27 maiores economias globais desde o último dia 20 de janeiro de 2025, quando Donald Trump assumiu o segundo mandato como presidente dos Estados Unidos. No mesmo período, o índice DXY, que mede a força do dólar frente a moedas desenvolvidas, recuou 10,49%.
O maior recuo a a moeda ocorreu em relação ao rublo russo, com queda de 23,40%. Também registraram forte valorização frente à moeda americana a coroa sueca (13,66%) e o franco suíço (13,04%). No total, sete economias tiveram valorização superior a 10% em suas moedas.
Real: 11ª posição no ranking
O real brasileiro também se valorizou frente ao dólar. A taxa Ptax, usada como referência pelo Banco Central, indica queda de 8,32% na cotação da moeda norte-americana desde a posse de Trump. O Brasil ocupa a 11ª posição entre os países que mais viram o dólar perder valor no período, considerando também o desempenho do DXY.
Segundo a Atlas, esse movimento está relacionado ao aumento do fluxo cambial e ao maior apetite por risco entre investidores estrangeiros.
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Dólar avança em apenas três países
Apenas três países registraram valorização do dólar no período analisado, de acordo com o levantamento. Em Hong Kong, a variação foi de 0,77%, em linha com o regime cambial atrelado à moeda americana. Já na Turquia e na Argentina, o dólar subiu 13,59% e 22,83%, respectivamente.
Esses casos refletem instabilidades econômicas, inflação elevada e perda de confiança nas moedas locais, diz a Atlas.
Efeitos sobre o mercado financeiro
Para a Atlas, a desvalorização do dólar tem repercussão nos fluxos de capitais e nas bolsas de valores. O enfraquecimento da moeda pode estar associado à expectativa de política monetária menos rígida por parte do Federal Reserve. Isso tende a estimular a migração de recursos para mercados emergentes e ativos de maior risco.
Ainda de acordo com a consultoria, o movimento do dólar nos seis primeiros meses do novo mandato de Trump aponta para uma reorganização nos fluxos financeiros globais. A perda de força da moeda americana favorece economias com fundamentos sólidos e amplia as possibilidades de crescimento em mercados que se beneficiam da entrada de capital estrangeiro.
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