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Empresário de criptomoedas nega ter subornado irmã de Milei; veja
Publicado 20/02/2025 • 11:44 | Atualizado há 5 meses
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Publicado 20/02/2025 • 11:44 | Atualizado há 5 meses
KEY POINTS
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Tânia Rêgo/Agência Brasil
Após a publicação de capturas de tela com mensagens escritas por Hayden Davis, um dos criadores da criptomoeda $LIBRA, afirmando que fazia pagamentos e “controlava” o governo de Javier Milei, assessores dele desmentiram a informação e afirmaram que tais conversas não existem.
Nas mensagens, obtidas pelo jornal La Nación e pelo site especializado em criptoativos Coin Desk, Davis teria afirmado que fazia pagamentos a Karina Milei, irmã do presidente e secretária-geral da presidência. O objetivo seria obter influência na Casa Rosada.
Uma das principais mensagens teria sido enviada em 11 de dezembro, antes do escândalo. Era para um executivo de uma empresa de investimento em criptomoedas.
Davis buscava lançar um memecoin (ativo financeiro digital baseado em tendências, ou memes, da internet, como a própria $LIBRA) vinculado a Milei.
“Genial, também podemos fazer com que Milei compartilhe no X, faça reuniões com a pessoa e promova. Eu controlo esse ‘nigga’ (termo racista em inglês)”, escreveu o empresário. “Envio dinheiro à sua irmã (Karina Milei) e ele assina o que digo e faz o que quero.”
Até o momento, não há evidências de que os pagamentos tenham realmente ocorrido, e a Casa Rosada não comentou o teor das mensagens. Michael Padovano, porta-voz de Davis, falou com o site Coindesk e negou a veracidade das conversas. “São completamente falsas”, afirmou.
Karina Milei, apelidada de “El Jefe” pelo próprio presidente, é considerada a principal porta de acesso à Casa Rosada. É um papel que ela sempre teve, encorajar e aconselhar seu irmão mais velho.
Mas, como secretária da presidência, ela também se tornou responsável por autorizar ou negar as visitas que Milei recebe.
Além de se reunir com Davis, Milei se encontrou com Julian Peh, diretor-executivo da KIP Protocol, outra das empresas implicadas no lançamento da $LIBRA.
Em ambos os casos, o nexo foi Mariano Novelli, dono de uma empresa de formação financeira, a N&W Professional Partners, na qual Milei deu aulas. Ele foi um visitante frequente da Casa Rosada nos últimos meses.
Em 15 de janeiro, em um chat de cripto, Davis revelou que seu objetivo era “tirar o máximo” possível da operação, diante da pergunta sobre se pretendia manter o aumento do valor da $LIBRA ou distribuir rapidamente os lucros.
Um mês depois, em 14 de fevereiro, Milei recomendou a $LIBRA em um tuíte, apresentada como um “projeto privado” dedicada a “incentivar a economia argentina”.
A partir desse momento, a demanda pela criptomoeda disparou, até que os investidores majoritários retiraram lucros de US$ 90 milhões, e a $LIBRA entrou em colapso. Em meio a questionamentos e acusações de fraude, Milei apagou o tuíte e alegou que “não estava familiarizado” com o projeto.
Assessores de Milei tentaram afastar o presidente da crise. Em conversas reservadas, funcionários da Casa Rosada disseram ao jornal Clarín que ele teria sido enganado pelos operadores da moeda virtual.
No sábado, o governo argentino anunciou que o caso seria investigado pelo Gabinete Anticorrupção, o que foi criticado por opositores, já que seria um órgão do Executivo investigando o próprio Executivo.
Internamente, o governo reconhece que ocorreram várias reuniões com os traders por trás da criptomoeda, mas nega que Milei tenha responsabilidade sobre o prejuízo milionário das pessoas que investiram na $LIBRA, segundo o Clarín.
Na última segunda-feira (17), em entrevista ao canal Todo Noticias, o presidente comparou o investimento com jogos de azar. “Se você vai ao cassino e perde dinheiro, qual a reclamação?”, questionou. “É um problema entre privados. O Estado não tem nenhum papel nisso. Eu não promovi, apenas divulguei.”
O escândalo, porém, já afeta a imagem do presidente argentino. Uma das primeiras pesquisas divulgadas após o caso mostrou que a imagem negativa de Milei cresceu mais de dez pontos porcentuais – apesar de ele ainda ter mais avaliações positivas.
Segundo a consultoria Giacobbe, em janeiro, 50,5% dos argentinos avaliavam bem o presidente. Agora, são 49,6% (-0,5%). A imagem negativa, que era de 36,2%, subiu para 46,6% (+10,4%). (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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