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Empresas dos EUA correm para garantir ímãs de terras raras — importações da China disparam 660%

Publicado 21/07/2025 • 09:50 | Atualizado há 6 horas

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Redação CNBC

KEY POINTS

  • China exportou 3.188 toneladas de ímãs permanentes de terras raras para o mundo no mês passado, um aumento de quase 160% em relação a maio.
  • EUA receberam cerca de 353 toneladas desses ímãs vindos da China em junho, segundo dados das alfândegas.
  • Empresas americanas têm corrido para garantir esses materiais essenciais depois de um acordo comercial preliminar entre China e EUA.
EUA receberam cerca de 353 toneladas de ímãs permanentes de terras raras em junho.

EUA receberam cerca de 353 toneladas de ímãs permanentes de terras raras em junho.

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A China exportou 3.188 toneladas de ímãs permanentes de terras raras para o mundo no mês passado, um aumento de quase 160% em relação a maio. Os EUA receberam cerca de 353 toneladas desses ímãs vindos da China em junho, segundo dados das alfândegas.

As exportações chinesas de ímãs de terras raras para os Estados Unidos em junho aumentaram mais de sete vezes em relação ao mês anterior, já que empresas americanas têm corrido para garantir esses materiais essenciais depois de um acordo comercial preliminar entre China e EUA.

Em abril, Pequim impôs restrições a vários tipos de ímãs essenciais, usados em tecnologias avançadas como carros elétricos, turbinas eólicas e aparelhos de ressonância magnética. Agora, as empresas precisam de licença para exportar esses produtos. A medida foi vista como uma resposta às tarifas pesadas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, contra a China.

Pequim domina a produção de ímãs de terras raras, controlando cerca de 90% desse mercado, além de ter o mesmo peso no refino dos elementos usados para fabricar esses ímãs.

Os EUA receberam cerca de 353 toneladas de ímãs permanentes de terras raras em junho, um salto de 660% em relação ao mês anterior, segundo dados da Administração Geral de Alfândegas da China. No entanto, esse número equivale a apenas metade do volume registrado em junho do ano passado.

Os EUA foram o segundo maior destino dos ímãs chineses, atrás apenas da Alemanha, já que dependem fortemente dessas importações para seu setor industrial, principalmente nos segmentos automotivo, eletrônico e de energia renovável.

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No total, a China exportou 3.188 toneladas de ímãs permanentes de terras raras para o mundo no mês passado, um aumento de quase 160% em relação a maio, mas ainda 38% abaixo do registrado no mesmo período do ano passado.

O crescimento das exportações veio depois que Washington e Pequim acertaram, no mês passado, um novo acordo comercial, que incluiu a flexibilização de controles sobre as exportações chinesas de terras raras e a retirada de algumas restrições dos EUA à exportação de tecnologia para a China.

O gigante da inteligência artificial Nvidia anunciou, na semana passada, planos para retomar o envio de seus chips H20 de IA para a China, após as restrições impostas em abril. No mês passado, os controles sobre negócios de empresas americanas de software de IA no mercado chinês também foram relaxados.

Produtores chineses de ímãs de terras raras começaram a anunciar, no mês passado, a aprovação de licenças para exportação.

Se as exportações continuarem crescendo, isso vai beneficiar muito empresas que vinham sofrendo com a falta de ímãs devido à demora para conseguir as licenças. Por exemplo, várias fornecedoras europeias de peças automotivas foram obrigadas a interromper a produção nos últimos meses.

A escassez de ímãs também afetou setores em expansão, como o de robótica humanoide. Em abril, Elon Musk revelou que a fabricação dos robôs humanoides Optimus, da Tesla, foi prejudicada.

O controle rígido da China sobre o setor de terras raras tem levado governos de outros países a repensar suas cadeias de suprimentos e buscar alternativas para incentivar a mineração desses minerais em território nacional.

No entanto, especialistas alertam que montar uma cadeia de fornecimento alternativa à da China pode levar anos, já que o processo de refino e separação dos elementos de terras raras é bastante complexo.

“O processo de separação é bem complicado, e a China está muito à frente nisso depois de décadas de pesquisa”, explicou Yue Wang, consultor sênior em terras raras da Wood Mackenzie, em entrevista à CNBC no mês passado.

Uma das formas que os EUA têm buscado para compensar a falta de ímãs de terras raras é o aumento da reciclagem. Na semana passada, a Apple e a mineradora MP Materials anunciaram um acordo de US$ 500 milhões (cerca de R$ 2,7 bilhões) para desenvolver uma unidade de reciclagem que vai reforçar a cadeia de suprimentos de ímãs da Apple nos EUA.

Peter Alexander, da consultoria financeira Z-ben Advisors, disse que as últimas concessões dos EUA nas restrições de tecnologia mostram o quanto a China tem influência nessa relação comercial. Ele comentou o tema no programa “China Connection”, da CNBC, na segunda-feira (21).

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