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Entenda por que o “TACO” voltou a atingir Trump após nova mudança tarifária
Publicado 14/11/2025 • 20:04 | Atualizado há 1 hora
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Publicado 14/11/2025 • 20:04 | Atualizado há 1 hora
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Reprodução YouTube CNBC
Donald Trump
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta sexta-feira (14) uma nova ordem executiva revisando novamente a política de tarifas recíprocas aplicada a produtos importados. A medida, válida para operações iniciadas desde a madrugada de quinta-feira (13), retira determinados produtos agrícolas da lista de itens taxados e atualiza os anexos tarifários que sustentam o tarifaço em vigor desde abril.
O movimento ocorre dentro do estado de emergência comercial, instaurado no início do ano quando o governo relacionou o aumento do déficit externo a potenciais riscos à economia e à segurança nacional. Desde então, a Casa Branca tem promovido ajustes frequentes nas listas de bens tarifados, ampliando ou reduzindo o escopo das cobranças.
A revisão de agora substitui trechos do Anexo II, além de redefinir categorias da Nomenclatura Comum dos EUA, com impacto direto no processamento aduaneiro de mercadorias.
A ordem também reafirma que o Departamento de Comércio e o Escritório do Representante Comercial continuarão avaliando o cenário de risco. Se houver novos indícios de desequilíbrios comerciais, poderão apresentar outras recomendações, inclusive para alterações emergenciais.
Reembolsos ou devoluções de tarifas, quando aplicáveis, dependerão de procedimentos rígidos da autoridade alfandegária.
A mudança tarifária reacendeu o “TACO”, acrônimo para Trump Always Chickens Out — traduzido informalmente como “Trump sempre amarela”. O termo reaparece toda vez que o presidente anuncia um pacote agressivo de tarifas e, pouco depois, suaviza partes da proposta.
Criado em 2025 pelo jornalista Robert Armstrong, do Financial Times, o conceito rapidamente se transformou em um marcador informal de comportamento político. Analistas dizem que, sob pressão do mercado ou de aliados estratégicos, o presidente costuma promover “recálculos táticos”.
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Armstrong classificou o padrão como demonstração de “baixa tolerância a choques econômicos”, o que teria levado investidores a anteciparem recuos sempre que Trump elevava o tom na política comercial.
A chamada “teoria do TACO” ganhou força justamente porque o padrão se repetiu diversas vezes: anúncios contundentes derrubaram mercados, seguidos por correções que, minutos depois, impulsionaram ações em Wall Street, tornando-se uma espécie de guia informal para apostas de curto prazo.
A sigla não apenas se consolidou no vocabulário financeiro, mas avançou para o campo midiático e cultural. Nas redes sociais, o TACO rendeu memes, vídeos, animações e até esculturas satíricas retratando Trump como um galo, em referência ao verbo “chicken out”.

Públicos fora dos EUA também abraçaram a brincadeira: no Brasil, a expressão viralizou especialmente após o tarifaço contra produtos brasileiros e as sanções individuais aplicadas ao ministro Alexandre de Moraes.
Diversos influenciadores políticos destacaram que Trump recuou em várias disputas comerciais envolvendo China, União Europeia, Reino Unido e até Canadá, o que reforçou a percepção de que o presidente costuma anunciar medidas rígidas antes de flexibilizá-las em uma segunda etapa.
A expressão se tornou tão onipresente que o próprio presidente passou a ser questionado sobre ela em entrevistas. Em uma das ocasiões, Trump rebateu:
“Eu ‘amarelo’? Nunca ouvi isso. Chama isso de recuar? Isso é negociação.”
Em outro episódio, o presidente classificou a menção à sigla como “a pergunta mais desagradável”, irritando-se com o repórter e pedindo para que “não repetisse isso novamente”.
Assessores afirmam que a Casa Branca considera o termo injusto, argumentando que Trump usa tarifas como instrumento de barganha, e não como política final.
O padrão que alimenta a sigla é vasto. Entre os casos mais citados, estão:
Além disso, diplomatas afirmam que vários governos estrangeiros passaram a interpretar anúncios tarifários da Casa Branca como uma espécie de “primeiro lance negociado”, esperando que revisões subsequentes amenizem o impacto real das medidas.
Nas mesas de operação, o “TACO trade” se consolidou como estratégia de curto prazo: operadores compram ações logo após anúncios tarifários na expectativa de que Trump volte atrás e alivie as pressões sobre setores sensíveis.
O comportamento do mercado nas últimas semanas — descontando anúncios e reagindo a recuos — reforça a percepção de que a sigla deixou de ser apenas meme para se tornar um fenômeno financeiro.
Com o novo decreto desta sexta-feira, muitos investidores interpretaram a revisão de escopo como mais um capítulo do padrão que vem se repetindo — e que mantém o TACO vivo no centro da disputa política e econômica dos EUA.
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