Enviado da Casa Branca diz que Rússia aceitou que EUA e Europa ofereçam garantias de segurança à Ucrânia
Publicado
17/08/2025 • 12:27
| Atualizado há 44 minutos
Redação CNBC
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KEY POINTS
Os detalhes sobre a reunião do presidente Donald Trump com o presidente russo Vladimir Putin continuam escassos, mesmo dias após o encontro.
O enviado especial Steve Witkoff afirmou que os EUA conseguiram uma "concessão" de Putin, permitindo que "os Estados Unidos possam oferecer uma proteção nos moldes do Artigo 5, que é um dos principais motivos para a Ucrânia querer entrar na OTAN".
As declarações de Witkoff acontecem pouco antes de Trump se reunir em Washington com o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy.
Trump e Putin logo após reunião no Alasca.
Drew Angerer/AFP
O enviado especial Steve Witkoff afirmou neste domingo (17) que o presidente russo Vladimir Putin concordou em permitir que os Estados Unidos e países europeus ofereçam à Ucrânia uma “proteção estilo Artigo 5” como garantia de segurança para pôr fim à guerra.
Ele acrescentou: “Foi a primeira vez que ouvimos os russos concordarem com isso”.
O significado do artigo 5 para a segurança coletiva
O Artigo 5 da OTAN diz que “se um país-membro da OTAN for alvo de um ataque armado, todos os outros membros da Aliança vão considerar esse ato de violência como um ataque contra todos, e tomarão as medidas que julgarem necessárias para ajudar o aliado atacado”.
“Conseguimos obter a seguinte concessão: que os Estados Unidos podem oferecer uma proteção similar à do Artigo 5, que é um dos verdadeiros motivos para a Ucrânia buscar a adesão à OTAN”, disse Witkoff no domingo (17) a uma emissora de TV americana.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, declarou no domingo (17) que vê com bons olhos as garantias de segurança para a Ucrânia e que a “União Europeia… está pronta para fazer a sua parte”, segundo a Associated Press.
As declarações de Witkoff foram feitas poucos dias após o presidente Donald Trump se reunir com Putin no Alasca, em meio à guerra em curso na Ucrânia. Trump e sua equipe classificaram o encontro como “produtivo”, mas até agora poucos detalhes foram divulgados.
Antes da reunião, Trump insistiu diversas vezes na necessidade de um cessar-fogo urgente e duradouro para o conflito.
No entanto, o encontro não resultou nesse tipo de acordo, o que gerou preocupação entre autoridades da Ucrânia e de países europeus de que Trump estivesse mudando de objetivo.
Nos dias seguintes à reunião, Trump afirmou que a “melhor maneira” de acabar com a guerra é “partir direto para um Acordo de Paz”.
Segundo Witkoff, Trump e Putin “discutiram praticamente todos os outros pontos necessários para um acordo de paz” durante as várias horas de conversa, sem dar mais detalhes.
“Começamos a perceber uma postura mais moderada sobre como chegar a um acordo de paz definitivo”, comentou ele.
Trump tem reunião marcada com o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy e líderes europeus na segunda-feira (18).
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