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Avaliação dos EUA revela que ataque destruiu apenas um de três centros nucleares iranianos
Publicado 18/07/2025 • 10:19 | Atualizado há 2 meses
Publicado 18/07/2025 • 10:19 | Atualizado há 2 meses
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Foto: VAHID SALEMI/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Um manifestante segura uma foto do aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, durante protesto realizado após os ataques dos Estados Unidos contra instalações nucleares no Irã, em Teerã, no domingo, 22 de junho
Uma ofensiva militar dos Estados Unidos contra instalações nucleares do Irã, realizada no mês passado, teve impacto limitado: apenas um dos três alvos foi severamente danificado, segundo avaliação recente da inteligência americana divulgada por fontes do governo à NBC News. Outras duas instalações sofreram danos menores e, se o Irã quiser, poderão retomar o enriquecimento de urânio nos próximos meses.
A ofensiva foi anunciada pelo presidente Donald Trump como uma grande vitória militar. Em discurso, ele afirmou que as instalações nucleares iranianas haviam sido “completamente obliteradas”. Mas, segundo oficiais americanos e relatórios de inteligência, a realidade é mais complexa.
A operação — batizada de “Martelo da Meia-Noite” — teve como alvos os centros de Fordo, Natanz e Isfahan, locais estratégicos no programa nuclear iraniano. De acordo com fontes militares, Fordo foi o mais afetado, com prejuízos que podem atrasar o programa por até dois anos. Já em Natanz e Isfahan, parte das estruturas subterrâneas resistiu, o que levanta dúvidas sobre a eficácia total dos bombardeios.
O relatório foi compartilhado com parlamentares, membros do Departamento de Defesa e governos aliados. Trata-se de uma análise inicial, que poderá mudar conforme novas informações forem coletadas. Segundo a Casa Branca, o ataque destruiu a única unidade de conversão metálica de Natanz, essencial para o enriquecimento de urânio — e que levaria “anos para ser reconstruída”.
Em Isfahan e Fordo, a inteligência americana acredita que a maior parte do urânio enriquecido foi soterrada e está inacessível. O Irã ainda não demonstrou sinais de tentar recuperar esse material. No entanto, autoridades israelenses disseram que parte do urânio permanece preservada sob Isfahan, embora reconheçam que qualquer tentativa de extração seria detectada e poderia gerar novos ataques.
Mesmo com resultados parciais, setores do governo americano e de Israel discutem a possibilidade de novos bombardeios caso o Irã não aceite retomar negociações sobre um novo acordo nuclear ou tente reconstruir as instalações.
Questionado se voltaria a atacar o Irã, Trump respondeu: “Com certeza. Sem dúvida.”
Segundo autoridades americanas, as defesas aéreas iranianas foram praticamente eliminadas, o que tornaria qualquer retaliação futura ainda mais difícil de ser evitada por Teerã.
A ofensiva realizada foi mais limitada do que o planejado originalmente pelo Comando Central dos EUA. Havia um plano para atacar seis instalações, com bombardeios em série ao longo de semanas, incluindo alvos de defesa aérea e de mísseis balísticos. O plano foi rejeitado por Trump, que preferiu evitar um conflito prolongado, apesar de parte de seus assessores considerarem essa opção viável.
O temor era de que o Irã retaliaria com ataques a posições americanas no Iraque e na Síria, além de um elevado número de mortes em ambos os lados.
A atual escalada tem origem em 2018, quando Trump retirou os EUA do acordo nuclear de 2015, negociado na era Obama. O pacto, chamado de Plano de Ação Conjunto Global, limitava o programa nuclear iraniano em troca de alívio nas sanções econômicas.
Com a saída do acordo e a retomada das sanções, o Irã voltou a enriquecer urânio acima dos limites acordados. Antes do ataque de junho, os EUA estimavam que o país tinha material suficiente para fabricar entre nove e dez bombas nucleares, caso optasse por seguir esse caminho.
O Irã, por sua vez, insiste que seu programa nuclear tem fins exclusivamente civis. Essa posição foi reiterada por autoridades iranianas em entrevistas recentes, inclusive um dia antes dos ataques dos EUA.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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