Europa quer acabar com as importações de gás russo. Aliados de Moscou na UE dizem que é um “erro grave”
Publicado 08/05/2025 • 07:56 | Atualizado há 3 horas
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Publicado 08/05/2025 • 07:56 | Atualizado há 3 horas
KEY POINTS
O presidente russo Vladimir Putin e o primeiro-ministro húngaro Viktor Orban durante sua coletiva de imprensa conjunta no Kremlin em 5 de julho de 2024.
Os aliados da Rússia na Europa Oriental dizem que os planos de Bruxelas de acabar com todas as importações de gás e energia da Rússia nos próximos anos equivalem a um “suicídio econômico” e uma ameaça à segurança energética e à economia da região.
A Comissão Europeia anunciou na terça-feira planos para eliminar gradualmente as importações de gás russo, energia nuclear e gás natural liquefeito (GNL) até o final de 2027, dizendo que a medida “abre caminho para garantir a total independência energética da UE em relação à Rússia”.
A invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022 levou a UE a proibir a maioria das importações marítimas de petróleo, carvão e produtos petrolíferos refinados russos, mas reduzir os fluxos de gás tem se mostrado mais difícil. Em 2024, quase 19% das importações de gás e GNL da UE ainda vinham da Rússia, de acordo com dados da Comissão Europeia, embora esse número seja inferior ao de 2021, quando 45% do gás da região veio do principal exportador de petróleo e gás.
As últimas propostas da UE já provocaram uma resposta furiosa de países do leste europeu, que tradicionalmente dependem mais de suprimentos de energia mais baratos da Rússia e que alertam repetidamente sobre preços de energia mais altos para os consumidores como resultado da proibição de tais suprimentos.
A Eslováquia e a Hungria, cujos governos mantiveram laços estreitos com Moscou apesar da guerra na Ucrânia, descreveram os últimos planos da UE como um “erro grave” que prejudicaria a região.
“Reconhecemos o objetivo estratégico de reduzir a dependência energética de países terceiros, e a Eslováquia está pronta para trabalhar nisso com a União Europeia, mas… isso é simplesmente suicídio econômico concordar que nem gás, nem energia nuclear, nem petróleo [podem ser importados da Rússia], que tudo deve acabar só porque uma nova Cortina de Ferro está sendo construída entre o mundo ocidental e talvez a Rússia e outros países”, disse o primeiro-ministro eslovaco Robert Fico na quarta-feira, em comentários relatados pela agência de notícias eslovaca TASR e traduzidos pelo Google.
O ministro das Relações Exteriores da Hungria, Péter Szijjártó, disse na quarta-feira que as propostas da UE eram “politicamente motivadas” e um “erro grave”.
“Isso ameaça a segurança energética, eleva os preços e viola a soberania. Eles querem que arquemos com o custo do seu apoio irresponsável à Ucrânia e à sua adesão precipitada à UE. Rejeitamos firmemente isso”, comentou o ministro no X.
Tanto a Hungria quanto a Eslováquia rejeitaram iniciativas anteriores da UE de cortar laços energéticos com Moscou, optando, em vez disso, por manter o fornecimento em meio a temores de aumento nos custos de energia no país.
Ambos também criticaram veementemente a concessão de mais assistência militar e financeira à Ucrânia e já ameaçaram se recusar a apoiar as extensões regulares das sanções da UE contra a Rússia. Ambos buscaram obter concessões do bloco antes de aprovar a renovação, mais recentemente em março.
Ao anunciar seus planos mais recentes para se distanciar da Rússia, a UE disse na terça-feira (6) que seu “roteiro” para eliminar gradualmente todas as importações de energia russas introduziria primeiro uma proibição de todas as importações de gás russo (tanto por gasoduto quanto por GNL) sob novos contratos e contratos à vista existentes, que entrariam em vigor até o final de 2025, antes que todas as importações restantes fossem eliminadas até o final de 2027.
As propostas legislativas da Comissão, a serem apresentadas em junho, exigirão a aprovação do Parlamento Europeu e de uma maioria qualificada dos Estados-membros, o que significa que os planos não podem ser vetados por apenas alguns países.
“Podemos adotá-lo sem unanimidade”, disse o comissário europeu de Energia, Dan Jørgensen, em uma coletiva de imprensa na terça-feira, acrescentando: “Espero que todos votem a favor, obviamente, mas se não votarem, também está tudo bem, isso também faz parte da União Europeia, que às vezes a maioria toma decisões quando necessário.”
Ele acrescentou que o bloco estava atualmente em uma “situação inaceitável”, na qual dependia de um Estado e líder russo, o presidente Vladimir Putin, que havia “escolhido transformar energia em arma”. Ele acrescentou que a importação de gás russo havia indiretamente ajudado a encher os “estoques de guerra” do Kremlin para continuar sua guerra contra a Ucrânia.
A Comissão disse em sua declaração na terça-feira que previa uma abordagem “gradual e bem coordenada” em todo o bloco, com os estados-membros sendo solicitados a preparar planos nacionais até o final deste ano “estabelecendo como eles contribuirão para eliminar gradualmente as importações de gás, energia nuclear e petróleo russos”. É incerto se a Eslováquia e a Hungria atenderão à solicitação.
Um porta-voz da Comissão disse à CNBC na quarta-feira que “trabalhará em estreita colaboração com todos os Estados-Membros na implementação deste plano, especialmente com os mais afetados. É por isso que propomos uma eliminação gradual e bem gerida, apoiada por esforços contínuos de diversificação e melhor utilização da infraestrutura energética”.
A CNBC pediu ao Kremlin uma resposta às propostas da UE e está aguardando uma resposta.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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