CNBC
A Samsung havia anunciado um contrato que iniciava em julho de 2025, cujo seu término era dezembro de 2033.

CNBC Lucro do segundo trimestre da Samsung cai pela metade, abaixo das expectativas

Mundo

Fed dividido mantém taxa básica de juros, contrariando pressão de Trump por cortes agressivos

Publicado 30/07/2025 • 15:27 | Atualizado há 15 horas

CNBC

Redação CNBC

KEY POINTS

  • O Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês), responsável por definir a taxa de juros de curto prazo, votou por 9 a 2 para manter a taxa atual.
  • Com isso, os juros seguem na faixa de 4,25% a 4,5% ao ano. Essa taxa baliza o custo do empréstimo entre bancos, mas influencia diversas outras taxas na economia.

O Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, decidiu nesta quarta-feira (30) manter a taxa básica de juros inalterada, apesar das críticas do ex-presidente Donald Trump e da oposição de dois de seus principais dirigentes.

Leia mais:

‘O Muito Atrasado (Powell) deve agora reduzir as taxas de juros’ ataca Trump

O Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês), responsável por definir a taxa de juros de curto prazo, votou por 9 a 2 para manter a taxa atual. Com isso, os juros seguem na faixa de 4,25% a 4,5% ao ano. Essa taxa baliza o custo do empréstimo entre bancos, mas influencia diversas outras taxas na economia.

No entanto, os governadores Michelle Bowman e Christopher Waller votaram contra a decisão. Ambos defendem que o Fed inicie um ciclo de afrouxamento monetário, com o argumento de que a inflação está controlada e o mercado de trabalho pode começar a perder força. Foi a primeira vez desde o final de 1993 que mais de um governador votou contra a decisão principal do comitê.

O comunicado pós-reunião trouxe poucas mudanças na avaliação das condições econômicas.

“Embora oscilações nas exportações líquidas continuem afetando os dados, indicadores recentes sugerem que o crescimento da atividade econômica moderou no primeiro semestre do ano”, afirma o documento. “A taxa de desemprego permanece baixa, e as condições do mercado de trabalho seguem sólidas. A inflação continua um pouco elevada.”

Na reunião de junho, o comitê tinha uma visão mais otimista, afirmando que a economia “seguia em expansão em ritmo sólido”.

Já o comunicado desta quarta-feira aponta que a incerteza sobre as condições econômicas “permanece elevada”, o que representa uma avaliação menos positiva do que a de junho, quando o comitê indicava que a incerteza havia “diminuído, mas ainda permanecia alta”.

Uma desaceleração econômica tende a reforçar os argumentos por uma redução de juros, mas o comitê evitou sinalizar esse caminho.

O presidente do Fed, Jerome Powell, fará um pronunciamento às 15h30 (horário de Brasília) e poderá indicar se o comitê está inclinado a cortar os juros na próxima reunião, marcada para setembro.

O mercado já esperava que não houvesse mudanças nesta reunião, mas acompanhava de perto o grau de dissenso interno. Normalmente, o comitê conta com 12 votantes, mas desta vez a governadora Adriana Kugler não participou. Operadores ainda projetam corte em setembro, embora isso possa mudar de acordo com os próximos dados econômicos. Em junho, os dirigentes sinalizaram, por margem estreita, a possibilidade de dois cortes ainda em 2025.

A decisão ocorre após semanas intensas para uma instituição que, embora tenha grande influência sobre a economia, tradicionalmente evita se envolver em disputas políticas.

Trump pediu a renúncia de Powell e chegou a considerar, de forma juridicamente questionável, sua demissão. Apesar de ter recuado da ameaça, o ex-presidente continua criticando o dirigente, a quem passou a chamar de “tardio”.

Trump sugeriu que o Fed reduza sua taxa em 3 pontos percentuais, o que, segundo ele, ajudaria a aliviar os custos da dívida pública crescente e impulsionaria o mercado imobiliário, atualmente estagnado.

Além da pressão por cortes, o governo Trump também criticou Powell e o banco central por estouros no orçamento de uma ampla reforma em dois prédios do Fed em Washington. Powell afirmou que os custos adicionais se devem à alta de preços desde o início do projeto, e não a má gestão.

A quarta-feira também trouxe novos dados que podem influenciar os próximos passos do Fed, independentemente das pressões políticas.

O Departamento de Comércio dos EUA informou que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 3% no segundo trimestre, em ritmo anualizado, acima das expectativas. Grande parte do resultado se deve à reversão do aumento expressivo nas importações no primeiro trimestre, antecipando tarifas anunciadas por Trump, mas o relatório reforça a percepção de uma economia ainda resiliente.

O mesmo relatório mostrou que a inflação no período foi de 2,1% ao ano, segundo a principal métrica usada pelo Fed. A inflação subjacente, que exclui alimentos e energia, ficou em 2,5%, mas ambas caíram em relação ao primeiro trimestre e se aproximaram da meta de 2% do Fed.

“Na Casa Branca, respeitamos 100% a independência do Fed, mas também gostamos de respeitar suas análises”, disse Kevin Hassett, diretor do Conselho Econômico Nacional, à CNBC. “Esperamos que o Fed acompanhe os dados em breve. Isso será uma notícia muito positiva.”

O próximo encontro do Fed será no tradicional retiro anual em Jackson Hole, Wyoming, no fim de agosto. O evento costuma contar com um discurso importante do presidente da instituição.

📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:

🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais

🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562

🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube

🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings

Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no

Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.

MAIS EM Mundo