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Fed dividido mantém taxa básica de juros, contrariando pressão de Trump por cortes agressivos

Publicado 30/07/2025 • 15:27 | Atualizado há 2 meses

KEY POINTS

  • O Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês), responsável por definir a taxa de juros de curto prazo, votou por 9 a 2 para manter a taxa atual.
  • Com isso, os juros seguem na faixa de 4,25% a 4,5% ao ano. Essa taxa baliza o custo do empréstimo entre bancos, mas influencia diversas outras taxas na economia.

O Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, decidiu nesta quarta-feira (30) manter a taxa básica de juros inalterada, apesar das críticas do ex-presidente Donald Trump e da oposição de dois de seus principais dirigentes.

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O Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês), responsável por definir a taxa de juros de curto prazo, votou por 9 a 2 para manter a taxa atual. Com isso, os juros seguem na faixa de 4,25% a 4,5% ao ano. Essa taxa baliza o custo do empréstimo entre bancos, mas influencia diversas outras taxas na economia.

No entanto, os governadores Michelle Bowman e Christopher Waller votaram contra a decisão. Ambos defendem que o Fed inicie um ciclo de afrouxamento monetário, com o argumento de que a inflação está controlada e o mercado de trabalho pode começar a perder força. Foi a primeira vez desde o final de 1993 que mais de um governador votou contra a decisão principal do comitê.

O comunicado pós-reunião trouxe poucas mudanças na avaliação das condições econômicas.

“Embora oscilações nas exportações líquidas continuem afetando os dados, indicadores recentes sugerem que o crescimento da atividade econômica moderou no primeiro semestre do ano”, afirma o documento. “A taxa de desemprego permanece baixa, e as condições do mercado de trabalho seguem sólidas. A inflação continua um pouco elevada.”

Na reunião de junho, o comitê tinha uma visão mais otimista, afirmando que a economia “seguia em expansão em ritmo sólido”.

Já o comunicado desta quarta-feira aponta que a incerteza sobre as condições econômicas “permanece elevada”, o que representa uma avaliação menos positiva do que a de junho, quando o comitê indicava que a incerteza havia “diminuído, mas ainda permanecia alta”.

Uma desaceleração econômica tende a reforçar os argumentos por uma redução de juros, mas o comitê evitou sinalizar esse caminho.

O presidente do Fed, Jerome Powell, fará um pronunciamento às 15h30 (horário de Brasília) e poderá indicar se o comitê está inclinado a cortar os juros na próxima reunião, marcada para setembro.

O mercado já esperava que não houvesse mudanças nesta reunião, mas acompanhava de perto o grau de dissenso interno. Normalmente, o comitê conta com 12 votantes, mas desta vez a governadora Adriana Kugler não participou. Operadores ainda projetam corte em setembro, embora isso possa mudar de acordo com os próximos dados econômicos. Em junho, os dirigentes sinalizaram, por margem estreita, a possibilidade de dois cortes ainda em 2025.

A decisão ocorre após semanas intensas para uma instituição que, embora tenha grande influência sobre a economia, tradicionalmente evita se envolver em disputas políticas.

Trump pediu a renúncia de Powell e chegou a considerar, de forma juridicamente questionável, sua demissão. Apesar de ter recuado da ameaça, o ex-presidente continua criticando o dirigente, a quem passou a chamar de “tardio”.

Trump sugeriu que o Fed reduza sua taxa em 3 pontos percentuais, o que, segundo ele, ajudaria a aliviar os custos da dívida pública crescente e impulsionaria o mercado imobiliário, atualmente estagnado.

Além da pressão por cortes, o governo Trump também criticou Powell e o banco central por estouros no orçamento de uma ampla reforma em dois prédios do Fed em Washington. Powell afirmou que os custos adicionais se devem à alta de preços desde o início do projeto, e não a má gestão.

A quarta-feira também trouxe novos dados que podem influenciar os próximos passos do Fed, independentemente das pressões políticas.

O Departamento de Comércio dos EUA informou que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 3% no segundo trimestre, em ritmo anualizado, acima das expectativas. Grande parte do resultado se deve à reversão do aumento expressivo nas importações no primeiro trimestre, antecipando tarifas anunciadas por Trump, mas o relatório reforça a percepção de uma economia ainda resiliente.

O mesmo relatório mostrou que a inflação no período foi de 2,1% ao ano, segundo a principal métrica usada pelo Fed. A inflação subjacente, que exclui alimentos e energia, ficou em 2,5%, mas ambas caíram em relação ao primeiro trimestre e se aproximaram da meta de 2% do Fed.

“Na Casa Branca, respeitamos 100% a independência do Fed, mas também gostamos de respeitar suas análises”, disse Kevin Hassett, diretor do Conselho Econômico Nacional, à CNBC. “Esperamos que o Fed acompanhe os dados em breve. Isso será uma notícia muito positiva.”

O próximo encontro do Fed será no tradicional retiro anual em Jackson Hole, Wyoming, no fim de agosto. O evento costuma contar com um discurso importante do presidente da instituição.

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