Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no
Fed dividido mantém taxa básica de juros, contrariando pressão de Trump por cortes agressivos
Publicado 30/07/2025 • 15:27 | Atualizado há 15 horas
Lucro do segundo trimestre da Samsung cai pela metade, abaixo das expectativas
Ações da Palo Alto Networks caem após anunciar acordo de US$ 25 bilhões com CyberArk
Qualcomm supera expectativas nos lucros e destaca crescimento com óculos inteligentes da Meta
Trump impõe tarifa universal de 50% sobre importação de cobre, diz Casa Branca
Ações da Microsoft sobem 6% após lucros superarem expectativas, com receita anual do Azure ultrapassando US$ 75 bi
Publicado 30/07/2025 • 15:27 | Atualizado há 15 horas
KEY POINTS
O Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, decidiu nesta quarta-feira (30) manter a taxa básica de juros inalterada, apesar das críticas do ex-presidente Donald Trump e da oposição de dois de seus principais dirigentes.
Leia mais:
‘O Muito Atrasado (Powell) deve agora reduzir as taxas de juros’ ataca Trump
O Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês), responsável por definir a taxa de juros de curto prazo, votou por 9 a 2 para manter a taxa atual. Com isso, os juros seguem na faixa de 4,25% a 4,5% ao ano. Essa taxa baliza o custo do empréstimo entre bancos, mas influencia diversas outras taxas na economia.
No entanto, os governadores Michelle Bowman e Christopher Waller votaram contra a decisão. Ambos defendem que o Fed inicie um ciclo de afrouxamento monetário, com o argumento de que a inflação está controlada e o mercado de trabalho pode começar a perder força. Foi a primeira vez desde o final de 1993 que mais de um governador votou contra a decisão principal do comitê.
O comunicado pós-reunião trouxe poucas mudanças na avaliação das condições econômicas.
“Embora oscilações nas exportações líquidas continuem afetando os dados, indicadores recentes sugerem que o crescimento da atividade econômica moderou no primeiro semestre do ano”, afirma o documento. “A taxa de desemprego permanece baixa, e as condições do mercado de trabalho seguem sólidas. A inflação continua um pouco elevada.”
Na reunião de junho, o comitê tinha uma visão mais otimista, afirmando que a economia “seguia em expansão em ritmo sólido”.
Já o comunicado desta quarta-feira aponta que a incerteza sobre as condições econômicas “permanece elevada”, o que representa uma avaliação menos positiva do que a de junho, quando o comitê indicava que a incerteza havia “diminuído, mas ainda permanecia alta”.
Uma desaceleração econômica tende a reforçar os argumentos por uma redução de juros, mas o comitê evitou sinalizar esse caminho.
O presidente do Fed, Jerome Powell, fará um pronunciamento às 15h30 (horário de Brasília) e poderá indicar se o comitê está inclinado a cortar os juros na próxima reunião, marcada para setembro.
O mercado já esperava que não houvesse mudanças nesta reunião, mas acompanhava de perto o grau de dissenso interno. Normalmente, o comitê conta com 12 votantes, mas desta vez a governadora Adriana Kugler não participou. Operadores ainda projetam corte em setembro, embora isso possa mudar de acordo com os próximos dados econômicos. Em junho, os dirigentes sinalizaram, por margem estreita, a possibilidade de dois cortes ainda em 2025.
A decisão ocorre após semanas intensas para uma instituição que, embora tenha grande influência sobre a economia, tradicionalmente evita se envolver em disputas políticas.
Trump pediu a renúncia de Powell e chegou a considerar, de forma juridicamente questionável, sua demissão. Apesar de ter recuado da ameaça, o ex-presidente continua criticando o dirigente, a quem passou a chamar de “tardio”.
Trump sugeriu que o Fed reduza sua taxa em 3 pontos percentuais, o que, segundo ele, ajudaria a aliviar os custos da dívida pública crescente e impulsionaria o mercado imobiliário, atualmente estagnado.
Além da pressão por cortes, o governo Trump também criticou Powell e o banco central por estouros no orçamento de uma ampla reforma em dois prédios do Fed em Washington. Powell afirmou que os custos adicionais se devem à alta de preços desde o início do projeto, e não a má gestão.
A quarta-feira também trouxe novos dados que podem influenciar os próximos passos do Fed, independentemente das pressões políticas.
O Departamento de Comércio dos EUA informou que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 3% no segundo trimestre, em ritmo anualizado, acima das expectativas. Grande parte do resultado se deve à reversão do aumento expressivo nas importações no primeiro trimestre, antecipando tarifas anunciadas por Trump, mas o relatório reforça a percepção de uma economia ainda resiliente.
O mesmo relatório mostrou que a inflação no período foi de 2,1% ao ano, segundo a principal métrica usada pelo Fed. A inflação subjacente, que exclui alimentos e energia, ficou em 2,5%, mas ambas caíram em relação ao primeiro trimestre e se aproximaram da meta de 2% do Fed.
“Na Casa Branca, respeitamos 100% a independência do Fed, mas também gostamos de respeitar suas análises”, disse Kevin Hassett, diretor do Conselho Econômico Nacional, à CNBC. “Esperamos que o Fed acompanhe os dados em breve. Isso será uma notícia muito positiva.”
O próximo encontro do Fed será no tradicional retiro anual em Jackson Hole, Wyoming, no fim de agosto. O evento costuma contar com um discurso importante do presidente da instituição.
—
📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:
🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais
🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562
🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube
🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings
Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
Mais lidas
Wall Street vê recuperação da Starbucks ganhando força, mesmo após mais um trimestre fraco
Gayer: Lula debate com ministros do STF possibilidade de acionar justiça americana contra sanções a Moraes
Governo antecipa retomada da tarifa de 35% para carros elétricos e híbridos importados
Ações da Palo Alto Networks caem após anunciar acordo de US$ 25 bilhões com CyberArk
Setores da indústria reagem às tarifas de Trump: veja o que eles dizem