O cessar-fogo entre Israel e o Irã parece estar se mantendo. Na newsletter de ontem, falamos sobre como uma blitzkrieg diplomática, liderada por mísseis, parece ter ajudado a acalmar as tensões.
O outro lado desse caminho incomum para uma trégua é que, afinal, mísseis são armas. Poucas horas após ambos os países concordarem com o cessar-fogo, Israel afirmou que seu rival de longa data havia disparado mísseis contra suas fronteiras, acusação que Teerã negou e declarou estar se preparando para “responder com força”, provavelmente com mais mísseis.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que teria intermediado o cessar-fogo com o emir do Catar, Sheikh Tamim bin Hamad Al Thani expressou frustração com os acontecimentos.
“Não estou satisfeito com eles. Também não estou satisfeito com o Irã, mas estou realmente insatisfeito se Israel sair esta manhã”, disse Trump a um grupo de repórteres, a caminho da cúpula da OTAN, na Holanda.
Suas advertências pareceram funcionar. Agora, existe um armistício frágil entre os dois países. Os preços do petróleo caíram e as ações dos EUA subiram.
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Trump diz que o cessar-fogo entre Israel e Irã ‘está indo bem’
A Reuters publicou uma foto de moradores israelenses jogando frisbee na praia em 24 de junho. Os voos no Aeroporto Ben Gurion, em Israel, estão sendo retomads, e o espaço aéreo do Irã está parcialmente reaberto, segundo a empresa de monitoramento FlightRadar24, informou a CNBC por volta das 3h, horário de Cingapura.
Três horas depois, a NBC News, citando três fontes familiarizadas com o assunto, informou que uma avaliação inicial da Agência de Inteligência de Defesa dos EUA concluiu que os ataques americanos às instalações nucleares iranianas, no sábado, deixaram “peças essenciais… ainda intactas”.
E assim o conflito segue.
O que você precisa saber hoje:
Cessar-fogo entre Israel e Irã se mantém por enquanto. O armistício, anunciado por Trump na segunda-feira, permanece de pé. Israel afirmou, na terça-feira, que manterá o acordo, desde que o Irã também o respeite.
Mais cedo, os dois países trocaram acusações de violações da trégua e ameaçaram retaliar, levando Trump a declarar que “não está satisfeito com eles”.
Mercados saltam com otimismo em torno da trégua. As ações nos EUA subiram na terça-feira, diante das expectativas de manutenção do cessar-fogo:
- S&P 500: +1,11% (a 0,9% da máxima em 52 semanas).
- Dow Jones: +1,19%
- Nasdaq Composite: +1,43%
- Nasdaq-100: +1,53% (alta histórica)
Na Europa, o Stoxx 600 também subiu 1,11%. Ações de empresas do setor de viagens lideraram os ganhos, enquanto o setor de petróleo e gás recuou.
Petróleo cai pelo segundo dia seguido. Com a percepção de menor risco de interrupções no fornecimento, o petróleo despencou:
- Petróleo bruto dos EUA: -6%, a US$ 64,37 o barril.
- Brent: -6,1%, a US$ 67,14.
Na véspera, os preços já haviam caído 7%. Na terça-feira, Trump disse que a China pode continuar comprando petróleo do Irã — sinalizando possível suavização na pressão contra Teerã.
Powell: Fed está “bem posicionado para esperar”.
Em audiência no Congresso, Jerome Powell afirmou que a economia segue robusta, mas que a inflação ainda supera a meta de 2%. Ele disse que o Fed tem a “obrigação” de conter os efeitos persistentes das tarifas e indicou que o banco central deve manter os juros inalterados no curto prazo.
EUA reafirmam compromisso com a OTAN.
“O presidente dos EUA e a alta liderança americana estão totalmente comprometidos com a OTAN”, disse o secretário-geral da aliança, Mark Rutte, na cúpula de Haia. Os membros concordaram em elevar os gastos com defesa para 5% do PIB até 2035.
HSBC: ainda não estamos “otimistas o suficiente”.
O rali recente do S&P 500 surpreendeu investidores. Max Kettner, estrategista-chefe de multiativos do HSBC, afirmou que teme não estar “otimista o suficiente” em relação ao desempenho do índice, que voltou a se aproximar da máxima histórica.
E, por fim…
O bloqueio de GPS no Estreito de Ormuz preocupa setor naval. Apesar do cessar-fogo, os riscos no Estreito de Ormuz persistem.
Segundo Angeliki Frangou, CEO da Navios Maritime Partners, embarcações evitam transitar à noite devido à interferência no sinal de GPS.
“Tivemos cerca de 20% menos passagem de navios. Muitas empresas só cruzam durante o dia. Elas acham perigoso à noite por conta do congestionamento de sinais. É uma situação muito instável”, afirmou Frangou à CNBC.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC
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