Atual presidente da SEC, que tentou regular cripto, renuncia e abre caminho para nome de Trump
Publicado 21/11/2024 • 16:42 | Atualizado há 4 meses
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Publicado 21/11/2024 • 16:42 | Atualizado há 4 meses
KEY POINTS
Gary Gensler anuncia saída da presidência da SEC, a CVM americana.
Foto: ANDREW CABALLERO-REYNOLDS/AFP
Gary Gensler, presidente da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês) – anunciou sua renúncia para o próximo dia 20 de janeiro de 2025, data em que o republicano Donald Trump será empossado como o novo presidente do país.
Gensler assumiu a liderança da SEC em 2021 e adotou uma abordagem ambiciosa e controversa em questões regulatórias, especialmente em relação às criptomoedas.
Trump ainda não revelou quem será o novo presidente da SEC, mas espera-se que o escolhido seja alguém ligado à Wall Street ou ao setor de criptomoedas. Embora os comissários da SEC tenham mandatos de cinco anos, Gensler decidiu deixar o cargo antes do previsto, o que já era esperado.
“A equipe e a Comissão são profundamente comprometidas com a missão de proteger os investidores, facilitar a formação de capital e garantir que os mercados funcionem para investidores e emissores. A equipe é composta por verdadeiros servidores públicos. Foi uma honra servir com eles em nome dos americanos comuns e garantir que nossos mercados de capitais permaneçam os melhores do mundo”, declarou Gary Gensler em comunicado à imprensa.
Durante sua gestão, a SEC de Gensler exigiu mais divulgações de empresas de capital aberto e consultores financeiros para investidores. Além disso, a agência acelerou o tempo de liquidação de negociações de ações para apenas um dia, mudança impulsionada pelo comércio de ações meme no início de 2021.
A SEC de Gensler também enfrentou disputas de destaque com a indústria de criptomoedas, incluindo uma batalha legal com a Grayscale para bloquear ETFs de bitcoin. A Grayscale venceu no tribunal, e bilhões de dólares foram investidos nesses novos fundos desde seu lançamento em janeiro.
Neste contexto, um outro conflito também está no radar: o de Trump com o presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central americano), Jerome Powell. Caso a economia aqueça e a inflação aumente, Powell e seus colegas podem decidir desacelerar a redução das taxas de juros, o que pode irritar o republicano.
Durante seu primeiro mandato, Trump criticou Powell por não relaxar a política monetária rapidamente. Naquela época, a inflação era baixa, permitindo que os aumentos de taxas do Fed mantivessem as taxas de referência abaixo dos níveis atuais.
Desta vez, Trump planeja políticas fiscais expansionistas e protecionistas, incluindo tarifas mais duras, redução de impostos e grandes gastos.
O que se sabe é que o republicano está montando uma equipe para implementar sua agenda econômica, mas muito do sucesso depende de uma política monetária acomodativa ou pelo menos precisa. Para o Fed, isso é representado na busca pela taxa de juros “neutra”, mas para a nova administração, pode significar algo diferente.
O mandato de Powell como presidente do Fed expira no início de 2026.
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