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Gigantes da tecnologia aumentam projeções e devem investir mais de US$ 380 bilhões em IA neste ano
Publicado 01/11/2025 • 09:24 | Atualizado há 2 horas
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Publicado 01/11/2025 • 09:24 | Atualizado há 2 horas
KEY POINTS
Pixabay
Inteligência artificial
Os investimentos em inteligência artificial só tendem a aumentar. Essa foi a mensagem transmitida a Wall Street dos recentes balanços financeiros das gigantes da internet e da tecnologia.
Alphabet, Meta, Microsoft e Amazon elevaram suas projeções para despesas de capital e agora, coletivamente, esperam que esse valor ultrapasse US$ 380 bilhões este ano. A previsão da Microsoft era para o ano fiscal de 2026, que termina em junho. As empresas estão numa corrida para construir infraestrutura para o que consideram uma demanda praticamente ilimitada por serviços de IA.
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Entretanto, um número crescente de céticos expressa preocupação com o fato de esses níveis históricos de gastos estarem alimentando uma bolha, e questionam se há energia e recursos suficientes para transformar as ambiciosas promessas da IA em realidade.
Por maiores que tenham sido as projeções de gastos desta semana, elas parecem modestas quando comparadas com as da OpenAI, que anunciou recentemente acordos de infraestrutura no valor aproximado de US$ 1 trilhão com parceiros, incluindo a Nvidia, Oracle e Broadcom.

As ações da Amazon dispararam depois que a empresa superou as expectativas de lucro e receita, e anunciou que o investimento de capital neste ano será de cerca de US$ 125 bilhões, acima da previsão anterior de US$ 118 bilhões.
“Continuaremos a fazer investimentos significativos, especialmente em IA”, disse o diretor financeiro Brian Olsavsky na teleconferência de resultados, acrescentando que esse valor aumentará em 2026. “Acreditamos que seja uma oportunidade enorme, com potencial para fortes retornos sobre o capital investido a longo prazo”, acrescentou.
Os investidores também comemoraram a Alphabet, que superou as expectativas de lucro e elevou sua previsão de investimentos para este ano para entre US$ 91 bilhões e US$ 93 bilhões, ante a previsão anterior de US$ 75 bilhões a US$ 85 bilhões. As ações subiram 2,5% na quinta-feira (30).
Mas as ações da Microsoft caíram cerca de 3%, mesmo com os resultados da empresa de software superando as estimativas. A diretora financeira Amy Hood afirmou que o crescimento das capex (despesas de capital) aceleraria no ano fiscal de 2026, que começou em julho, após a empresa ter previsto anteriormente uma desaceleração. O capex aumentou 45%, para US$ 64,55 bilhões no último ano fiscal, o que sugere um mínimo de cerca de US$ 94 bilhões em 2026. Esse valor é significativamente maior quando se incluem os arrendamentos.
As ações da Meta foram as mais afetadas, despencando 11% na quinta-feira (30), sua maior queda em três anos, apesar de terem superado as expectativas em todos os indicadores. A empresa reduziu sua previsão de investimentos para entre US$ 70 bilhões e US$ 72 bilhões, ante a faixa anterior de US$ 66 bilhões a US$ 72 bilhões.
Diferentemente da Amazon, Microsoft e Google, a Meta não possui um serviço em nuvem e não tem uma história de receita clara atrelada aos seus investimentos em IA. A Meta afirma que os benefícios da IA vêm de outras áreas, principalmente da melhoria do desempenho em seu principal negócio de anúncios digitais, graças a uma segmentação mais precisa.
Ainda assim, os analistas da Oppenheimer rebaixaram a recomendação das ações de “compra” para “manter”, citando uma “oportunidade de receita desconhecida” no que a empresa chama de superinteligência, e afirmaram que os investidores terão dificuldades com o “crescimento agressivo da receita compensado por altos gastos”.
Em contrapartida, o Google tem “lucros previsíveis”, escreveram os analistas. Em junho, o CEO da Meta , Mark Zuckerberg, anunciou a criação do Superintelligence Labs da empresa e afirmou que ele seria liderado por algumas das contratações de alto nível mais caras da empresa, incluindo o ex-CEO da Scale AI, Alexandr Wang, e o ex-CEO do GitHub, Nat Friedman.
O laboratório abrigaria as diversas equipes da empresa que trabalham em modelos fundamentais, escreveu Zuckerberg. “Estou otimista de que esse novo influxo de talentos e a abordagem paralela ao desenvolvimento de modelos nos permitirão cumprir a promessa de superinteligência pessoal para todos”, escreveu Zuckerberg.

Mas os analistas da Oppenheimer disseram que essa abordagem “reflete” os gastos da empresa com o metaverso em 2021 e 2022, quando Zuckerberg declarou que essa plataforma seria o futuro da computação.
A Meta continua queimando bilhões de dólares por trimestre em seus investimentos em realidade aumentada. A empresa afirmou em seu relatório de resultados que sua unidade Reality Labs teve um prejuízo de US$ 4,4 bilhões no trimestre, com uma receita de US$ 470 milhões.
Para os outros provedores de hiperescala, os investimentos em IA estão amplamente ligados aos seus negócios de infraestrutura em nuvem, mesmo que estejam utilizando IA em toda a empresa.
No setor de computação em nuvem, a Amazon Web Services ainda é maior que o Microsoft Azure ou o Google Cloud, mas seu crescimento é mais lento que o de seus concorrentes. A AWS reportou um crescimento de receita de 20% no terceiro trimestre, atingindo US$ 33 bilhões. A Microsoft informou que a receita do Azure aumentou 40%, enquanto as vendas de serviços em nuvem do Google subiram 34%, para US$ 15,15 bilhões.
Analistas da Cantor afirmaram que as nuvens com “amplos conjuntos de serviços, como a Microsoft” estão em posição de se beneficiar dessa fase intensificada de desenvolvimento da infraestrutura de IA”.
Eles recomendam a compra das ações, mas veem motivos para preocupação com a previsão de gastos. Os analistas afirmaram que o investimento total, que inclui arrendamentos de capital, deve atingir US$ 140 bilhões este ano, um aumento de 58% em relação ao ano anterior e o triplo do valor previsto para o ano fiscal de 2024. Esse número “reflete uma forte demanda, mas continua sendo preocupante, pois não parece haver um fim à vista”, escreveram os analistas.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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