A inteligência artificial pode estar aumentando tanto a produtividade dos trabalhadores que as empresas começam a desacelerar as contratações, afirmou, nesta segunda-feira (17), Kevin Hassett, diretor do Conselho Econômico Nacional do governo Trump.
“Acho que temos visto sinais mistos no mercado de trabalho”, disse Hassett no programa Squawk Box, da CNBC. Ele acrescentou que tem observado “sinais realmente positivos nos mercados de produção.”
Após observar que o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos cresceu em ritmo forte no segundo trimestre de 2025, Hassett afirmou que “pode haver um pequeno período de calmaria no mercado de trabalho, porque as empresas estão percebendo que a IA está tornando seus funcionários tão produtivos que elas não necessariamente precisam contratar os recém-formados, e assim por diante.”
Apesar disso, ele disse acreditar que qualquer efeito da IA sobre o emprego será temporário.
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“Como há tanto crescimento de produção e de renda, esse é o tipo de situação que um mercado livre resolverá relativamente rápido, à medida que surgirem novas formas de gastar dinheiro”, declarou.
Preocupações sobre a substituição de empregos de entrada pela IA não são novas, mas raramente foram expressas pelo governo Trump, que tem apoiado a expansão da indústria e adotado medidas para reduzir barreiras regulatórias.
O presidente Donald Trump assinou várias ordens executivas para ampliar a infraestrutura de IA no país, incluindo a construção de data centers.
No início de novembro, David Sacks, responsável pela estratégia de IA e criptomoedas do governo, afirmou que “não haverá resgate federal para a IA.” A declaração veio após a CFO da OpenAI, Sarah Friar, defender um “backstop federal” para sustentar os investimentos de infraestrutura da empresa — comentário que ela posteriormente revisou.
As falas de Hassett também surgem no momento em que Trump e aliados tentam reforçar seu discurso sobre custo de vida, após vitórias importantes de candidatos democratas que priorizaram o tema em eleições recentes.
Hassett afirmou que os preços de supermercado não caíram durante o segundo mandato de Trump, apesar das alegações do presidente.
“As pessoas ainda estão tentando sair do grande buraco criado pelas políticas da administração anterior”, declarou.
Segundo ele, o custo médio mensal de compras subiu de forma acentuada durante o governo Biden e “desde que Trump voltou à Casa Branca, quase não subiu nada.” Ele acrescentou ainda que “o poder de compra aumentou.”
“É simplesmente surpreendente para mim que o problema dos preços esteja sendo atribuído a nós”, concluiu.
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