Inflação do Japão atinge máxima de 2 anos e reforça argumentos por alta de juros
Publicado sex, 21 fev 2025 • 7:46 AM GMT-0300 | Atualizado há 19 horas
Publicado sex, 21 fev 2025 • 7:46 AM GMT-0300 | Atualizado há 19 horas
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Colton Jones/Unsplash
A inflação do Japão subiu 4% em janeiro na comparação anual, alcançando o maior nível desde janeiro de 2023 e fortalecendo ainda mais o argumento para aumentos na taxa de juros pelo banco central do país.
A inflação subjacente — que exclui os preços de alimentos frescos — subiu para 3,2%, ante 3% no mês anterior, superando a expectativa de 3,1% dos economistas consultados pela Reuters. Esse foi o nível mais alto desde junho de 2023.
A chamada inflação “core-core”, que exclui tanto alimentos frescos quanto energia e é acompanhada de perto pelo Banco do Japão (BOJ), avançou ligeiramente para 2,5%, ante 2,4% no mês anterior.
A taxa de inflação geral, que havia sido de 3,6% em dezembro, permaneceu acima da meta de 2% do BOJ por 34 meses consecutivos.
Logo após a divulgação dos dados, o iene se valorizou 0,15%.
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Os números da inflação reforçam o argumento para aumentos nos juros pelo BOJ, que debateu a possibilidade de aperto monetário em sua reunião de janeiro. No resumo das opiniões do encontro, a instituição alertou sobre os riscos inflacionários e a fraqueza do iene.
“Será necessário que o Banco ajuste o grau de acomodação monetária para evitar a desvalorização do iene e o superaquecimento das atividades financeiras, ambos aparentemente causados por expectativas excessivamente altas de manutenção da política monetária expansionista”, destacou o relatório do BOJ.
O presidente do BOJ, Kazuo Ueda, afirmou na sexta-feira que o banco central está preparado para aumentar a compra de títulos do governo caso os rendimentos subam de forma abrupta.
Os rendimentos dos títulos do governo japonês de 10 anos, que haviam atingido uma máxima de 15 anos de 1,447% na sessão anterior devido às expectativas de alta dos juros, recuaram para 1,402% na sexta-feira, após quatro dias seguidos de alta.
As declarações de Ueda vieram após o membro do conselho do BOJ, Hajime Takata, afirmar na terça-feira que o banco central japonês precisa elevar ainda mais os juros, pois mantê-los nos níveis atuais pode levar a uma tomada excessiva de risco e a uma inflação mais alta.
Os dados do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) foram divulgados depois que o crescimento do PIB do país superou as expectativas, com alta de 0,7% no trimestre e 2,8% na base anualizada.
No entanto, o crescimento do PIB de 2024 como um todo desacelerou para apenas 0,1%, uma queda acentuada em relação aos 1,5% registrados em 2023.
Em uma nota divulgada antes da publicação dos dados de inflação, o Commonwealth Bank of Australia afirmou que os sinais de um aumento antecipado nos juros se fortaleceram nas últimas semanas devido ao desempenho sólido da economia japonesa.
Já analistas do Bank of America escreveram, em um relatório nesta semana, que o BOJ também deve estar “cada vez mais preocupado” com os riscos inflacionários, o que pode aumentar a possibilidade de antecipação das altas e de uma taxa terminal mais elevada.
Os analistas preveem que o BOJ elevará os juros em junho e dezembro, ajustando sua previsão para a taxa terminal para 1,5%, com mais dois aumentos em junho de 2026 e no primeiro trimestre de 2027.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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