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Juros futuros caem na B3 com sinais mistos dos EUA e críticas de Trump à China

Publicado 15/10/2025 • 06:30 | Atualizado há 8 horas

KEY POINTS

  • Powell indica fraqueza no mercado de trabalho dos EUA e reforça expectativa de cortes de juros.
  • Trump volta a criticar a China, limitando a queda dos DIs e elevando a demanda pelo dólar.
  • Expectativa de trégua comercial entre EUA e China reduz aversão ao risco e melhora o humor do mercado.

Juros futuros caem após falas de Powell e expectativas de acordo entre EUA e China.

As negociações de juros futuros na B3 registraram leve queda nesta terça-feira (14), influenciadas por sinais mistos vindos do cenário internacional, especialmente das relações entre Estados Unidos e China, além das declarações do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. O movimento dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) foi alterado ao longo do dia, refletindo oscilações motivadas por falas de autoridades estadunidense e notícias sobre o comércio global.

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Por volta das 13h20, declarações do representante comercial dos Estados Unidos, Jamieson Greer, renovaram as expectativas de entendimento entre estadunidense e chineses, o que contribuiu para uma mudança de direção nos juros. Em seguida, Powell afirmou que o mercado de trabalho dos Estados Unidos apresenta sinais de fraqueza, indicando possíveis cortes de juros à frente e trazendo alívio ao real e à curva de juros local.

Trump volta a criticar China e limita queda dos juros

Contudo, quase no encerramento do pregão, o presidente Donald Trump (Republicano-EUA) fez novas críticas à China. Trump reclamou que Pequim, ao evitar comprar soja dos EUA, prejudica os produtores locais e comete um ato de “hostilidade econômica” contra o país, o que impulsionou o dólar e limitou a queda dos DIs.

No fechamento, o DI para janeiro de 2027 variou de 14,005% no ajuste anterior para 13,993%. O contrato para janeiro de 2028 caiu de 13,412% para 13,385%, enquanto o DI de janeiro de 2029 foi de 13,391% para 13,360%. Para janeiro de 2031, a taxa recuou de 13,665% para 13,645%.

Expectativas de flexibilização monetária nos EUA influenciam mercado

Otávio Oliveira, gerente da Tesouraria do Banco Daycoval, avaliou que o ajuste desta terça-feira (14) representa uma correção após o estresse da última sexta-feira (10), influenciado por expectativas de resolução do impasse comercial entre Estados Unidos e China. “Existe expectativa de que se encontre um meio termo entre os dois países”, disse Oliveira. Para ele, a perspectiva de alívio nas tensões comerciais foi determinante para a queda dos juros futuros no dia.

O gerente também apontou que as falas de Powell contribuíram para a dinâmica da curva local, ao reforçar a possibilidade de flexibilização monetária nos Estados Unidos, mesmo com a paralisação do governo estadunidense dificultando a divulgação de indicadores oficiais. “Powell não disse nada de diferente do que o mercado espera, mas corroborou esse norte para um novo corte de juros”, afirmou Oliveira.

No discurso dado no início da tarde, Powell ressaltou que a condução da política monetária exige cautela, mas admitiu que os riscos negativos para o mercado de trabalho aumentaram. Em sua análise, o emprego está “menos dinâmico e um pouco mais fraco” e o ritmo de admissões e demissões permanece baixo. Apesar do desemprego ter se mantido em patamar baixo até agosto, os ganhos no emprego “desaceleraram fortemente”, disse Powell.

Cenário doméstico e impacto limitado na curva de juros

Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, explicou que Powell interpretou o recente aumento dos preços de bens como reflexo das tarifas, e não de pressões inflacionárias amplas, indicando ausência de preocupação imediata com inflação. “Sem catalisadores relevantes no cenário doméstico, o mercado brasileiro acompanhou o tom mais brando de Powell e o recuo do DXY no exterior, movimento que resultou no fechamento da curva de juros local”, afirmou Shahini.

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No contexto interno, a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta terça-feira (14), pelo IBGE, revelou que o setor de serviços subiu 0,1% entre julho e agosto, considerando ajustes sazonais. O resultado ficou próximo das expectativas de estabilidade segundo a mediana do Projeções Broadcast. Para analistas, os dados apontaram atividade ainda resiliente, mas com sinais iniciais de desaceleração, e tiveram impacto limitado sobre a curva de juros durante o pregão.

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