O Kremlin afirmou nesta quinta-feira (20) que “concorda plenamente” com os Estados Unidos, após o presidente Donald Trump pedir ao líder ucraniano que “aja rápido” para encerrar o conflito.
Trump tem feito repetidas investidas diplomáticas em direção ao Kremlin, aproximando-se de Vladimir Putin enquanto lança ataques contra o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
Em uma publicação contundente na quarta-feira, Trump chamou Zelensky de “ditador” e repetiu argumentos do Kremlin sobre vários aspectos do conflito, aprofundando uma divisão que tem causado preocupação na Europa.
“Eles (o governo Trump) falam sobre a necessidade de estabelecer a paz o mais rápido possível e de fazê-lo por meio de negociações”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a jornalistas.
“Já mencionamos que essa posição nos é mais favorável do que a da administração anterior e que, nesse ponto, concordamos plenamente com o governo americano”, afirmou Peskov.
O porta-voz russo também disse que os dois países concordaram em retomar o diálogo sobre todas as questões, incluindo trocas de prisioneiros, após autoridades dos dois lados se reunirem na Arábia Saudita na terça-feira.
“Foi decidido começar a retomar o diálogo russo-americano em todos os parâmetros”, declarou Peskov.
Desde que assumiu o cargo no mês passado, Trump tem rompido com a política externa tradicional dos Estados Unidos, condicionando o apoio à Ucrânia ao acesso a seus minerais raros e encerrando a estratégia de seu antecessor, Joe Biden, de isolar a Rússia.
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