Lagarde, do BCE, critica a “linguagem terrível” de Trump sobre a União Europeia
Publicado 26/05/2025 • 16:56 | Atualizado há 3 dias
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Publicado 26/05/2025 • 16:56 | Atualizado há 3 dias
KEY POINTS
Presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde.
Wikipédia Commons
A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, criticou na segunda-feira a “linguagem terrível” do presidente americano, Donald Trump, sobre a União Europeia, em resposta aos seus comentários de que o bloco foi formado para “prejudicar” os Estados Unidos.
Lagarde disse à emissora alemã ARD que os Estados Unidos incentivaram a formação do bloco, acrescentando que “dizer que a intenção era realmente prejudicar os EUA é completamente contraintuitivo”.
“É contra a história. E certamente não é o propósito desta região”, disse ela.
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Trump fez os comentários sobre a UE no início deste ano, ao ameaçar impor tarifas pesadas ao bloco sobre seu superávit comercial com os Estados Unidos.
Lagarde também disse que as declarações de Trump eram “parte da provocação habitual à qual estamos nos acostumando, infelizmente”, mas encorajou a UE a se envolver com os Estados Unidos para tentar chegar a um acordo.
Em sua mais recente ofensiva contra a UE, o presidente dos EUA ameaçou na sexta-feira (23) impor tarifas de 50% ao bloco a partir de 1º de junho, expressando frustração com o fato de as negociações “não estarem levando a lugar nenhum”.
Mas concordou no domingo (25) em adiar as tarifas mais pesadas sobre a UE até 9 de julho, após um telefonema com a chefe da UE, Ursula von der Leyen.
Lagarde enfatizou que “não podemos simplesmente ficar sentados e fingir”.
“Temos que nos envolver, trabalhar com a equipe dele e ouvir a proposta deles. Temos que apresentar propostas e negociar.”
A UE continua sujeita à tarifa de 10% que Trump impôs no mês passado sobre importações de quase todos os países do mundo, juntamente com taxas de 25% sobre carros, aço e alumínio.
O chefe de comércio da UE e seu homólogo americano deveriam se pronunciar na tarde de segunda-feira, depois que Trump reverteu as tarifas de 50%, de acordo com a Comissão Europeia.
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