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‘O governo chinês atua em silêncio, mas com firmeza’, diz especialista sobre tarifas dos EUA
Publicado 09/04/2025 • 09:14 | Atualizado há 7 meses
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Publicado 09/04/2025 • 09:14 | Atualizado há 7 meses
KEY POINTS
O atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impôs taxações sobre diversos produtos de países parceiros comerciais. Entre eles, a China tem se posicionado de forma firme contra as barreiras criadas durante sua gestão.
Em entrevista exclusiva ao Times Brasil — licenciado exclusivo da CNBC, nesta quarta-feira (08), o especialista em comércio exterior e CEO da HKTC And Business Limited, Daniel Cassetari, atualmente no país, comentou sobre os impactos do aumento de tarifas impostas pelos Estados Unidos ao comércio internacional, especialmente com a China.
Segundo Cassetari, a China tem adotado uma postura estratégica diante do cenário de novas taxações implementadas pelos Estados Unidos, sob liderança do ex-presidente Donald Trump.
“O mercado chinês está reagindo de forma estratégica. O governo aqui caminha com sandálias silenciosas, diferente do americano. O que tenho percebido nas negociações é que há um movimento coordenado para reduzir a oferta de determinados produtos de forma indireta”, explicou.
Ele citou o exemplo de uma operação recente envolvendo aço para o Brasil. Segundo o especialista, mesmo com acordos fechados e pagamentos já efetuados, algumas indústrias têm retirado as ofertas e devolvido os valores pagos, como parte de uma diretriz do governo chinês.
“O preço do aço acabado subiu em média 70% para certos produtos. Em alguns casos, 50% ou 35%. Isso naturalmente provoca uma queda nas compras, e o governo está subsidiando essa quebra nas vendas enquanto incentiva o aumento dos preços localmente”, afirmou.
Além disso, o CEO destacou a atuação do governo chinês no câmbio como parte da estratégia de enfrentamento.
“O yuan, o renminbi, vem sendo desvalorizado artificialmente. Isso torna os produtos chineses mais competitivos no mercado internacional. O governo está interferindo mais em insumos industriais, mas não em produtos acabados”, explicou.
Segundo ele, essa atuação ativa do governo chinês não é uma reação pontual às medidas dos EUA, mas parte de uma prática recorrente.
“O governo chinês sempre age quando identifica tendências ou dificuldades em determinados setores. No caso das exportações para os Estados Unidos, essa proatividade beneficia também outros países, como o Brasil, que ganha poder de barganha”, avaliou.
Cassetari também comentou os efeitos disso para o Brasil. Para ele, apesar das medidas americanas, a relação comercial entre Brasil e China segue fortalecida.
“A moeda chinesa está desvalorizada, e o governo tem injetado dinheiro na economia. Com isso, o poder de compra das empresas brasileiras aumenta. No contexto internacional, essas medidas do Trump têm pouco impacto operacional no Brasil, mesmo que politicamente sejam agressivas”, concluiu.
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