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O ouro bate recordes sucessivos – e os Estados Unidos podem saber o motivo
Publicado 17/10/2025 • 22:28 | Atualizado há 9 horas
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Ouro
Os Estados Unidos podem estar por trás do aumento nas compras de ouro que levaram o metal ao recorde de US$ 4.300 por onça, movimento que, segundo analistas, está relacionado às dúvidas — inclusive internas — sobre a capacidade do dólar de se manter como reserva de valor global. Essa é a avaliação do gestor da Crescat Capital, Tavi Costa, um dos nomes mais reconhecidos atualmente nas análises sobre o ouro.
No contexto de uma corrida global por reservas do metal, o movimento pode representar uma estratégia para garantir estabilidade econômica em meio às incertezas internacionais, com a maior economia do mundo tentando recompor suas reservas e devolver lastro — e confiança — ao dólar.
“Não duvido que quem, na verdade, esteja comprando ouro e causando essa apreciação nos últimos meses sejam os Estados Unidos, mas a gente vai saber disso só daqui a uns anos”, afirmou Costa em entrevista exclusiva ao Times Brasil | Licenciado Exclusivo CNBC.
Segundo o especialista, as principais economias globais estariam buscando dar mais credibilidade às suas moedas fiduciárias, e os Estados Unidos estariam entre elas. “O que a gente está vendo é uma corrida entre todos os bancos centrais para acumular ouro de uma forma que não víamos desde os anos 1970”, avaliou.
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Outra economia que tem impulsionado o preço do ouro é a China. “A gente não sabe oficialmente qual tem sido a quantidade que eles têm comprado. Algum comprador não está oficialmente reportando esse processo de acumulação”, explicou Costa.
Para o gestor, a China “não tem muita opção além do ouro”, já que o país acumulou grandes volumes de dólares e tenta reduzir sua dependência de ativos americanos. A preocupação é de que os Estados Unidos possam confiscar reservas chinesas, cenário que lembra as sanções aplicadas à Rússia após a guerra na Ucrânia.
“Após a guerra da Rússia contra a Ucrânia, os Estados Unidos praticamente tomaram posse do seu próprio tesouro que estava na reserva internacional da Rússia”, detalhou Costa.
Na visão de Costa, o cenário pode levar a uma reversão parcial do acordo de Bretton Woods, que, em meados do século XX, desvinculou as moedas do ouro. “Os bancos centrais no mundo hoje precisam voltar a dar um lastro mais significativo às suas moedas fiduciárias e, para isso, as reservas de ouro precisarão ser muito maiores”, disse.
Sobre a valorização do metal, ele acredita que “esse é apenas o começo de uma nova corrida pelo ouro, que deve se intensificar na próxima década”.
Projeções da Coin Price Forecast, plataforma global de análise de ativos, apontam que o ouro pode subir de US$ 5.735 no início de 2027 para US$ 10.382 até 2031.
Uma forma de estimar o valor futuro do ouro, explica o gestor, é comparar a necessidade de reservas com o aumento das dívidas públicas. Hoje, a dívida americana ultrapassa US$ 37 trilhões, enquanto as reservas de ouro representam apenas 2% desse total — no passado, já chegaram a 40%.
Se os EUA realmente buscarem recompor suas reservas, ainda que parcialmente, isso poderá injetar grandes volumes de capital no mercado do ouro e favorecer o setor de mineração, com governos adquirindo participações em empresas mineradoras.
As ações da Newmont e da Agnico, duas das maiores mineradoras de ouro do mundo, valorizaram mais de 100% em 2025 — o dobro da alta registrada pelo próprio metal.
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