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ONU: quase cem operadoras postais suspendem serviços para os EUA por causa de tarifas
Publicado 06/09/2025 • 16:07 | Atualizado há 4 horas
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Publicado 06/09/2025 • 16:07 | Atualizado há 4 horas
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EVAN VUCCI/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fala com repórteres antes de embarcar no Marine One, no gramado sul da Casa Branca, em Washington, a caminho de Haia, na Holanda, onde será realizada a cúpula de dois dias da Otan, nesta terça- feira, 24 de junho de 2025. Trump voltou a desferir ataques contra o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, e a defender o corte das taxas de juros, na madrugada desta terça-feira, 24.
O envio de correspondências para os Estados Unidos despencou mais de 80% depois que Washington impôs novas tarifas. Segundo a União Postal Universal (UPU), 88 operadoras ao redor do mundo suspenderam total ou parcialmente os serviços para os EUA, informou a agência neste sábado (6).
A UPU, agência da ONU responsável pela cooperação postal entre países, está trabalhando “no desenvolvimento rápido de uma nova solução técnica para ajudar a retomar o envio de correspondências para os Estados Unidos”, afirmou o diretor-geral, Masahiko Metoki, em comunicado.
A administração do presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou no final de julho que acabaria com a isenção de impostos para pequenos pacotes que entram no país, a partir de 29 de agosto.
A decisão gerou uma enxurrada de comunicados de serviços postais, incluindo Austrália, Reino Unido, França, Alemanha, Índia, Itália e Japão, avisando que a maioria dos pacotes destinados aos EUA não seria mais aceita.
Segundo a UPU, dados trocados entre as operadoras por meio de seus sistemas mostraram que o fluxo de encomendas para os Estados Unidos caiu 81% no dia 29 de agosto, em comparação com uma semana antes.
“Além disso, 88 operadoras postais informaram à UPU que suspenderam parte ou todos os serviços postais para os EUA até que uma solução seja implantada”, disse a agência.
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Entre elas estão operadoras de 78 países membros da ONU, incluindo duas na Bósnia e Herzegovina, e de outros nove territórios, como Macau e Ilhas Cook.
Com as mudanças implementadas pelos EUA, a responsabilidade de recolher e repassar os impostos alfandegários passou a ser das transportadoras ou de “partes qualificadas” aprovadas pela Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos.
“Transportadoras, como companhias aéreas, sinalizaram que não estavam dispostas ou não tinham condições de assumir essa responsabilidade”, enquanto as operadoras postais ainda não tinham conexão com essas partes aprovadas, o que “provocou grandes transtornos operacionais”, segundo a UPU.
A agência da ONU informou que está desenvolvendo uma solução chamada “Entrega com Imposto Pago” (Delivered Duty Paid), que será integrada em breve à sua plataforma de declaração alfandegária.
Com isso, as operadoras postais poderão “calcular e cobrar os impostos necessários dos clientes já na origem”, explicou a agência.
Enquanto isso, a UPU disse que, desde a última sexta-feira (5), as operadoras postais já podem acessar uma calculadora por meio de um software que pode ser integrado aos sistemas de atendimento e balcão.
Metoki enviou uma carta ao Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, para transmitir as preocupações dos países membros diante da situação.
Segundo dados da UPU, nos últimos 12 meses, correspondências destinadas aos Estados Unidos, de todas as categorias, representaram 15% do tráfego postal global.
Deste total, 44% vieram da Europa, 30% da Ásia e 26% de outras regiões do mundo.
A maioria desse volume provavelmente corresponde a pequenos pacotes, o tipo de remessa internacional mais usado para compras online, afirma a UPU.
Com sede em Berna, na Suíça, a UPU foi criada em 1874 e conta com 192 países membros. É o órgão responsável por estabelecer as regras para o envio internacional de correspondências e por fazer recomendações para melhorar os serviços.
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