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Paquistão e Afeganistão concordam com “cessar-fogo imediato” em negociações no Catar

Publicado 18/10/2025 • 21:43 | Atualizado há 3 horas

AFP

KEY POINTS

  • A delegação do Paquistão incluiu o chefe de inteligência, general Asim Malik, segundo informou a TV estatal.
  • Já a delegação afegã foi liderada por Mohammad Yaqoob, chefe da Defesa do Talibã.
  • Os governos também concordaram em realizar novos encontros nos próximos dias para garantir a sustentabilidade do cessar-fogo.

Destruição causada por bombardeios paquistaneses, na Vila de Gingal, no distrito de Uri, na Caxemira controlada pela Índia, nesta sexta-feira, 9 de maio de 2025. Índia e Paquistão escalaram nesta sexta-feira o conflito e passaram a atacar alvos militares, com bombardeios pesados relatados dos dois lados da fronteira. Explosões foram registradas na cidade de Jammu, na Caxemira indiana, causando um blecaute total. O governo da Índia disse ter "neutralizado" o sistema de defesa aérea da cidade paquistanesa de Lahore.

AFP

Paquistão e Afeganistão chegaram a um acordo de “cessar-fogo imediato” durante negociações realizadas em Doha, anunciou o Ministério das Relações Exteriores do Catar, após pelo menos 10 afegãos morrerem em ataques aéreos paquistaneses que romperam uma trégua anterior.

Cabul havia acusado Islamabad de violar um cessar-fogo de 48 horas, que havia interrompido, temporariamente, quase uma semana de confrontos na fronteira que deixaram dezenas de soldados e civis mortos em ambos os lados.

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Fontes de segurança em Islamabad informaram que os ataques aéreos nas áreas fronteiriças afegãs tinham como alvo um grupo militante ligado ao Talibã paquistanês, em retaliação a um ataque contra tropas paramilitares do Paquistão.

Após as negociações de sábado (18) em Doha, mediadas por Catar e Turquia para reduzir as tensões, o ministério catariano afirmou que “os dois lados concordaram com um cessar-fogo imediato e com o estabelecimento de mecanismos para consolidar uma paz duradoura e a estabilidade entre os dois países”.

Os governos também concordaram em realizar novos encontros nos próximos dias para garantir a sustentabilidade do cessar-fogo e verificar sua implementação, acrescentou o ministério.

O ministro da Defesa do Paquistão, Khawaja Asif, confirmou o acordo e informou que as partes voltarão a se reunir em Istambul, no dia 25 de outubro.

“O terrorismo em solo paquistanês conduzido a partir do Afeganistão cessará imediatamente. Ambos os países vizinhos respeitarão a soberania um do outro”, declarou Asif nas redes sociais.

O Ministério das Relações Exteriores paquistanês havia dito anteriormente que as negociações em Doha tinham como objetivo “encerrar o terrorismo transfronteiriço contra o Paquistão originado do Afeganistão e restaurar a paz e a estabilidade ao longo da fronteira entre os dois países”.

A delegação do Paquistão incluiu o chefe de inteligência, general Asim Malik, segundo informou a TV estatal. Já a delegação afegã foi liderada por Mohammad Yaqoob, chefe da Defesa do Talibã.

Ainda com medo

Questões de segurança estão no centro das tensões, com o Paquistão acusando o Afeganistão de abrigar grupos militantes ligados ao Tehreek-e-Taliban Pakistan (TTP) — acusação que Cabul nega.

A violência transfronteiriça começou em 11 de outubro, poucos dias após explosões abalarem Cabul durante uma visita inédita do ministro das Relações Exteriores do Talibã, Amir Muttaqi, à Índia, rival do Paquistão.

O Talibã então lançou uma ofensiva mortal ao longo da fronteira sul com o Paquistão, o que levou Islamabad a prometer uma resposta firme.

Antes das negociações, um alto funcionário do Talibã disse à AFP que o Paquistão bombardeou três locais na província de Paktika na noite de sexta-feira, alertando que Cabul responderia.

Um hospital em Paktika relatou 10 civis mortos, incluindo duas crianças, e 12 feridos. Entre as vítimas, havia três jogadores de críquete.

Zabihullah Mujahid, porta-voz do Talibã, afirmou no X (antigo Twitter) que as forças foram instruídas a “cessar o fogo para preservar a dignidade e a integridade da equipe de negociação”.

Saadullah Torjan, ministro da região de Spin Boldak, no sul do Afeganistão, declarou:

“Por enquanto, a situação está voltando ao normal.”

Mas acrescentou:

“Ainda há um estado de guerra, e as pessoas estão com medo.”

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