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Parceiros dos EUA buscam alívio enquanto tarifas de Trump bagunçam o comércio global
Publicado 07/08/2025 • 18:20 | Atualizado há 2 horas
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Publicado 07/08/2025 • 18:20 | Atualizado há 2 horas
KEY POINTS
Mark Schiefelbein/Associated Press/Estadão Conteúdo
Imagem de arquivo. 02/04/2025 O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante o anúncio das tarifas recíprocas para diversos países, no Roseiral da Casa Branca, em Washington DC, nos EUA.
As novas tarifas globais mais altas do presidente dos EUA, Donald Trump, começaram a valer nesta quinta-feira (7), deixando dezenas de parceiros comerciais dos EUA correndo atrás de alternativas para tentar escapar das sobretaxas, que estão mudando as regras do comércio internacional.
Pouco antes das novas taxas entrarem em vigor, Washington também anunciou que vai dobrar as tarifas para a Índia, chegando a 50%, e aplicar uma tarifa de 100% sobre muitas importações de semicondutores.
A política tarifária de Trump é uma demonstração de força econômica, com a intenção de reaquecer a indústria nacional bloqueando importações, mas muitos economistas temem que isso acabe provocando inflação e desaceleração do crescimento.
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No seu movimento mais recente, o presidente elevou tarifas de importação de 10% para faixas entre 15% e 41% para uma lista de parceiros comerciais.
Muitos produtos vindos da União Europeia, Japão e Coreia do Sul agora enfrentam tarifas de 15%, mesmo após acordos com Washington para evitar taxas ainda mais pesadas.
Outros países, como a Índia, pagam 25% de tarifa — valor que será dobrado em três semanas — enquanto Síria, Mianmar e Laos enfrentam taxas altíssimas de 40%.
O governo da Suíça, que não conseguiu convencer Trump a desistir da tarifa salgada de 39%, afirmou após uma reunião extraordinária nesta quinta-feira (7) que segue comprometido com negociações para baixar as tarifas.
A nova onda de tarifas “recíprocas” de Trump — resposta a práticas comerciais consideradas injustas por Washington — amplia as medidas já tomadas desde seu retorno à presidência.
Os principais índices da bolsa de Nova York caíram nesta quinta-feira (7), enquanto outros mercados globais praticamente ignoraram as tarifas mais altas.
As tarifas mais pesadas mantêm isenções para setores que Trump já havia mirado separadamente, como aço e automóveis.
Setores que podem ser incluídos no futuro, como indústria farmacêutica e semicondutores, também ficaram de fora, pelo menos por enquanto.
Trump afirmou na quarta-feira (6) que planeja impor uma “tarifa de cerca de 100% sobre importação de semicondutores, mas sem custo extra para empresas que invistam ou prometam investir nos Estados Unidos.
Empresas e associações do setor alertam que as novas tarifas de Trump vão afetar de forma grave pequenos negócios americanos.
Mas, para dar algum alívio no aumento das tarifas “recíprocas”, há uma cláusula segundo a qual mercadorias já a caminho dos EUA antes desta quinta-feira (7) — e que cheguem até 5 de outubro — não pagarão as novas taxas.
Com o cenário se acalmando, pelo menos por enquanto, o professor Marc Busch, da Universidade de Georgetown, acredita que as empresas americanas vão repassar ainda mais custos para o consumidor final.
Segundo ele, os estoques estão diminuindo e é improvável que as empresas absorvam esses custos por muito tempo.
Trump está usando as tarifas para atingir vários objetivos — como dobrar as taxas planejadas para a Índia por causa da compra de petróleo russo, uma fonte importante de receita para Moscou na guerra na Ucrânia.
A ordem também ameaça punir países que importem petróleo russo “direta ou indiretamente”.
A Federação das Organizações de Exportação da Índia classificou a medida como um “duro golpe”, que afeta quase 55% dos embarques para os Estados Unidos.
Apesar de negociações, ainda restam dúvidas para parceiros que fecharam acordos com Trump.
Tóquio e Washington, por exemplo, não chegam a um consenso sobre o acordo, especialmente sobre quando as tarifas sobre carros japoneses vão cair para 15%.
De modo geral, as importações de automóveis para os EUA pagam uma tarifa de 25% por conta de uma ordem específica do setor, o que pesa para as montadoras japonesas.
Os dois países também divergem sobre se a nova tarifa de 15% sobre produtos japoneses será somada às taxas existentes ou — como no caso da União Europeia — será limitada a esse patamar para muitos itens.
Enquanto isso, Washington e Pequim têm uma trégua temporária na disputa tarifária, que expira em 12 de agosto.
O Secretário de Comércio, Howard Lutnick, disse à Fox Business que é provável que Trump prorrogue a suspensão do aumento das tarifas por mais 90 dias.
Trump também mirou o Brasil, por causa do julgamento de seu aliado de direita, o ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de planejar um golpe.
As tarifas dos EUA sobre vários produtos brasileiros dispararam para 50% na quarta-feira (6), mas com muitas isenções.
Lutnick prevê que as novas tarifas de Trump podem render US$ 50 bilhões (cerca de R$ 272,9 bilhões) em receita por mês.
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