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Quase 60% dos millennials e da geração Z dizem que a vida social atrapalha seus objetivos financeiros
Publicado 03/08/2025 • 08:55 | Atualizado há 3 horas
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Publicado 03/08/2025 • 08:55 | Atualizado há 3 horas
KEY POINTS
Jovem em restaurante.
Pexels
Emmy, de 31 anos, mora em Los Angeles e vive em um ciclo de dívidas no cartão de crédito — acumula saldo, paga o cartão e logo estoura o limite de novo — desde os 18 anos.
Quando Emmy, que usa um nome fictício na internet para proteger sua identidade, começou a compartilhar sua trajetória de endividamento no TikTok em março, o total das dívidas dela já passava de US$ 28.000 (cerca de R$ 155.072, na cotação atual).
“Eu sei que a culpa é minha”, ela conta à CNBC Make It. “Eu sempre fui aquela amiga que dizia: ‘a rodada é por minha conta’, ou ‘pode deixar, eu pago’ ou ‘me paga da próxima vez’”, lembra. Ela ainda diz que nem sempre cobrava os amigos depois.
E ela não está sozinha. Quase 60% dos millennials e da geração Z afirmam que seus objetivos financeiros foram impactados pelos gastos sociais, segundo uma pesquisa recente do Ally Bank.
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Gastar dinheiro para curtir com os amigos não é necessariamente algo ruim. Na verdade, “é quando você mais vai sentir retorno no seu bem-estar”, afirma Jack Howard, chefe de bem-estar financeiro do Ally.
“Mas aí é que mora o perigo, porque estamos vendo que 42% das pessoas estão gastando além da conta”, completa ela. Conforme o levantamento, 42% dos millennials e da geração Z reconhecem que extrapolam o orçamento social em vários meses do ano.
Os adultos americanos parecem priorizar o tempo com os amigos: 69% dos entrevistados dizem que tentam se encontrar pessoalmente pelo menos uma vez por semana. E, em média, gastam US$ 250 (aproximadamente R$ 1.384) por mês em atividades sociais, segundo o Ally.
Mas quase ninguém realmente faz um planejamento financeiro só para a vida social. Só 18% dos millennials e da geração Z dizem ter um orçamento rigoroso para sair com os amigos, aponta o banco.
“Você precisa incluir isso no seu orçamento”, diz Howard. “Acho que muita gente nem percebe que o drink com as amigas num dia, o brunch no outro, depois pedir comida pelo aplicativo com o namorado… Tudo isso junto pesa no bolso.”
Howard sugere encarar o dinheiro como “uma ferramenta para valorizar o que é importante para você e suas experiências”.
Pense de verdade sobre o que você valoriza e veja se isso aparece nos seus gastos, orienta ela. Se coisas caras, como sair para jantar ou viajar com os amigos, realmente são prioridade, talvez seja preciso cortar em outras áreas da sua vida para conseguir bancar esses momentos.
Além de ajustar o orçamento para permitir um pouco mais de gasto social, Howard também recomenda buscar programas baratos ou gratuitos com os amigos — algo que só 23% dos millennials e da geração Z dizem priorizar, segundo o levantamento do Ally.
“O que você está buscando de verdade é a experiência. O que você quer mesmo é estar com seu amigo”, diz Howard. “[Precisamos] voltar ao básico e entender que essas amizades são importantes para o nosso bem-estar… mas sem gastar tanto a ponto de se enrolar financeiramente.”
Emmy está tentando “mudar a conversa com meus amigos” para sugerir rolês gratuitos ou mais em conta, enquanto foca em quitar as dívidas do cartão de crédito.
Mesmo assim, ela admite que está sendo difícil mudar o hábito, já que sempre foi acostumada a gastar junto com os amigos — e eles nem fazem ideia do tamanho da dívida dela.
“Tenho certeza de que eles não me julgariam se soubessem o que estou passando, mas ainda assim fico com aquele medo do que as pessoas que você ama vão pensar”, desabafa.
Esse tipo de vergonha é super comum, segundo Howard, e pode levar a continuar gastando demais. Ela sugere tentar entender de onde vem esse sentimento, para conseguir perceber por que você acaba dizendo “sim” para coisas que talvez não caibam no seu bolso. Essa relação com o dinheiro muitas vezes vem da criação ou de experiências da infância, explica Howard.
“Enquanto você não conecta o passado com o presente, tende a repetir os mesmos comportamentos, o que aparece não só no jeito que você gasta consigo mesmo, mas também nas relações com amigos e família”, afirma.
Se você está com dificuldade para organizar melhor sua vida financeira, talvez valha a pena procurar um profissional — como um planejador financeiro certificado ou até um terapeuta financeiro — para te orientar de acordo com as suas necessidades.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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