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Reino Unido e União Europeia fecham acordo que marca “novo capítulo” nas relações pós-Brexit

Publicado 19/05/2025 • 08:25 | Atualizado há 5 horas

CNBC

Redação CNBC

KEY POINTS

  • O Reino Unido e a União Europeia anunciaram nesta segunda-feira (19) um acordo histórico para redefinir as relações entre as partes, após a tumultuada saída britânica do bloco em 2020.
  • Autoridades britânicas descreveram a assinatura do acordo, que abrange temas como segurança, energia, comércio, viagens e pesca, como um “dia histórico” para ambos os lados.
  • O pacto foi firmado com representantes da UE em Londres e representa um novo capítulo no relacionamento entre Reino Unido e bloco europeu, após anos de tensões no cenário pós-Brexit.
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen (à direita)

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen (à direita)

BENJAMIN CREMEL / POOL / AFP

O Reino Unido e a União Europeia anunciaram nesta segunda-feira (19) um acordo histórico para redefinir as relações entre as partes, após a tumultuada saída britânica do bloco em 2020.

Autoridades britânicas descreveram a assinatura do acordo, que abrange temas como segurança, energia, comércio, viagens e pesca, como um “dia histórico” para ambos os lados.

O pacto foi firmado com representantes da UE em Londres e representa um novo capítulo no relacionamento entre Reino Unido e bloco europeu, após anos de tensões no cenário pós-Brexit.

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Segundo comunicado do governo britânico, o novo acordo vai “apoiar empresas britânicas, gerar empregos no Reino Unido e colocar mais dinheiro no bolso das pessoas”.

A expectativa é que a medida também ajude a baratear alimentos, reduzir burocracias, ampliar o acesso ao mercado europeu e adicione cerca de 9 bilhões de libras (US$ 12 bilhões) à economia do país até 2040.

O acordo vai facilitar a importação e exportação de alimentos e bebidas, ao cortar parte da burocracia enfrentada por empresas, o que vinha gerando longas filas de caminhões nas fronteiras.

Segundo o governo, algumas inspeções rotineiras de produtos de origem animal e vegetal também serão totalmente eliminadas, permitindo o fluxo mais livre de mercadorias.

“A UE é o maior parceiro comercial do Reino Unido. Após a queda de 21% nas exportações e de 7% nas importações desde o Brexit, o Reino Unido poderá vender novamente diversos produtos ao bloco, como hambúrgueres e salsichas, o que vai beneficiar setores essenciais da economia britânica”, afirma a nota oficial.

Além disso, as partes concordaram em estabelecer uma nova “Parceria em Segurança e Defesa”, que abre caminho para que a indústria de defesa britânica participe do proposto fundo europeu “Ação de Segurança para a Europa”, de 150 bilhões de libras.

O acordo também estende os direitos de pesca de embarcações da UE nas águas britânicas até 2038, uma concessão particularmente cobiçada por Bruxelas, já que o pacto atual expiraria no próximo ano.

Turistas britânicos devem comemorar ao menos um ponto do acordo: a permissão para usar mais “eGates” (portões eletrônicos) nos aeroportos europeus, o que deve pôr fim às “temidas filas na imigração”, conforme definiu o governo.

Pets também serão beneficiados: será adotado um sistema de “passaportes para animais de estimação”, permitindo que gatos e cães britânicos viajem mais facilmente, sem a necessidade de certificados de saúde para cada deslocamento.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, recebeu a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e outros altos representantes em Londres para a aguardada cúpula Reino Unido–UE. O encontro acontece em um contexto global de alianças instáveis e dinâmicas geopolíticas imprevisíveis.

Ambos os lados afirmaram que vão trabalhar por um acordo que facilite a mobilidade de jovens entre os países europeus.

O chamado “programa de experiência para jovens” pretende permitir que pessoas trabalhem e viajem livremente entre Reino Unido e Europa, ainda que de forma limitada e com prazo determinado, em modelo semelhante aos acordos já existentes com Austrália e Nova Zelândia.

“Este é um resultado muito positivo para ambos os lados”, disse um alto funcionário da UE à CNBC mais cedo. Já o principal negociador britânico, Nick Thomas-Symonds, ministro para Relações com a União Europeia, afirmou que “hoje é um dia histórico, marcando o início de um novo capítulo no nosso relacionamento com a UE, que entrega resultados para os trabalhadores britânicos”.

Negociações intensas

O acordo foi firmado após negociações intensificadas nos dias que antecederam o encontro em Lancaster House, no centro de Londres, com discussões de última hora sobre temas sensíveis como o programa de mobilidade juvenil e os direitos de pesca.

Segundo a Sky News, as conversas entre as equipes do Reino Unido e da UE se estenderam até depois da meia-noite. Um interlocutor chegou a descrever o domingo como um “dia maluco”, repleto de reviravoltas. Uma coletiva de imprensa estava marcada para as 12h30 (horário de Londres) desta segunda-feira.

Para Mujtaba Rahman, diretor-gerente para Europa da consultoria Eurasia Group, o recente movimento do governo Trump em direção ao isolacionismo nas relações internacionais, especialmente em temas com impacto direto sobre a Europa, como a guerra na Ucrânia, fortalece a necessidade de um reinício ambicioso nas relações Reino Unido–UE.

Ao mesmo tempo, o Reino Unido conduziu as negociações em meio ao aumento da popularidade do partido Reform UK, liderado por Nigel Farage, um dos principais arquitetos do Brexit.

A popularidade de Starmer caiu ao menor nível já registrado: somente 23% dos britânicos entrevistados têm uma visão favorável do primeiro-ministro, segundo pesquisa do instituto YouGov divulgada na semana passada. Em contrapartida, a imagem de Farage e do Reform UK melhorou.

O governo trabalhista afirmou nesta segunda-feira que o novo acordo não representa um retrocesso em relação ao Brexit. Segundo nota oficial, o pacto “respeita as linhas vermelhas estabelecidas no manifesto do governo — sem retorno ao mercado único, sem retorno à união aduaneira e sem retorno à livre circulação”.

Críticos do acordo, como Farage e a líder do Partido Conservador, Kemi Badenoch, reagiram com desapontamento assim que surgiram os primeiros detalhes do pacto. Badenoch afirmou: “Estamos nos tornando novamente subordinados às regras de Bruxelas”.

Pontos de impasse

Dois dos principais entraves nas conversas até a cúpula foram o acesso de embarcações da UE às águas britânicas, com o atual acordo de pesca expirando em 2026 e países como França e Dinamarca pressionando por uma extensão, e o programa de mobilidade juvenil, que permitiria que pessoas entre 18 e 30 anos trabalhassem e viajassem livremente entre o Reino Unido e a UE por um tempo determinado.

O desafio para o governo trabalhista era como fechar acordos sobre esses temas espinhosos sem parecer que estaria retomando uma relação semelhante à de antes do Brexit. “Keir Starmer está em uma posição bastante delicada”, afirmou Gesine Weber, pesquisadora do German Marshall Fund, à CNBC.

“Ele não quer parecer excessivamente pró-Europa nem dar a impressão de que cogita reingressar na UE, isso definitivamente está fora de questão. Ele precisa equilibrar a política interna, se aproximando para cooperar onde for possível, mas reafirmando pontos que o Reino Unido buscou conquistar com o Brexit.”

Nigel Farage expressou sua insatisfação nas redes sociais com as notícias iniciais sobre o acordo de 12 anos para o setor pesqueiro: “Se for verdade, será o fim da indústria da pesca”, escreveu na plataforma X (antigo Twitter).

A chanceler britânica, Rachel Reeves, que nesta segunda-feira recebeu empresários em um evento em Downing Street, celebrou o acordo como “um grande dia, após uma série de outros dias importantes nas últimas semanas”.

“Todos podemos ver como o mundo mudou nos últimos meses, mas o governo britânico não vai simplesmente assistir a essas mudanças. Devemos moldá-las conforme nossos interesses nacionais”, disse ela, segundo relatos da Sky News.

“Nossos maiores parceiros comerciais são os amigos da União Europeia, e por muito tempo tem sido difícil exportar, atrair talentos, comercializar com nossos vizinhos mais próximos. Isso não é bom o suficiente.”

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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.

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