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“Se a inflação seguir controlada, há espaço para cortar juros nos EUA”, diz presidente do Fed de Chicago

Publicado 26/06/2025 • 12:12 | Atualizado há 6 horas

Redação Times Brasil

KEY POINTS

  • O presidente do Federal Reserve (Fed) de Chicago, Austan Goolsbee, afirmou nesta quinta-feira (26) que a economia dos Estados Unidos mantém um mercado de trabalho forte e estável, sem sinais relevantes de deterioração.
  • Segundo ele, os dados atuais não indicam piora no mercado de trabalho, o que, tradicionalmente, poderia sinalizar um ciclo econômico de retração.

O presidente do Federal Reserve (Fed) de Chicago, Austan Goolsbee, afirmou nesta quinta-feira (26) que a economia dos Estados Unidos mantém um mercado de trabalho forte e estável, sem sinais relevantes de deterioração. A avaliação foi feita em meio a um cenário de tensão comercial e indefinição sobre os próximos passos da política monetária americana.

“Se esse cenário se mantiver, há espaço para cair bem a taxa de juros nos Estados Unidos”, disse Goolsbee, ao comentar sobre a possibilidade de cortes na taxa básica caso a inflação siga no caminho de volta para a meta de 2% ao ano.

Segundo ele, os dados atuais não indicam piora no mercado de trabalho, o que, tradicionalmente, poderia sinalizar um ciclo econômico de retração. “Não tem nenhum dado do mercado de trabalho que mostre que de alguma maneira a situação do emprego está piorando nos Estados Unidos”, afirmou.

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Inflação e tarifas no foco

O dirigente destacou que o Federal Reserve enfrenta atualmente o desafio de equilibrar a manutenção do emprego com o controle da inflação, missão prevista no mandato duplo do banco central americano. Ele ressaltou que, mesmo com a economia aquecida, o comportamento dos preços tem mostrado sinais de estabilidade em segmentos como serviços e moradia.

Goolsbee também alertou para os riscos embutidos nas tarifas comerciais e eventuais retaliações internacionais. De acordo com ele, esse fator pode pressionar os preços no futuro, dificultando a redução dos juros. “Esse cenário benigno deve se materializar se as tarifas continuarem num patamar razoável e se os Estados Unidos não sofrerem muita retaliação de outros mercados”, afirmou.

O presidente do Fed de Chicago comentou ainda a posição de Christopher Waller, diretor do banco central alinhado ao ex-presidente Donald Trump. Waller defendeu recentemente que o impacto inflacionário das tarifas seria limitado e pontual.

Sobre isso, Goolsbee ponderou: “Uma tarifa aplicada uma única vez pode ter um impacto transitório, mas é preciso cautela. Durante a pandemia, muitos acreditaram que os aumentos de preços seriam passageiros, mas a inflação durou mais do que se imaginava”.

Expectativa por novos dados e cenário político

O dirigente indicou que o Federal Reserve deverá manter a postura de cautela nas próximas reuniões, aguardando os desdobramentos das tensões comerciais e políticas antes de definir os próximos passos sobre juros. Goolsbee reforçou a importância da independência do banco central e afirmou esperar que pressões políticas não interfiram nas decisões da instituição.

“As economias funcionam melhor quando o banco central atua de forma independente”, declarou, em resposta a questionamento sobre a influência do governo Trump sobre o Fed. Ele concluiu que, sem a guerra tarifária e a incerteza política, a autoridade monetária já poderia ter iniciado o ciclo de cortes de juros.

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