‘Sobretaxa dos EUA preocupa setor e pode causar desbalanço global’, diz presidente da ABAL
Publicado 07/04/2025 • 09:34 | Atualizado há 1 dia
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Publicado 07/04/2025 • 09:34 | Atualizado há 1 dia
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O consumo de alumínio bateu recorde no Brasil em 2024, com 1,8 milhão de toneladas, segundo levantamento da Associação Brasileira do Alumínio (ABAL). No entanto, a tarifa de 25% imposta pelos Estados Unidos sobre o produto importado acendeu um alerta no setor.
Em entrevista exclusiva ao Times Brasil — Licenciado Exclusivo CNBC, nesta segunda-feira (07), a presidente-executiva da ABAL, Janaina Donas, comentou sobre os possíveis impactos das medidas anunciadas pelo ex-presidente Donald Trump, que pretende retomar a tarifa sobre o alumínio estrangeiro.
Segundo ela, o cenário preocupa especialmente a cadeia de reciclagem de alumínio no Brasil, uma das mais avançadas do mundo.
“A sobretaxa do alumínio tem sido uma preocupação constante. Precisamos entender que, hoje, grande parte da produção brasileira está destinada à demanda interna, principalmente à demanda industrial dos principais consumidores do país”, afirmou.
Ela destacou que o consumo de alumínio no Brasil segue uma trajetória crescente e em linha com projeções internacionais.
“No último ano, tivemos um crescimento de 13% na demanda, atingindo um novo recorde de 1,8 milhão de toneladas consumidas. Grande parte desse volume tem sido suprido por uma combinação de produção primária e produção secundária, a partir da sucata. Hoje, o Brasil é referência em reciclagem”, completou.
Segundo a presidente da ABAL, aproximadamente 60% do alumínio consumido no país já vem da reciclagem.
Sobre as medidas do governo americano, Janaina afirmou que o impacto mais imediato ocorre sobre produtos de maior valor agregado, como os semiacabados destinados ao mercado dos Estados Unidos.
“Ainda que o Brasil represente apenas cerca de 1% das importações americanas de alumínio, os EUA são um mercado relevante para nós, respondendo por aproximadamente 16,7% das nossas exportações do setor’, explicou.
Ela alertou, no entanto, para os efeitos em médio e longo prazo.
“A nossa maior preocupação é com os desvios de comércio. À medida que determinados países tiverem dificuldade de acessar o mercado americano, esses produtos podem ser redirecionados para outros mercados, como o nosso, gerando práticas desleais de concorrência. Além disso, existe o risco de um desbalanço global no suprimento, já que os Estados Unidos ainda dependem fortemente da importação de alumínio”, concluiu.
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