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Tarifa de Trump pode tirar R$ 19,2 bilhões do PIB brasileiro e causar impacto global, aponta CNI

Publicado 16/07/2025 • 17:25 | Atualizado há 7 horas

Redação Times Brasil

KEY POINTS

  • De acordo com o estudo, baseado em dados do IBGE, MDIC e UFMG, os EUA serão os maiores prejudicados economicamente pela medida - mas o impacto será sentido em escala global, com consequências também relevantes para a economia brasileira.
  • Segundo as estimativas, o PIB dos EUA pode encolher 0,37% devido às barreiras tarifárias aplicadas à importação de automóveis, aço e a produtos de 16 países, incluindo a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros e de 30% sobre produtos chineses.

Um levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) revelou os efeitos negativos da nova onda de tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos a países como Brasil e China. De acordo com o estudo, baseado em dados do IBGE, MDIC e UFMG, o impacto estimado no Brasil é de R$ 19,2 bilhões a menos no PIB, R$ 52 bilhões de queda nas exportações e perda de 110 mil empregos.

O estudo também aponta que os EUA serão os maiores prejudicados economicamente pela medida – mas o impacto será sentido em escala global, com consequências também relevantes para a economia brasileira.

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Segundo as estimativas, o PIB dos EUA pode encolher 0,37% devido às barreiras tarifárias aplicadas à importação de automóveis, aço e a produtos de 16 países, incluindo a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros e de 30% sobre produtos chineses.

O Brasil e a China devem registrar queda de 0,16% em seus PIBs, enquanto o impacto sobre a economia global pode chegar a 0,12%. O comércio mundial tende a retrair 2,1%, o que equivale a uma perda de US$ 483 bilhões.

Indústria brasileira exposta e risco de perdas de R$ 52 bilhões em exportações

A indústria brasileira sente diretamente os efeitos. Os EUA são o principal destino das exportações da indústria de transformação nacional, com 78,2% das vendas externas do setor em 2024. No total, 12% de todas as exportações brasileiras e 16% das importações têm como origem os EUA.

Setores mais afetados:

  • Aeronaves, embarcações e equipamentos de transporte: queda de 22,33% nas exportações e de 9,19% na produção;
  • Tratores e máquinas agrícolas: queda de 11,31% nas exportações e 4,18% na produção;
  • Carnes de aves: queda de 11,31% nas exportações e 4,18% na produção.

São Paulo lidera perdas regionais

Entre os estados, São Paulo aparece como o mais impactado, com perda estimada de R$ 4,4 bilhões no PIB. Também enfrentam quedas relevantes:

  • Rio Grande do Sul: – R$ 1,9 bilhão
  • Paraná: – R$ 1,9 bilhão
  • Santa Catarina: – R$ 1,7 bilhão
  • Minas Gerais: – R$ 1,66 bilhão

Relação comercial estratégica e complementar

O estudo destaca que o Brasil aplica uma tarifa média de 2,7% aos produtos americanos, enquanto os EUA mantiveram um superávit comercial com o Brasil de US$ 43 bilhões em bens e US$ 165 bilhões em serviços nos últimos dez anos.

“O comércio entre Brasil e Estados Unidos é baseado em complementariedade. Esta política tarifária representa um perde-perde para todos, mas principalmente para os americanos. A racionalidade precisa prevalecer”, afirmou o presidente da CNI, Ricardo Alban.

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