O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que pode impor uma tarifa de 100% sobre todos os produtos russos exportados aos EUA, caso não haja progresso diplomático para encerrar a guerra na Ucrânia nos próximos 50 dias. Trump ameaçou – novamente – impor as chamadas “tarifas secundárias”, indicando que parceiros que mantenham relações com a Rússia também poderão enfrentar sanções econômicas.
As tarifas secundárias de Trump iriam impor taxas sobre os países e entidades que compram exportações da Rússia. Elas poderiam ter um impacto especialmente severo em países que dependem de combustíveis fósseis russos em sua matriz energética, como China, Índia, Brasil e Turquia.
Durante conversa com o secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, Trump defendeu ações mais diretas para resolver disputas internacionais. Ele também sugeriu que as negociações comerciais dos EUA sejam condicionadas ao cumprimento de exigências políticas e diplomáticas.
Esta não é a primeira vez que Trump ameaça impor “tarifas secundárias” à Rússia por causa da guerra em curso na Ucrânia. Também não é a primeira vez que Trump emite esse tipo de advertência contra um adversário.
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Em março, Trump afirmou que países que compram petróleo e gás da Venezuela enfrentariam uma tarifa de 25%, e em maio ameaçou aplicar taxas semelhantes a países que importam petróleo iraniano.
As “tarifas secundárias” sobre a Venezuela afetaram particularmente a China, maior importadora de petróleo venezuelano.
Os comentários de Trump nesta segunda-feira (14) intensificam sua ameaça contra a Rússia, agora com um prazo até setembro.
Em março, Trump disse: “Se a Rússia e eu não conseguirmos chegar a um acordo para parar o derramamento de sangue na Ucrânia… e se eu achar que a culpa é da Rússia, vou aplicar tarifas secundárias sobre o petróleo, sobre todo o petróleo que sair da Rússia”.
Ainda não estão claros quais produtos seriam afetados pela nova ameaça de tarifas secundárias feita por Trump.
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