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Assessor de Trump, Peter Navarro, critica compras “oportunistas” de petróleo russo pela Índia
Publicado 18/08/2025 • 10:13 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 18/08/2025 • 10:13 | Atualizado há 2 meses
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Peter Navarro, assessor comercial do presidente dos EUA, Donald Trump, pediu nesta segunda-feira (18) que a Índia pare de comprar petróleo russo, acusando o país asiático de minar os esforços internacionais para isolar a economia de guerra de Vladimir Putin.
Em artigo publicado pel0o Financial Times, Navarro classificou a dependência indiana do petróleo russo como “oportunista” e acrescentou que, se a Índia “quer ser tratada como parceira estratégica dos EUA, precisa começar a agir como tal”.
“Na prática, a Índia atua como uma espécie de balcão global para o petróleo russo, transformando o óleo embargado em exportações de alto valor e dando a Moscou os dólares de que precisa”, escreveu Navarro no texto de opinião.
As declarações vieram logo após o cancelamento das negociações comerciais entre EUA e Índia, que estavam previstas para ocorrer em Nova Délhi ainda este mês, segundo informações da imprensa.
O Ministério do Comércio e Indústria da Índia e o Escritório do Representante de Comércio dos EUA não responderam imediatamente ao pedido de comentário feito pela CNBC.
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No início deste mês, o governo Trump anunciou planos de impor uma tarifa adicional de 25% sobre a Índia, devido às compras de petróleo russo, elevando o total das tarifas aplicadas ao país para 50%. Essa taxa acumulada está entre as mais altas cobradas dos parceiros comerciais de Washington.
Na época, a Índia classificou a medida como “extremamente lamentável”, dizendo que as tarifas eram “injustas, injustificadas e desproporcionais”.
A Casa Branca já alertou que tarifas secundárias sobre a Índia podem subir ainda mais, dependendo do que sair das negociações de paz de Trump com Putin.
Por sua vez, a Índia afirma ser alvo de críticas injustas tanto dos EUA quanto da União Europeia por manter o comércio com a Rússia desde a invasão em larga escala da Ucrânia por Moscou, no começo de 2022.
Em comunicado publicado no dia 4 de agosto, o Ministério das Relações Exteriores da Índia afirmou que o país começou a importar da Rússia porque os fornecedores tradicionais desviaram seus envios para a Europa após o início do conflito.
“As importações da Índia visam garantir preços de energia previsíveis e acessíveis para o consumidor indiano. Trata-se de uma necessidade imposta pelo cenário global de mercado”, declarou o Ministério das Relações Exteriores indiano.
“No entanto, chama atenção que os mesmos países que criticam a Índia também fazem comércio com a Rússia. Ao contrário do nosso caso, esse comércio deles nem sequer é uma necessidade nacional vital”, acrescentou o ministério.
A crítica de Trump sobre a relação comercial da Índia com o petróleo russo marca uma mudança clara em relação ao governo Biden que, junto com outros países do G7, Austrália e União Europeia, estabeleceu um teto de US$ 60 (R$ 324,03) por barril para o petróleo russo no fim de 2022. A União Europeia já sinalizou que chegou a um acordo para abaixar ainda mais esse limite.
Esse mecanismo buscava limitar a arrecadação da Rússia com a venda de petróleo, sem provocar grandes instabilidades nos mercados globais de energia.
Segundo Shilan Shah, economista-chefe adjunto de mercados emergentes da Capital Economics, a Índia poderia, em tese, encontrar fornecedores alternativos ao petróleo russo “com relativa facilidade”, sem grande impacto econômico.
“Mas duvidamos que a Índia vá realmente se esforçar para deixar de comprar petróleo russo. No cenário interno, não pegaria bem para o governo ser visto cedendo às exigências de Trump”, disse Shah, no relatório de 4 de agosto.
“Além disso, autoridades indianas hesitariam em prejudicar as relações geralmente cordiais (e de longa data) com a Rússia”, acrescentou.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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