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Bessent para empresas americanas: ‘Não é o fim do mundo’ se tarifas de 2 de abril entrarem em vigor

Publicado 29/07/2025 • 19:17 | Atualizado há 14 horas

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Redação CNBC

KEY POINTS

  • O secretário do Tesouro, Scott Bessent, minimizou possíveis impactos para empresas americanas com as tarifas do presidente Donald Trump.
  • Empresas nos EUA estão se preparando para a entrada em vigor das tarifas de Trump, após meses de incerteza.
  • Trump afirmou que deve implementar uma tarifa geral de 15% a 20% para qualquer país que não fechar um acordo até sexta-feira.
Secretáro do Tesouro dos EUA, Scott Bessent

Secretáro do Tesouro dos EUA, Scott Bessent

AFP

O secretário do Tesouro, Scott Bessent, tentou tranquilizar as empresas americanas na terça-feira (29), antes do prazo final das tarifas do presidente Donald Trump, que vencem em 1º de agosto, minimizando o impacto de possíveis “tarifas-relâmpago” e sugerindo que elas podem durar pouco tempo.

“O que o senhor diria para as empresas americanas esperarem nesta sexta-feira?” perguntou Eamon Javers, da CNBC, em entrevista exclusiva em Estocolmo, Suécia.

“Eu diria que não é o fim do mundo se essas tarifas-relâmpago durarem de alguns dias a algumas semanas”, respondeu Bessent. “Desde que os países estejam avançando e tentando negociar de boa fé.”

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Reações e preocupações das empresas americanas

Para as empresas americanas que podem ser atingidas por novos aumentos de tarifas já a partir de sexta-feira, no entanto, a declaração de Bessent de que “não é o fim do mundo” dificilmente serve de grande consolo.

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, fala ao lado do representante de Comércio dos EUA, Jamieson Greer, durante uma coletiva de imprensa na sede do governo Rosenbad após o fim das negociações comerciais entre EUA e China, em Estocolmo, Suécia, em 29 de julho de 2025.

A ameaça das tarifas específicas por país, anunciadas por Trump, paira sobre as empresas americanas desde que ele fez o anúncio em seu evento do “Dia da Libertação”, em abril.

E as empresas americanas que dependem de importações já estão tendo dificuldades para acompanhar os prazos e taxas propostas, diante da política tarifária de Trump, que muda a todo momento.

Impactos econômicos e estratégias das empresas

Especialistas alertam que os consumidores americanos podem sentir no bolso, em breve, com aumento de preços em alguns alimentos — como bebidas alcoólicas, pães, café, peixes e cerveja — já que as empresas tendem a repassar o custo das tarifas.

Muitas empresas estão tentando segurar os preços, absorvendo o custo das tarifas sem repassar para os consumidores.

Mas isso está ficando cada vez mais difícil, já que o governo Trump amplia as tarifas e o presidente não dá sinais de que pretende baixar as taxas.

Segundo dados do Departamento de Comércio dos EUA, mais de 90% dos importadores americanos são pequenas empresas.

Expectativa para o anúncio das tarifas e posicionamento do governo

Com poucos dias para o prazo de 1º de agosto, Trump disse na segunda-feira (28) que deve anunciar uma tarifa geral entre 15% e 20% sobre produtos de dezenas de países que ainda não fecharam acordo comercial com o governo.

Mas, enquanto o presidente não oficializar o novo percentual, as tarifas devem aumentar de uma hora para outra para os patamares anunciados em abril.

Altos funcionários do governo Trump insistem que o prazo de 1º de agosto não vai mudar, mesmo com várias negociações comerciais e tarifas ainda indefinidas.

A Casa Branca e o Departamento do Tesouro não responderam imediatamente ao pedido de comentário da CNBC sobre as falas de Bessent.

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