CNBC CEO Mercado Livre diz que a guerra comercial EUA-China é uma grande oportunidade para a América Latina

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CEO Mercado Livre diz que a guerra comercial EUA-China é uma grande oportunidade para a América Latina

Publicado 25/04/2025 • 15:08 | Atualizado há 5 horas

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Redação CNBC

KEY POINTS

  • O CEO do Mercado Livre vê uma grande oportunidade para a América Latina na guerra comercial entre EUA e China.
  • Marcos Galperin é a pessoa mais rica da Argentina, com uma fortuna de US$ 8,7 bilhões, segundo estimativas da Forbes.
  • Galperin disse a Robert Frank, da CNBC, que acredita que haverá uma "mudança permanente" nas relações comerciais entre EUA e China.

Marcos Galperin, CEO do Mercado Livre.

CNBC (Reprodução CNBC Internacional)

O CEO do Mercado Livre — frequentemente chamado de Amazon da América Latina — vê uma grande oportunidade para a América Latina na guerra comercial entre EUA e China.

“Se a América Latina jogar bem suas cartas, acredito que poderá se beneficiar dessa volatilidade”, disse Marcos Galperin, CEO e fundador do MercadoLibre, a Robert Frank, da CNBC, durante o Fórum de Tecnologia Latino-Americana da Riverwood Capital Management, em Miami.

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Galperin é a pessoa mais rica da Argentina, com uma fortuna de US$ 8,7 bilhões, segundo estimativas da Forbes.

As ações do Mercado Livre, empresa de e-commerce e pagamentos, subiram quase 30% este ano, enquanto a Amazon, que enfrenta enorme exposição às tarifas abrangentes do presidente Donald Trump, caiu 15%.

Galperin disse à CNBC que as empresas latino-americanas, especialmente no México, podem se beneficiar com a escalada das tensões entre os EUA e um de seus principais parceiros comerciais. Ele observou que muitas empresas americanas já transferiram suas operações de fabricação da China e de outros países asiáticos para o México.

O México tem um acordo de livre comércio com os EUA, o que significa que algumas importações do país estão isentas das tarifas de Trump de até 25% sobre produtos mexicanos.

O presidente americano, no entanto, atingiu a China com mais força, com uma tarifa de 145% sobre produtos chineses.

Galperín disse nesta sexta-feira (25) que acredita que haverá uma “mudança permanente” nas relações comerciais EUA-China.

“Não sei como isso vai acabar, mas acho que a situação em que tudo era fabricado na China e consumido nos EUA, e a China comprava títulos do Tesouro e, de certa forma, financiava isso, acho que essa dinâmica acabou”, disse ele.

A Argentina, país natal de Galperín, tem um longo histórico de políticas protecionistas, incluindo tarifas elevadas. O presidente argentino Javier Milei, que descreveu Trump como um aliado, reduziu tarifas e restrições à importação desde sua posse no final de 2023.

“Acho que o que Milei está fazendo é ótimo para a Argentina”, disse Galperin sobre as reformas de livre mercado.

No entanto, ele alertou que haverá dificuldades crescentes.

“Espero que funcione”, disse ele. “Mudanças são dolorosas, e espero que as pessoas tenham a paciência e o tempo necessários para dar e para que vejam que essas mudanças, a médio e longo prazo, realmente trazem benefícios para todos.”

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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.

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