Microsoft.

CNBC Microsoft propõe separação do Teams dos pacotes Office para evitar sanções da UE

Tarifas do Trump

China considera negociações comerciais dos EUA “boas”, mas silenciosas; Trump sugere ligação com Xi

Publicado 16/05/2025 • 07:04 | Atualizado há 8 horas

CNBC

Redação CNBC

Bandeira da China.

Bandeira da China.

Pixabay

O enviado comercial chinês Li Chenggang descreveu as negociações com os EUA como “boas” depois que suas primeiras conversas de alto nível na Suíça em 12 de maio levaram a um degelo nas tensões comerciais, mesmo que ambos os lados continuassem a trocar golpes velados.

Quando questionado pela CNBC se os diálogos foram construtivos, Li, que se encontrou com o representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, à margem da reunião ministerial de cooperação econômica da Ásia-Pacífico em Jeju na quinta-feira (15), respondeu “com certeza”, sem dar mais detalhes ou pistas sobre as próximas reuniões entre os dois lados.

Li disse a repórteres que não tinha informações sobre se haveria uma reunião ou uma ligação entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e seu colega chinês, Xi Jinping.

No mesmo dia, He Yongqian, porta-voz do Ministério do Comércio da China, adotou um tom contido semelhante, não oferecendo novos detalhes sobre as negociações comerciais durante uma coletiva de imprensa diária que começou uma hora mais tarde do que o normal.

No início desta semana, Trump havia anunciado que poderia conversar com Xi no final desta semana, enquanto Pequim parecia reticente quanto a essa perspectiva. Analistas esperam que um diálogo direto entre os dois líderes provavelmente indique um progresso mais significativo nas negociações.

A primeira rodada de negociações em Genebra foi comemorada em Pequim como uma justificativa para a resposta intransigente da China às tarifas de Trump.

Ambos os lados concordaram em reduzir temporariamente as taxas para permitir mais tempo para negociar um acordo mais permanente, ao mesmo tempo, em que implementavam um “mecanismo de comunicação” sobre questões econômicas e comerciais.

O alívio tarifário também melhorou um pouco a perspectiva econômica da China, levando alguns economistas a aumentar a previsão de crescimento deste ano.

Os tiros continuam

Apesar da trégua tarifária, ambos os lados continuaram a atacar reciprocamente em outras áreas, ressaltando a fragilidade dos laços tensos.

O Bureau de Indústria e Segurança do Departamento de Comércio dos EUA alertou terça-feira as empresas para não usarem os chips Ascent AI da Huawei, gerando críticas de Pequim, que chamou isso de um ato de “abuso de medidas de controle de exportação”.

O Ministério das Relações Exteriores da China endureceu um pouco o tom na sexta-feira, condenando a “jurisdição de braço longo” dos EUA e dizendo que a China “nunca a aceitará”.

Enquanto isso, a China mantém um controle rígido sobre suas exportações de minerais críticos. Os minerais de terras raras, cruciais para a indústria americana, são vistos por Pequim como uma alavanca eficaz em suas negociações comerciais com o governo Trump.

O Ministério do Comércio da China, em uma declaração no início desta semana, pediu às autoridades locais que reprimissem o contrabando de terras raras.

A China começou a bloquear as exportações de vários metais de terras raras em 4 de abril em retaliação às tarifas do “dia da libertação” de Donald Trump.

As empresas que desejam exportar esses itens precisam obter aprovação do Ministério do Comércio da China. Pelo menos quatro produtores de ímãs de terras raras obtiveram essas autorizações de exportação, incluindo fornecedores da montadora alemã Volkswagen, informou a Reuters.

Quando questionado sobre os controles de terras raras durante a coletiva de imprensa regular na quinta-feira, o porta-voz do Ministério do Comércio da China disse que não tinha nenhuma informação para fornecer.

Terras raras mal interpretadas

Pequim pode estar superestimando a importância dos minerais de terras raras para o governo Trump, disse Dennis Wilder, ex-alto funcionário de inteligência da Casa Branca. Wilder atualmente atua como membro sênior da Iniciativa para o Diálogo EUA-China sobre Questões Globais na Universidade de Georgetown.

“Se a China exagerar nessa carta, os Estados Unidos encontrarão outras maneiras de obter terras raras”, disse ele, citando o Canadá como uma fonte alternativa.

Ele acrescentou que a liderança chinesa também subestimou a necessidade de prometer medidas mais enérgicas para reprimir os fluxos de fentanil.

Separadamente, Nicholas Burns, ex-embaixador dos Estados Unidos em Pequim, disse na quarta-feira que “haverá um preço a pagar” se a China não cooperar na questão do fentanil.

As próximas negociações são “de alto risco” para Pequim, já que a China “tem mais a perder” se a suspensão tarifária expirar, disse Neo Wang, economista-chefe e estrategista para a China na Evercore ISI, em nota na segunda-feira.

Wang disse esperar que Pequim busque “agradar a Trump de uma forma que beneficie o Partido Republicano nas eleições de meio de mandato” no próximo ano. Isso inclui promessas de aumentar as compras de produtos americanos ou aumentar seus investimentos nos EUA.

Se as autoridades chinesas determinarem que um acordo comercial mais amplo é improvável, elas podem priorizar a resolução dos impostos de 20% vinculados ao fentanil, fazendo concessões na fiscalização do fentanil e nas vendas do TikTok nos EUA, que Wang descreveu como o “verdadeiro alvo” de Trump.

— Evelyn Cheng, da CNBC, contribuiu para esta história.

📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:

🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais

🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562

🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube

🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings

Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.

MAIS EM Tarifas do Trump