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China estoca petróleo enquanto tarifas de Trump pressionam preços internacionais
Publicado 28/04/2025 • 08:49 | Atualizado há 5 meses
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Publicado 28/04/2025 • 08:49 | Atualizado há 5 meses
KEY POINTS
Plataforma de petróleo.
Imagem de atlascompany no Freepik criada com IA
China está aumentando suas reservas de petróleo bruto, aproveitando a queda nos preços causada pela guerra comercial com os Estados Unidos. Apesar das preocupações sobre os efeitos de longo prazo no crescimento econômico global, comerciantes chineses veem na atual volatilidade uma oportunidade para reforçar seus estoques.
Dados da consultoria Kpler mostram que as importações chinesas de petróleo bruto saltaram em março e continuaram a crescer em abril, alcançando quase 11 milhões de barris diários — o maior volume em 18 meses e um avanço significativo em relação aos 8,9 milhões de barris por dia registrados em janeiro.
Inicialmente, o aumento nas compras se concentrou no petróleo iraniano, em meio ao receio de novas sanções norte-americanas. No entanto, a estratégia evoluiu para uma ampliação dos estoques após o anúncio de tarifas pelo presidente Donald Trump e o aumento da produção pela Opep, que derrubaram os preços a mínimas de quatro anos.
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Apesar de o petróleo Brent ter se recuperado e ser negociado pouco acima de US$ 65 por barril na última sexta-feira (25), analistas do Morgan Stanley projetam que os preços devem continuar sob pressão, com média de US$ 62,50 por barril no segundo semestre.
“Historicamente, a China é muito sensível a preços. Quando estão baixos, ela compra mais para estocar; quando sobem, reduz as compras”, explico ao Financial Times Giovanni Staunovo, analista de mercado de petróleo do banco suíço UBS. “Devemos ver números ainda maiores nas importações deste mês devido a essa estratégia.”
Segundo Johannes Rauball, da Kpler, os estoques de petróleo na China estavam em níveis baixos, o que deve sustentar o ritmo acelerado de importações nos próximos meses. “Mesmo que a demanda não cresça tanto, é possível ver aumento nas compras apenas para recomposição dos estoques”, afirmou ao jornal britânico.
A maioria dos analistas acredita que o impacto econômico da disputa comercial entre EUA e China deve começar a frear a demanda global por petróleo no segundo semestre. Até agora, porém, a procura chinesa por combustíveis rodoviários e de aviação segue firme. Algumas refinarias, inclusive, adiaram paradas programadas para manutenção a fim de aproveitar os preços baixos do petróleo e margens ainda saudáveis, segundo Emma Li, analista da empresa de dados de mercado Vortexa, baseada em Cingapura.
“Ninguém sabe ao certo o que acontecerá nos próximos meses, especialmente na segunda metade do ano”, diz Li. “Mas, por enquanto, a demanda continua sólida.”
Como maior importador mundial de petróleo, a China tem sido o principal destino do óleo que perdeu espaço em outros mercados, como o russo, o iraniano e o venezuelano.
Ainda assim, os compradores chineses reduziram as aquisições de petróleo iraniano desde o início de abril, após os EUA sancionarem uma refinaria na província de Shandong, onde se concentram muitas refinarias privadas. Após importar um recorde de 1,8 milhão de barris diários em março, as compras de petróleo iraniano caíram para 1,2 milhão de barris diários em abril, segundo a Kpler.
Segundo Rauball, o ambiente de cautela nas refinarias privadas e entraves logísticos causados por sanções a petroleiros elevaram o volume de petróleo iraniano armazenado no mar. “Atualmente, vemos 40 milhões de barris parados em 36 navios. São 18 milhões de barris em Cingapura, 10 milhões no Mar Amarelo e cerca de 4 milhões no Mar do Sul da China.”
Apesar das dificuldades, a tendência é que as refinarias privadas continuem apostando no petróleo iraniano, que é negociado com grande desconto. “As margens dessas empresas são muito apertadas e elas não têm alternativa: ou importam do Irã ou quebram”, afirma Rauball. “Como muitas delas não têm ligação direta com o sistema financeiro dos EUA, as consequências são menores, mesmo em caso de sanções.”
* Com informações do Financial Times
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