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“É inviável vender com tarifa de 50% para os EUA”, diz Kátia Abreu sobre medida de Trump
Publicado 10/07/2025 • 11:15 | Atualizado há 8 horas
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Publicado 10/07/2025 • 11:15 | Atualizado há 8 horas
KEY POINTS
A ex-senadora e ex-ministra da Agricultura, Kátia Abreu, criticou a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros.
“É inviável com 50% vender para os Estados Unidos. É inviável”, afirmou a ex-ministra em entrevista ao Real Time, do Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC. Segundo ela, a medida afeta setores estratégicos do agronegócio brasileiro e terá consequências também para os produtores e consumidores norte-americanos.
Kátia Abreu explicou que a medida afeta diretamente produtos como café, suco de laranja, minério de ferro e frutas exportadas pelo Nordeste. De acordo com a ex-senadora, São Paulo será o estado mais prejudicado, respondendo por 30% das exportações brasileiras para os Estados Unidos. “Se eu fosse o governador Tarcísio, não ficava tão contente”, disse.
Questionada sobre as possibilidades de redirecionamento das exportações, Kátia afirmou que o Brasil precisará buscar novos mercados, citando negociações em andamento com a União Europeia e países do Brics. Ela destacou ainda o avanço em acordos com o Japão e a China para ampliar as exportações de etanol.
Para café e cacau, produtos que enfrentam alta de preços no mercado internacional, a expectativa é de que o Brasil encontre compradores com relativa facilidade. “Sofrerá menos os produtores de café e de cacau porque encontrarão mercados com facilidade”, avaliou.
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Durante a entrevista, Kátia Abreu criticou o argumento apresentado por Trump de que a relação comercial entre os dois países seria desonesta. Ela lembrou que, há 17 anos, os Estados Unidos vendem mais para o Brasil do que o Brasil exporta para os americanos.
A ex-ministra também associou a decisão de Trump à recente reunião dos Brics realizada no Brasil, evento que, segundo ela, incomodou o presidente norte-americano. “Para mim, o pano de fundo é essa taxação, mas também a irritação com o crescimento dos Brics, que significa 50% da população mundial e 40% do PIB mundial”, declarou.
A ex-ministra foi questionada sobre os efeitos da tarifa no preço das commodities no Brasil. Explicou que os valores são estabelecidos nas bolsas internacionais, mas que situações de excedente ou escassez podem gerar oscilações. “É claro que os preços irão cair quando existe excedente, e, portanto, a bolsa também deve recuar”, afirmou.
Para Kátia, a medida deve obrigar o governo brasileiro e os exportadores a reagirem de forma rápida e estratégica. “Nós precisamos, agora, diante do caos, encontrar alternativas e não ficar chorando dentro de casa”, concluiu.
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