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Embraer reage ao tarifaço dos EUA com ofensiva diplomática e comercial
Publicado 21/08/2025 • 20:58 | Atualizado há 3 horas
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Publicado 21/08/2025 • 20:58 | Atualizado há 3 horas
KEY POINTS
Foto: Divulgação/Embraer
A Embraer iniciou uma série de ações coordenadas para enfrentar os efeitos das tarifas impostas pelos Estados Unidos, em meio à escalada da guerra comercial promovida pelo governo do presidente Donald Trump. Embora tenha escapado da sobretaxa de 50% aplicada a produtos brasileiros, a companhia foi incluída em uma alíquota de 10% e tornou-se alvo direto da investigação conduzida pela Seção 301 da Lei de Comércio de 1974 — mecanismo usado historicamente por Washington em disputas de alto impacto geopolítico.
Segundo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, a Embraer mantém “negociações avançadas” para encomendas significativas em países atingidos pelo tarifaço, com destaque para a Índia. O movimento é interpretado como uma tentativa de mitigar a dependência do mercado norte-americano e reduzir a exposição a pressões políticas.
“O mercado americano vai continuar sempre sendo muito importante, mas a Embraer está diversificando e construindo uma relação com outros mercados. Em breve teremos novidades, e o BNDES estará pronto para financiar”, afirmou Mercadante, em tom de alerta sobre a necessidade de reposicionamento estratégico.
Mercadante anunciou nesta quinta-feira (21) um aporte de US$ 74,9 milhões (cerca de R$ 409,42 milhões, na cotação atual) na Eve, subsidiária da Embraer dedicada ao desenvolvimento de veículos aéreos elétricos. Com a operação, a BNDESPar passa a deter 4,4% de participação societária na companhia, um movimento interpretado como sinal de confiança na inovação tecnológica da empresa em meio à turbulência internacional.
Na última segunda-feira (18), a Embraer, junto com o setor produtivo brasileiro, entregou ao Escritório do Representante Comercial dos EUA (USTR) um documento em que denuncia o risco de “danos mútuos” caso as restrições sejam mantidas. A empresa classificou as acusações de práticas comerciais desleais como “irrelevantes” e ressaltou que o setor de aviação civil brasileiro adota política de tarifa zero há décadas.
O texto adverte ainda que, se o cenário tarifário for mantido, o déficit comercial bilateral pode alcançar US$ 8 bilhões entre 2025 e 2030, devido à dependência da Embraer de insumos de origem norte-americana. A companhia lembrou que mantém presença consolidada nos EUA desde 1979, por meio da subsidiária EAH, em Fort Lauderdale, e que sanções contra a empresa “contradizem interesses vitais da própria indústria norte-americana”.
Na próxima terça-feira (26), a Embraer reforçará sua articulação em um encontro promovido pela Fiesp e pelo Council of the Americas, em São Paulo. O evento reunirá figuras centrais da política e do empresariado brasileiro e norte-americano. O CEO da Embraer, Francisco Gomes Neto, dividirá espaço com executivos da Boeing, Amazon e Salesforce, além do ex-embaixador Thomas Shannon Jr., em um painel sobre o papel estratégico do setor privado nas relações bilaterais.
A conferência deve funcionar como plataforma para intensificar a pressão política contra medidas punitivas. Ao lado de entidades empresariais, a Embraer pretende demonstrar que a continuidade do tarifaço ameaça não apenas a competitividade da indústria brasileira, mas também a própria lógica de cooperação econômica entre Brasil e Estados Unidos.
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