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EUA dizem que Trump tem ‘decisão final’ sobre trégua comercial com a China
Publicado 29/07/2025 • 20:38 | Atualizado há 14 horas
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Publicado 29/07/2025 • 20:38 | Atualizado há 14 horas
KEY POINTS
Donald J. Trump e Xi Jinping num encontro no Japão.
Shealah Craighead / Casa Branca / Flickr
China e Estados Unidos concordaram nesta terça-feira (29) em manter novas negociações sobre a extensão da trégua tarifária, mas o representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, enfatizou que o presidente Donald Trump tomaria a “decisão final”.
As duas maiores economias do mundo se reuniram para um segundo dia de negociações em Estocolmo, com ambos os lados buscando evitar que as tarifas retornassem aos níveis altíssimos que paralisaram o comércio entre os rivais.
A reunião em um prédio do governo sueco, liderada pelo lado chinês pelo vice-primeiro-ministro He Lifeng e pelo secretário do Tesouro Scott Bessent pelo lado americano, terminou sem uma resolução, mas com o otimismo dos EUA.
Nenhum dos governos divulgou detalhes das negociações, que começaram na segunda-feira, embora Greer tenha dito que Trump tomaria a “decisão final” sobre qualquer extensão da trégua.
“Nada foi acordado até falarmos com o presidente Trump”, acrescentou Bessent, chamando o tom das negociações de “muito construtivo”.
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As negociações estão ocorrendo na sequência de um acordo comercial firmado no fim de semana que estabeleceu tarifas dos EUA sobre a maioria das importações da União Europeia em 15%, mas nenhuma sobre produtos americanos destinados à UE.
A trégua entre a China e os Estados Unidos fixou temporariamente novas tarifas americanas sobre produtos chineses em 30%, enquanto as tarifas chinesas sobre o comércio na outra direção permanecem em 10%.
Esse acordo, firmado em Genebra em maio, reduziu as tarifas de três dígitos que cada lado havia imposto ao outro depois que uma guerra comercial desencadeada por Trump se transformou em uma escalada bilateral de retaliação.
A trégua de 90 dias deve terminar em 12 de agosto. Mas há indícios de que ambas as delegações desejam usar as negociações de Estocolmo para adiar ainda mais a data.
O South China Morning Post, citando fontes de ambos os lados, noticiou no domingo que Washington e Pequim devem estender a suspensão tarifária por mais 90 dias.
Trump disse que seria informado novamente por Bessent na quarta-feira. “Ou aprovaremos ou não”, disse ele a repórteres a bordo do Air Force One ao retornar da Escócia.
Separadamente, Trump ameaçou impor tarifas mais severas a dezenas de outros países a partir de sexta-feira, a menos que cheguem a acordos comerciais com Washington.
Entre eles estão Brasil e Índia, com o gigante sul-americano enfrentando a ameaça de tarifas de 50%.
Questionado sobre o prazo de sexta-feira, Bessent disse à CNBC: “Não é o fim do mundo se essas tarifas de retorno durarem de alguns dias a algumas semanas, desde que os países avancem e tentem negociar de boa-fé.”
Trump já anunciou os esboços de acordos com cinco países — Grã-Bretanha, Vietnã, Japão, Indonésia e Filipinas — além daquele com os 27 países da UE.
Pequim afirma querer ver “reciprocidade” em seu comércio com os Estados Unidos. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Guo Jiakun, disse que o diálogo é necessário “para reduzir mal-entendidos”.
A rodada anterior de negociações entre China e EUA foi realizada em Londres.
Analistas disseram que muitos dos acordos comerciais que Trump vem divulgando se baseiam mais na aparência do que nos detalhes.
Stephen Innes, sócio-gerente da SPI Asset Management, empresa que presta consultoria em câmbio e commodities, afirmou que uma extensão da trégua de 90 dias entre a China e os Estados Unidos poderia reforçar essa visão.
“Essa trégua pode preparar o cenário para um aperto de mãos entre Trump e (o presidente) Xi (Jinping) ainda este ano — mais uma isca para os mercados, voltada para o risco”, afirmou.
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