Em entrevista ao Real Time, do Times Brasil — Licenciado Exclusivo CNBC, o gerente de Comércio Exterior da Abiquim, Éder da Silva, comentou sobre os impactos das tarifas impostas pelos Estados Unidos à indústria química brasileira e detalhou o posicionamento da entidade diante do cenário de incerteza comercial.
“Continuamos bastante impactados com a medida anunciada pela Casa Branca na semana passada”, afirmou.
Ele acrescentou que a Abiquim tem adotado uma postura cautelosa e está analisando a regulamentação publicada nesta segunda-feira (4) pela agência americana Customs and Border Protection — equivalente à Receita Federal no Brasil — para orientar seus associados sobre os aspectos operacionais da nova tarifa.
Entretanto, ele destacou que alguns produtos foram isentos da nova medida. “Há isenções. Desde a semana passada, já identificamos mais de 70 produtos químicos que ficaram de fora das tarifas”, disse.
Apesar disso, ele ressalta que o impacto ainda é significativo: “O universo tarifário das exportações brasileiras para os EUA é muito amplo. São quase mil códigos da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) de produtos brasileiros que acessam o mercado norte-americano e continuarão impactados.”
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Faturamento e geração de empregos serão afetados?
Segundo Éder da Silva, o setor químico brasileiro movimenta entre 180 e 200 bilhões de dólares por ano e emprega, direta e indiretamente, cerca de 1 a 1,2 milhão de pessoas em todo o país. Ele destacou ainda que, além do volume de empregos, a indústria química concentra uma das maiores massas salariais da indústria de transformação.
“Além da quantidade de postos de trabalho, temos uma das maiores massas salariais da indústria de transformação. Isso se deve ao alto nível de qualificação dos profissionais do setor, como engenheiros e técnicos especializados”, finaliza ele.
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