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Tarifas do Trump

Tarifaço: Lula e Trump já chegaram ao local onde vão se reunir na Malásia

Publicado 26/10/2025 • 03:39 | Atualizado há 1 hora

KEY POINTS

  • O Itamaraty confirmou oficialmente a reunião bilateral entre os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e dos Estados Unidos, Donald Trump, em Kuala Lumpur, na Malásia, onde ambos participam da cúpula da ASEAN (Associação de Nações do Sudeste Asiático).
  • O encontro, que pode definir o futuro do tarifaço sobre as exportações brasileiras, está previsto para 15h30 (horário local) — 4h30 da madrugada no horário de Brasília — no Kuala Lumpur City Centre (KLCC).
  • Segundo o Itamaraty, a imprensa não poderá acompanhar a reunião, mas um representante do governo brasileiro falará com os jornalistas logo após o encontro, apresentando um primeiro balanço.

White House/Daniel Torok | Ricardo Stuckert/PR

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva

Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e dos Estados Unidos, Donald Trump, já chegaram ao Kuala Lumpur City Centre (KLCC), local onde vão ter sua primeira reunião presencial, em Kuala Lumpur, na Malásia. Ambos participam da cúpula da ASEAN (Associação de Nações do Sudeste Asiático), na capital malaia. O Itamaraty confirmou na madrugada deste domingo que o encontro, que pode definir o futuro do tarifaço sobre as exportações brasileiras, estava previsto para 15h30 (horário local)4h30 da madrugada no horário de Brasília.

Segundo o Itamaraty, a imprensa não poderá acompanhar a reunião, mas um representante do governo brasileiro falará com os jornalistas logo após o encontro, apresentando um primeiro balanço.

Por conta da reunião com Trump, o horário da Cúpula Empresarial Brasil–Malásia foi ajustado para 16h30 (horário local).

O Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC fará cobertura completa direto da capital malaia, com o correspondente Diego Mezzogiorno. Nos estúdios, nossa equipe de jornalistas e analistas trará as primeiras impressões do encontro, com perspectivas sobre o futuro das relações entre os dois países e os desdobramentos para o mercado e os diversos setores da economia.

Do bastidor à mesa de negociação

Aguardado desde o início das tensões comerciais entre EUA e Brasil, que culminaram com as sobretaxas em cima das exportações brasileiras (50% no total), o encontro começou a ser desenhado após uma breve conversa entre Lula e Trump nos bastidores da Assembleia-Geral da ONU, no fim de setembro, seguida por um telefonema no último dia 6. Segundo Mezzogiorno, “todos os sinais indicam disposição de Donald Trump em negociar com o Brasil”.

Pressões internas e pragmatismo diplomático

Para o economista e professor de Relações Internacionais da ESPM, Leonardo Trevisan, o momento é favorável:

“Trump chega pressionado por resistências internas ao tarifaço — não só do setor agrário, mas também de empresários americanos com cadeias de produção interligadas ao Brasil. São seis mil empresas que dependem dessa relação bilateral.”

Do lado brasileiro, Lula chega com vantagem diplomática.

“O Brasil não retaliou e manteve o diálogo aberto. O chanceler Mauro Vieira teve papel central em reuniões com Marco Rubio, secretário de Estado americano, deixando claro que o país pertence ao Ocidente e mantém equilíbrio nas relações com a China. Isso abriu portas”, diz Trevisan.

Mercado atento e impacto econômico

O analista do Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, Rodrigo Loureiro, reforça que o encontro deve influenciar diretamente os mercados.

“Qualquer que seja o desfecho, a reunião tem potencial para fazer preço na segunda-feira. Pode selar a paz comercial ou aprofundar o conflito tarifário”, explica.

Além de ministros e assessores, Lula viajou com mais de 100 empresários, em um esforço conjunto para buscar um acordo comercial mais equilibrado.

Loureiro lembra que o tarifaço já provocou queda de 22% nas exportações brasileiras em agosto e até 50% de retração em setembro em alguns estados. O setor madeireiro foi um dos mais atingidos, com 10 mil empregos afetados e 4 mil demissões.

“É uma relação que importa para ambos os lados, mas fere mais a economia brasileira. Se não houver reversão, vira uma bola de neve econômica.”

Para os EUA, a medida também cobra seu preço. As tarifas sobre café, suco de laranja e madeira aumentaram custos de insumos e pressionaram o abastecimento industrial.

“Trump tem motivações eleitorais para resolver a questão — ele não quer ser visto como o ‘presidente do aumento de preços’ às vésperas das eleições de meio de mandato”, observa o analista.

O tarifaço atinge uma pauta de exportações diversificada: dez produtos respondem por 57% das vendas externas ao mercado norte-americano.
Exportações
Giberto Sousa / CNIDivulgação Ministério dos Portos

Linha do tempo — O tarifaço EUA x Brasil (abril a outubro de 2025)

2 de abril de 2025 — Trump assina a Executive Order 14257, criando o pacote de tarifas “Dia da Libertação”, com tarifa-base de 10% sobre importações de praticamente todos os países.

10 de julho de 2025 — Lula ameaça aplicar tarifas de 50% em resposta, caso os EUA ampliem as cobranças sobre produtos brasileiros.

21 de julho de 2025 — O governo brasileiro reconhece que não há acordo imediato com os EUA e que as negociações para evitar o aumento tarifário não avançaram.

25 de julho de 2025 — A CNI anuncia missão empresarial a Washington, com foco em dialogar com o Departamento de Comércio dos EUA e medir o impacto das tarifas na indústria nacional.

30 de julho de 2025 — Trump impõe tarifa adicional de 40% sobre produtos brasileiros, totalizando 50%. No mesmo dia, o governo americano divulga exceções para suco de laranja, aeronaves civis e peças, ferro líquido, celulose, castanhas-do-Brasil e energia.

6 de agosto de 2025 — As tarifas de 50% entram em vigor, atingindo café, carne bovina, madeira processada, móveis e manufaturados.

13 de agosto de 2025 — O governo lança o plano “Brasil Soberano”, com R$ 30 bilhões em crédito, garantias de exportação, extensão de prazos fiscais e incentivos diplomáticos para mitigar os efeitos do tarifaço.

3 de setembro de 2025CNI e CNA realizam missão conjunta a Washington, reunindo mais de 30 setores para debater as tarifas e propor soluções comerciais.

9 de setembro de 2025 — Técnicos da Fazenda e do Itamaraty entregam ao Planalto uma proposta de retaliação setorial, mas Lula opta por adiar qualquer resposta, priorizando o diálogo.

20 de setembro de 2025 — A CNA apresenta relatório apontando queda de 30% nas exportações agrícolas e 10 mil empregos perdidos no setor madeireiro.

24 de setembro de 2025Fiesp e Itamaraty se reúnem com o embaixador americano no Brasil e pedem revisão parcial das tarifas industriais.

27 de setembro de 2025Lula e Trump se cumprimentam brevemente na ONU, em Nova York, sinalizando distensão.

6 de outubro de 2025 — Os dois líderes fazem videoconferência de 30 minutos; Lula pede o fim das tarifas, e Trump admite revisar as condições “sob as circunstâncias certas”.

9 de outubro de 2025Mauro Vieira e Marco Rubio acertam reunião técnica em Washington para discutir comércio e tarifas.

15 de outubro de 2025 — Lula confirma que as negociações comerciais continuam e que o encontro com Trump será em breve.

16 de outubro de 2025 — Brasil e EUA anunciam reunião presencial entre Lula e Trump durante a cúpula da ASEAN, na Malásia.

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