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Juros: curva ganha inclinação em novo dia de cautela com tarifas dos EUA

Publicado 10/04/2025 • 20:29 | Atualizado há 3 semanas

Redação Times Brasil*

KEY POINTS

  • Os juros futuros fecharam a quinta-feira com viés de baixa no caso dos contratos curtos e em alta na ponta longa, em desenho definido só a partir do meio da tarde.
  • A volatilidade vinda do exterior em função da guerra tarifária continuou comandando os negócios, deixando os juros futuros sem direção firme ao longo da sessão.
  • Tesouro adota cautela e reduz a oferta de títulos prefixados para evitar mais volatilidade na curva.

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Os juros futuros encerraram a quinta-feira (10) com comportamento misto: viés de baixa no caso dos contratos curtos e em alta na ponta longa. A indefinição predominou durante boa parte do dia, em meio à forte volatilidade dos mercados internacionais provocada pela escalada na guerra comercial entre Estados Unidos e China.

O movimento só ganhou forma mais clara a partir da tarde, após a Casa Branca confirmar que a carga total de tarifas americanas sobre produtos chineses chega agora a 145%. A medida aumentou a tensão global, pressionando ativos de países emergentes e mantendo o dólar acima de R$ 5,90 por boa parte do pregão.

No fechamento, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 estava em 14,805%, de 14,821% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2027, em 14,52%, de 14,48%. O DI para janeiro de 2029 tinha taxa de 14,47% (de 14,39%).

Para o economista-chefe da Nomad, Danilo Igliori, o elevado nível de estresse e num ambiente de mudanças rápidas dificulta a precificação correta dos ativos, especialmente os de longo prazo. “A ponta longa da curva tem um ingrediente mais estrutural, relacionado ao fiscal e ao cenário político. Se lá fora azedar e rebater aqui com impacto na atividade, o governo pode pensar em aumentar os estímulos fiscais”, explica.

Com o cenário à frente bastante nublado pelas incertezas externas, Igliori afirma que para Brasil “o máximo que dá para enxergar é que a inflação não deve ir embora tão cedo”.

Ainda que os preços das commodities estejam em baixa – o petróleo hoje caiu mais de 3% -, a piora do câmbio deve mais do que compensar no efeito na inflação. “O dólar afeta uma série de outros preços”, observa. A agenda econômica do dia, aqui e no exterior, acabou ficando em segundo plano, ofuscada pela guerra das tarifas. “Os dados de alta frequência têm pouco a dizer sobre o que vêm pela frente. O passado está informando pouco sobre o futuro”, resume o economista.

Indicadores econômicos do dia, como a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), que subiu 0,8% em fevereiro ante janeiro, acabaram ficando em segundo plano. Nos EUA, o índice de preços ao consumidor (CPI) subiu 0,1% em março ante fevereiro, em linha com o esperado.

Em um cenário de maior cautela, o Tesouro Nacional reduziu significativamente a oferta de títulos prefixados no leilão desta quinta (10), vendendo 8 milhões de Letras do Tesouro Nacional (LTN), ante 21,5 milhões na semana passada, e 1 milhão de Notas do Tesouro Nacional – Série F (NTN-F), ante 3 milhões no último leilão. “A decisão reflete prudência diante da elevação das incertezas globais”, destacou a XP.

* Com informações da Agência Estado

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