Nvidia se prepara para divulgar os resultados e foco volta para restrições da China
Publicado 27/05/2025 • 16:50 | Atualizado há 1 dia
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Publicado 27/05/2025 • 16:50 | Atualizado há 1 dia
KEY POINTS
Jensen Huang, cofundador e CEO da Nvidia Corp., fala durante uma coletiva de imprensa em Taipei em 21 de maio de 2025.
I-hwa Cheng | Afp | Getty Images (Reprodução CNBC Internacional)
A Nvidia continua a registrar um crescimento expressivo nas vendas de processadores gráficos, com a demanda por infraestrutura de inteligência artificial sem sinais de arrefecimento.
Mas, para a fabricante de chips de IA, o clima é diferente em relação ao relatório de lucros de quarta-feira (28), em comparação com os últimos trimestres. Há um grande motivo: a China.
Em 9 de abril, o governo Trump enviou uma carta à Nvidia e informou que estava exigindo uma licença de exportação para o chip H20 da empresa, uma versão do seu processador Hopper especialmente projetada para o mercado chinês, em conformidade com as restrições anteriores dos EUA.
Desde o mandato do presidente Biden, o governo dos EUA tem se preocupado com a possibilidade de os chips de IA da Nvidia e de outras empresas de semicondutores, como a Advanced Micro Devices,
podem ser usados para criar supercomputadores para fins militares adversários.
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Novas regras de Trump para exportação de chips de IA da China é mais um obstáculo para a Nvidia
Após as novas restrições, a Nvidia afirmou que faria uma baixa contábil de US$ 5,5 bilhões em seus estoques. Analistas a consideraram a maior baixa contábil da história da indústria de chips. O impacto potencial na receita futura é significativo.
“Essa baixa contábil no estoque implica um impacto de US$ 15 bilhões na receita do H20 em um período acumulado de 12 meses”, escreveu David O’Connor, analista do BNP Paribas, em um relatório divulgado na terça-feira.
Para o trimestre encerrado em abril, os analistas esperam que a Nvidia registre um crescimento de 66% na receita, para US$ 43,28 bilhões, de acordo com a LSEG. Embora esse nível de crescimento seja muito superior ao de qualquer outra empresa de megacap da Nvidia, ele marca uma forte desaceleração em relação ao ano anterior, quando a empresa registrou crescimento superior a 250%.
Devido aos novos requisitos de licença de exportação, há muita incerteza em torno das projeções para o restante do ano. A estimativa média dos analistas prevê um crescimento de 53% no trimestre atual, com um número semelhante esperado para o ano fiscal completo, que termina em janeiro.
Analistas do Morgan Stanley escreveram em um relatório divulgado na terça-feira que a Nvidia enfrenta um impacto maior do que o esperado.
“Embora pensássemos na época que isso era, pelo menos em parte, esperado pela equipe de gestão, ficou claro após a proibição que a empresa estava recebendo indicações de que o H20 seria aceitável e que eles ficaram materialmente surpresos”, escreveram os analistas.
No início deste mês, Huang afirmou em Taiwan que a Nvidia costumava ter uma participação de mercado de 95% em GPUs na China, mas essa participação foi reduzida para 50% devido às restrições de chips. Em um documento apresentado à SEC em fevereiro, a Nvidia afirmou ter registrado US$ 17,1 bilhões em vendas anuais para clientes com endereço na China, incluindo Hong Kong, o quarto maior mercado da empresa.
Huang argumentou nas últimas semanas que restringir a exportação de chips da Nvidia para a China apenas motivará os engenheiros locais a desenvolverem seus próprios processadores, fortalecendo o ecossistema de semicondutores de IA do país e ameaçando ainda mais a liderança tecnológica dos EUA.
A Nvidia recebeu boas notícias regulatórias em maio, quando o governo Trump anunciou a revogação da “regra de difusão de IA”, que impunha ainda mais restrições à exportação de chips de IA para a China e outros países. A Nvidia e a AMD se opuseram às restrições.
No entanto, o governo Trump não recuou totalmente da regulamentação das exportações da Nvidia, afirmando na época que estava planejando uma nova e mais simples substituição para a regra de difusão.
Analistas do Morgan Stanley esperam que ainda haja dúvidas sobre o substituto do H20 da Nvidia e seus planos para a China bem depois do relatório de lucros desta semana. Eles observaram que a Nvidia está fazendo lobby por licenças para distribuir o H20, que podem ser concedidas pelo sistema atual.
“Há uma conversa a ser travada sobre o que eventualmente será permitido na China — mas provavelmente não nesta teleconferência de resultados”, escreveram.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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