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Sem garantia de acordo comercial com os EUA, Europa mantém opções de retaliação em aberto
Publicado 24/07/2025 • 08:11 | Atualizado há 1 dia
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Publicado 24/07/2025 • 08:11 | Atualizado há 1 dia
KEY POINTS
MARK SCHIEFELBEIN/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
01/07/2025 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fala com a imprensa antes de atravessar o gramado sul da Casa Branca, em Washington (DC), para embarcar no Marine One a caminho da Base Conjunta Andrews, no estado de Maryland, e seguir rumo à Flórida.
Um acordo comercial entre a União Europeia e os Estados Unidos pode estar próximo, mas, sem garantias, Bruxelas continua a preparar medidas retaliatórias.
A tarifa básica prevista é de 15%, incluindo uma taxa de aproximadamente 4,8% atualmente em vigor. Esse é o cenário-base para as importações da UE para os EUA, segundo informou um diplomata europeu à CNBC na quarta-feira. No entanto, ainda podem haver algumas isenções que estão sendo negociadas, acrescentou ele.
A UE também pode reduzir suas próprias tarifas sobre os produtos americanos, conforme indicou o diplomata.
As negociações entre EUA e UE têm sido difíceis, com a pressão aumentando à medida que se aproxima o prazo de 1º de agosto — data a partir da qual as importações europeias poderiam ser taxadas em 30% pelos Estados Unidos. Embora inferior aos 50% que o presidente Donald Trump já havia ameaçado, esse percentual ainda teria impacto significativo sobre empresas e economias de ambos os lados do Atlântico.
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“Em comparação com o risco de tarifas extras muito mais altas, como 30% ou até mesmo 50%, que Trump chegou a sugerir anteriormente, isso seria um resultado positivo”, comentou Holger Schmieding, economista-chefe do banco Berenberg, em nota.
John Plassard, sócio e chefe de estratégia de investimentos da Cité Gestion, disse ao programa Europe Early Edition, da CNBC, que uma tarifa de 15% seria “significativa, mas… não devastadora” para os mercados.
“Não achamos que seja o fim do mundo”, afirmou Plassard, sugerindo que, embora haja volatilidade à frente, os desdobramentos recentes “foram mais construtivos do que todo o discurso que tivemos anteriormente”.
Mas o acordo ainda está longe de ser concluído. Um diplomata da UE afirmou à CNBC que a “decisão final está nas mãos do presidente Trump”.
Um segundo representante europeu também demonstrou cautela, dizendo à CNBC que as reportagens que indicam que UE e EUA estão perto de um acordo são “otimistas demais”.
“Os contatos entre os dois lados continuam, mas enquanto o presidente Trump não manifestar sua posição, não temos nada concreto. Tudo ainda está em aberto”, afirmou.
A administração Trump adotou um tom semelhante na quarta-feira. Questionado sobre a possibilidade de uma tarifa de 15%, o vice-secretário de imprensa da Casa Branca, Kush Desai, afirmou que quaisquer discussões sobre um possível acordo comercial devem ser consideradas “especulação”, segundo reportagem da Reuters.
Trump é conhecido por mudanças de postura de última hora e por tomar decisões rapidamente. O exemplo mais recente ocorreu nesta semana, durante a negociação do acordo comercial com o Japão. Durante um encontro com a delegação japonesa, divergências e correções apareceram em um cartão sobre o acordo na mesa do presidente, segundo uma foto publicada no X por Dan Scavino, vice-chefe de gabinete da Casa Branca.
Apesar de os mercados europeus terem reagido positivamente na quinta-feira diante da perspectiva de um acordo, ainda paira incerteza sobre como seria esse eventual tratado entre UE e EUA.
Enquanto isso, a União Europeia segue trabalhando em medidas de retaliação que podem ser implementadas caso as tarifas americanas entrem em vigor na próxima semana.
A principal resposta seria a aplicação de tarifas retaliatórias, que poderiam começar a valer poucos dias após as taxas dos EUA. Segundo o novo plano da UE, listas previamente elaboradas de medidas contra produtos americanos serão reunidas em um único documento, totalizando 93 bilhões de euros (US$ 109,4 bilhões).
Também se discute amplamente o uso do chamado Instrumento Anti-Coerção da UE, descrito como a “opção nuclear”.
Se for aplicado, fornecedores dos EUA podem enfrentar restrições no acesso ao mercado europeu, incluindo proibição de participação em licitações públicas no bloco, limitações a exportações e importações, e até restrições ao investimento estrangeiro direto.
Embora a França tenha sido, até agora, o único país a pedir a “implementação imediata de medidas coercitivas”, caso não haja acordo, “parece haver uma ampla maioria qualificada favorável ao estabelecimento da coerção”, disse o diplomata europeu à CNBC.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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