Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no
Republicanos e democratas se unem em projeto que isenta pequenas empresas de tarifas de Trump sobre Canadá
Publicado 23/07/2025 • 20:37 | Atualizado há 1 dia
FCC aprova fusão de US$ 8 bilhões entre Paramount e Skydance
Maior produtora de azeite do mundo alerta consumidores dos EUA sobre possível “duro golpe” com tarifas de Trump
Negociações para NFL adquirir 10% da ESPN pode estar perto do fim
iOS 26: Apple libera versão prévia da maior reformulação no iPhone desde 2013; todos podem testar
Gigantes da tecnologia estão investindo pouco em IA; veja por que elas talvez precisem gastar mais
Publicado 23/07/2025 • 20:37 | Atualizado há 1 dia
KEY POINTS
Mark Schiefelbein/Associated Press/Estadão Conteúdo
Donald Trump em encontro com primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney
As senadoras do Partido Republicano, Susan Collins e Lisa Murkowski, decidiram se juntar aos democratas para apoiar um novo projeto de lei que pretende isentar milhões de pequenas empresas americanas das tarifas impostas pelo presidente Donald Trump sobre produtos do Canadá.
O projeto, de apenas duas páginas, recebeu o nome de “Lei para Facilitar Ajustes Necessários nas Tarifas EUA-Canadá” — ou, resumindo, CANADA Act. De autoria de Peter Welch, do Partido Democrata, a proposta surge no momento em que Trump ameaça impor uma tarifa geral de 35% sobre todas as importações canadenses a partir de 1º de agosto.
Leia também
Brasil sinaliza à OMC que buscará vias legais se negociação sobre tarifas falhar
“Os EUA não vão pagar tarifas para o Japão”, diz Trump ao anunciar novo acordo
Tarifa de 50% é vista como “embargo comercial”, afirma presidente da FIEB
Essa ameaça é o episódio mais recente da guerra comercial, cheia de idas e vindas, entre os EUA e o Canadá, parceiro econômico e político de longa data e maior destino das exportações de quase três dezenas de estados americanos.
“Impor tarifas ao Canadá, que é o parceiro comercial mais próximo do Maine, coloca empregos em risco, aumenta os custos e prejudica pequenas empresas que há anos dependem da cooperação e da troca com o outro lado da fronteira”, afirmou Collins em nota, defendendo o novo projeto.
Murkowski, em um comunicado próprio, declarou: “Ouvi, alto e claro, das pequenas empresas do Alasca: as tarifas estão fazendo os preços dispararem e dificultando o planejamento a longo prazo.”
“Tenho esperança de que esta proposta deixe claro para o governo que queremos continuar essa parceria forte, aliviando o impacto dessas tarifas para as nossas pequenas empresas”, completou a senadora.
A proposta apresentada por Peter Welch, democrata de Vermont, conta com a coautoria de outros cinco democratas, incluindo o líder da minoria no Senado, Chuck Schumer, de Nova York, e Ron Wyden, do Oregon, que ocupa posição de destaque na Comissão de Finanças do Senado.
O projeto mira as tarifas anunciadas por Trump em 1º de fevereiro: 25% de imposto geral sobre produtos canadenses que entram nos EUA e uma tarifa de 10% para energia importada do Canadá.
Se virar lei, a proposta vai tornar essas tarifas inaplicáveis “a produtos importados por ou para uso de pequenas empresas”, conforme definição da legislação federal americana.
A Casa Branca não respondeu de imediato ao ser procurada pela CNBC para comentar o projeto e dizer se Trump considera sancioná-lo caso ele chegue à sua mesa.
Em uma entrevista por telefone à CNBC na quarta-feira (23), Welch afirmou que outras tarifas americanas contra o Canadá — incluindo a nova ameaça de Trump de impor 35% — “estão todas na mesa”.
Segundo Welch, o impacto das tarifas de Trump vai além de gerar preocupação com o aumento dos preços ao consumidor americano.
“Os moradores de Vermont gostam muito dos canadenses e estão bastante chateados com o que aconteceu com as relações que muitas das nossas empresas construíram ao longo dos anos”, disse o senador.
Da mesma forma, o Canadá “com razão está furioso e magoado com o modo como foi tratado” pelos EUA, e isso acabou afetando o setor de turismo de Vermont, acrescentou.
O número de turistas canadenses em Vermont — e nos Estados Unidos em geral — caiu bastante até agora este ano, segundo relatos.
Trump afirmou que impôs as tarifas do dia 1º de fevereiro em resposta ao suposto fracasso do Canadá em conter o tráfico de drogas e crimes na fronteira norte dos EUA. No entanto, logo depois, decretou uma suspensão de 30 dias nas tarifas, após o então primeiro-ministro canadense Justin Trudeau garantir que tomaria medidas para atender às preocupações de Trump.
Em uma ordem executiva de 2 de março, Trump alterou novamente as tarifas sobre o Canadá, adiando o fim da chamada isenção de comércio de baixo valor, que permitia a entrada de pequenas remessas no país sem cobrança de impostos.
Mesmo assim, as tarifas sobre produtos canadenses — junto com a taxa de 25% sobre produtos mexicanos e um imposto total de 20% sobre importações chinesas — passaram a valer em 4 de março, levando o Canadá a reagir.
Um dia depois, Trump concedeu uma trégua tarifária de um mês para grandes montadoras americanas cujos carros seguem o acordo trilateral de livre comércio da América do Norte, conhecido como USMCA.
No dia seguinte, Trump liberou temporariamente as tarifas para importações do Canadá e do México que estejam em conformidade com o USMCA. Segundo a Casa Branca na época, isso representava cerca de 38% dos produtos canadenses que entram nos EUA.
O Canadá ficou de fora das chamadas “tarifas do dia da libertação”, decretadas por Trump em 2 de abril, que impuseram uma alíquota global de quase 10% e taxas ainda mais altas a dezenas de países. Mas Ottawa continua enfrentando as tarifas gerais dos EUA sobre aço, alumínio e automóveis vindos do Canadá.
📌ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:
🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais
🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562
🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube
🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings
Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.